Espero que gostem. Curtam, comentem e boa leitura.
Carter está atrás de mim esperando eu abrir a porta.
- Eu estou com você para te ajudar. - as palavras de Carter me fazem entrar em casa.
- Samira eu estava preocupada. - minha irmã afoita vem até mim.
- Se acalme Cintia não quero ser mais um motivo de ódio se acontecer algo com seus nervos. - passo por ela e vou até o estúdio, Carter está atrás de mim. Quando entro no estúdio ele está todo bagunçado. Minhas telas quebradas, tripés, palhetas e pinceis quebrados.
- O que aconteceu aqui? - Carter pergunta. Vejo seu quadro quebrado.
- Seu quadro está quebrado também. - me lembro do quadro que fiz com o rosto de mamãe e corro para meu quarto no estúdio.
- Não. - grito e choro, por ver o rosto de mamãe manchado com tintas escuras e totalmente rasgado. Pego o quadro e o abraço, algo que tanto demorei para fazer, por querer que fosse perfeito, está destruído.
- Sam se acalma. - Carter coloca suas mãos em meus ombros.
- Eu demorei um ano e meio para terminar esse retrato, fiz com todas as características dela. E agora destruíram o que eu mais amava, aquilo que mantinha meus dias felizes. - seus braços acolhedores me rodeiam.
- O que faz aqui Carter? -meu pai fala.
- Eu vim buscar o quadro que pedi há Samira. - meu pai me olha com desprezo. Me levanto do chão e jogo o quadro aos pés do meu progenitor.
- Foi você, não foi? Você que acabou com a única coisa que me mantinha feliz nessa casa. Você acabou com a única coisa que me fazia bem . - grito com ódio.
- Fale baixo. Eu faço o que eu quiser nessa casa, pois ela é minha.
- Mas porque destruiu meus quadros?
- Não quero sua felicidade, você não me faz feliz quando está feliz. - ee diz como se fosse algo obvio. Estou chocada.
- Como um pai que me amava tanto pode me odiar na mesma intensidade? Eu sempre demonstrei meu amor ao senhor, mesmo sendo parecida com a mamãe eu queria ficar cada vez mais próxima de você, não entendo por que todo esse ódio gratuito. - seu semblante muda em poucos segundos, de uma pessoa com raiva e ódio, para um homem sem expressão.
- Não quero ouvir suas lamúrias saia daqui, vá para seu quarto. - antes de ir para meu quarto pego o quadro que fiz de mamãe. Saio do estúdio vendo pelo caminho meus quadros quebrados. Tudo aquilo que me faz feliz em pedaços. Cintia me vê com o quadro quebrado em mãos assim que entro na cozinha.
- O que houve Sam?
- Pergunte para seu pai. - subo as escadas e chego em meu quarto. Fico olhando para o quadro que dediquei minha vida, aquilo que representaria minha mãe. Mas como Paul me despreza fez isso comigo, acho que nunca vou entender o porque. Carter entra em meu quarto depois de alguns minutos.
- Você está bem?
- Acho que sim. - Não Carter eu estou quebrada como esse quadro e os demais. Quase lhe dou essa resposta, mas deixo o quadro no chão e me deito na cama.
- Se quiser lhe compro outras telas e pinceis, ai você pinta lá em casa. - sorrio.
- Você faria isso? - me sento na cama encarando Carter
- Se isso lhe deixar feliz eu ficarei feliz. - lhe dou um beijo rápido.
- Obrigada por estar comigo.
- Sempre estarei com você pequena. Agora tenho que ir para resolver uns assuntos na empresa. - nós despedimos com outro beijo. Fico em meu quarto pensando em tudo o que me aconteceu. Acabo dormindo sem jantar.
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- Como foi seu dia com o Carter?
- Foi bom até eu chegar em casa.
- Por quê?
- Meu pai destruiu minhas telas, mas Carter disse que vai comprar algumas para mim e eu vou continuar pintando. - estamos na última aula e meu dia não começou bom.
Primeiro, pixaram meu armário; segundo, Felipe e sua turma me jogaram comida, quando eu fui pegar uma maçã no refeitório. Pra completar agora estou fedendo a macarrão e salame.
- Você está h******l, eles foram malvados de mais com você. - suspiro cansada. O sinal toca e eu quase corro para a liberdade.
Carter está encostado em seu carro, quando me vê se assusta.
- O que aconteceu com você Sam? - ele tenta encostar em mim, mas eu não deixo.
- O grupinho do Felipe me sujou. - digo dando de ombros.
- Vamos para minha casa tenho uma surpresa pra você. - seu sorriso não cabe nós lábios.
- Eu preciso tomar banho e avisar para Paul que vou sair. - mencionar seu nome sem usar pai é tão estranho.
- Tudo bem. Então vamos?
- Vamos nada, você me espera, não quero ele implicando ainda mais comigo, vou e volto em pouco tempo. Tente não se enturmar com aquele projeto de ser. - aponto para a v***a do grupo.
- Tudo bem. - Carter me beija. Escuto assobios .
- Olha só de santinha a nerd não tem nada. - Carter só pra me m***r ainda mais de vergonha, põe suas mãos em minha b***a.
- Carter. - suspiro ao que digo seu nome.
- Adoro ouvir seus suspiros. - me separo de Carter que ainda mantem suas mãos em minhas n*****s.
- Eu vou dar a volta e ficar na esquina da sua casa. - Carter me dá um selinho e eu me viro saindo, antes que mais uma cena aconteça.
- Até logo Carter. - puxo Vivi, o quanto antes eu chegar em casa mais rápido estarei fora dela
Vou para casa em passos rápidos com Vivi ao meu lado. Chego em frente ao condomínio onde moro e me despeço de Vivi.
Entro em casa correndo. Subo as escadas pronta para entrar em meu quarto, mas assim que entro encontro minha irmã.
- Cintia não estou com tempo para conversa. Só me faça um favor diga para seu pai que vou na casa de uma amiga assistir um filme. - entro em meu closet e pego um top preto, um moletom grande do Harry Potter ,um short curto jeans azul claro, e minhas sapatilhas manchadas de tinta.
- Queria saber como está.
- Eu estou m*l por ter perdido uma das coisas que mais me mantem feliz, perder o quadro que demorei mais de um ano para fazer é difícil, mas o pior é saber da frieza do meu progenitor. - entro em meu banheiro, começo há tirar minha roupa e entro no boxer.
- Não chame papai assim. - Cintia está dentro do banheiro. E a privacidade onde fica?
- Ele mesmo não quer que eu o chame de pai, então vou chamar de progenitor ou Paul. - lavo rapidamente meus cabelos com shampoo. Assim que estou lavada e cheirosa, pego minha toalha e me cubro. Como esqueci de pegar uma calcinha tenho que voltar ao meu closet. Passo por Cintia e pego meu top, procuro uma calcinha e pego uma preta de renda.
- Vão ver que filme? -Cintia sempre curiosa.
- Não é bem filme, vamos ver House, não vi os últimos episódios, viciei nos primeiros e esqueci dos últimos. - ela balança a cabeça.
- Sempre esquecendo de algo. Boa série pra vocês. - ela sai de meu quarto e eu pego minha bolsa marrom com franjas. Pego meus cartões, da poupança e de débito, alguns boletos e extratos bancários. Pego um outro top preto e outro short jeans claro, não sei por que mais do jeito que sou desastrada pode acontecer alguma coisa com minhas roupas.
- Cintia estou indo. - ela e Edgar estão sentados no sofá grande cinza.
- Vai lá meu amor e divirta-se.
- Vou terminar aquela série hoje. Tchau Edgar. - ele acena para mim e eu saio. Corro para a entrada do condomínio e vou direto para o carro de Carter.
- Cheguei. - digo ao entrar em seu carro. - ele sorri para mim.
- Vamos?
- Você poderia passar no banco primeiro? Preciso falar com meu gerente. - ele me olha confuso mais assente.
Fico conversando com Vivi pelo w******p, cada coisa que essa menina diz. Ela manda áudio, tenho até medo de ouvir sem o fone, mesmo assim aperto o play.
- Amiga se jogaaaa. Com um boy desse dava toda hora. Tava tipo pronta pra dá. Com meu ex eu era tipo uma c****a no cio, quando fui pra cama com ele pela primeira vez não quis parar mais.- o áudio acaba e eu e Carter começamos há rir.
- MOOORTAAAA, depois desse áudio, eu e Carter estamos rindo até agora.
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- NÃO ACREDITO QUE VOCÊ OUVIU SEM FONE, MINHA CARA TÁ NO CHÃO.
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- To sem fone. Vou entrar no banco, mais tarde te chamo. Bjs.
Enviada 14:31
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- Ta bom, eu vou dormir um pouco até mais tarde. Bjs.
Recebida 14:31.
Ela fica off , bloqueio a tela do meu celular e o coloco na bolsa. Assim que Carter paa o carro em frente ao banco, saimos para entrar no mesmo. Como eu tenho uma sorte filha da p**a, a porta giratória parou mesmo eu colocando minha bolsa e os pertences de metal na cestinha. Minha cara de felicidade foi incrivel ao passar por aquela m***a. Quando Carter estava ao meu lado, seguimos para mais a dentro no banco. Vi meu gerente conversando com uma senhorita jovem e de p****s quase para fora.
- Boa tarde Senhor Vladimir. - ele é um homem de cinquenta anos, algo quê é duvidosos por sua aparencia e estilo jovem.
- Boa tarde Samira. Posso te ajudar?
- Eu queria saber sobre minhas contas. - ele me guia até sua mesa. Carter se senta ao meu lado e ficamos esperando Vladimir digirar em seu computador.
- Seu cartão por favor. - dou o cartão de minha poupança, ele passa o cartão em uma maquininha que há na mesa e pede para eu colocar minha senha, digito os seis números e ele olha para a tela. Uma folha é Impresa e eu quase tenho um troço quando vejo o saldo.
- 800 mil? - falo sem entender tal quantia. Eu quase não deposiava nada naquela conta.
- Mas como esse dinheiro veio parar aqui? - Vladimir acha graça de minha reação. - Pare de rir homem e me explique isso. - ele não segura o riso.
- Samira sua mãe que depositou esse dinheiro para você.- ele fala agora sério. Meu Deus, minha mãe é um anjo em todos os sentidos agora.
- Veja minha conta desse cartão. - entrego o cartão para ele, o código do cartão é digitado no computador antes do cartão ter contato com a maquininha que há na mesa.
- Aqui seu saldo. - na folha vejo que parte da minha mesada foi retirada. Eu ganho mil dólares de mesada e ainda tinha algum dinheiro que eu não tinha usado, meu saldo deveria ser de mil e setecentos dólares, mas só tenho mil dolares.
- Tire oitocentos dólares e deixe em minha poupança. - só minha mãe sabia de minha poupança e pelo que vejo terei que mudar de banco. Paul está passando dos limites.
- Aqui está seu novo extrato. Precisa de alguma outra coisa?
- Eu não vim te pedir ajuda sobre meu saldo, eu sei que você fala com muitos corretores de imoveis, então queria saber se você conhece algum imóvel simples e bem localizado? - Vladimir me olha surpreso.
- Pra falar a verdade tem um no prédio ao lado do meu,custa duzentos mil, tem dois quartos e não é muito grande mais é aconchegante. - sorrio.
- Então você poderia falar com o dono ou o corretor que quero o imóvel, mas somente mês que vem a partir do dia dez vou fechar contrato.
- Tudo bem, o dono é meu amigo e posso resolver isso. - aperto a mão de Vladimir e me despeço.
- Já tenho um apartamento Carter, agora só esperar meu aniversario e fecho negócio. - falo sorrindo assim que passo pelas portas giratórias.
- Fico feliz por você, agora tenho uma surpresa que sei que vai adorar. - seguimos pelas ruas movimentadas de Nova York. Tento arrancar dele qualquer pista sobre a tal surpresa mais é sem sucesso.
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- Agora pode me mostrar a tal surpresa? - pergunto impaciente. Entramos em seu apartamento, Carter segura minha mão e entramos em um corredor com quatro portas. Fomos até o final do corredor, Carter para em frente há última porta.
- Abra. - assim que giro a maçaneta não acredito no que vejo.
- Meu Deus Carter. - entro eufórica no quarto. Passo a mão pelo tripé de madeira branca e a tela em seu apoio. O quarto é amplo, possue uma janela grande, diversas telas de diversos tamanhos estão apoiadas na parede ou espalhadas pelo chão. Um armário de madeira me chama atenção por ser um dos únicos moveis simplorios da sala.
Abro o armario e encontro pinceis, tintas, palhetas e uma câmera. Carter está ainda na porta vendo minha animação, com um sorriso no rosto. Corro até ele e pulo em seus braços, o beijo com fervor, minhas pernas estão em volta de sua cintura, suas mãos fortes seguram minhas coxas.
- Obrigada. - digo assim que separo nossas bocas.
- De nada. Quando quiser pode vir aqui e pintar. - meu sorriso não cabe em meus lábios.
- Lembrarei disso. Quero lhe pintar. - ele me olha surpreso.
- Eu seria seu modelo? - seu belo sorriso me inspira cada vez mais.
- Sim, meu belo modelo. - desço de seus braços e pego uma tela grande, coloco do segundo tripé que tem na sala, são três tripés que Carter comprou.
Vou até o armário e pego um lápis. Começo a fazer um esboço do rosto de Carter.
- Só farei o esboço de seu rosto, hoje vou fazer uma pintura colorida e abstrata. - depois de terminar o esboço deixo o quadro no chão e mudo de tela. Como não quero sujar meu moletom o tiro e deixo na única cadeira que há no comodo.
- Carter você pode pegar o pote que está ali em cima? -Carter fica olhando para meu corpo,coberto pelo top e o short.
- Carter. - quase grito seu nome, assim ele volta ao normal.
- O que você disse?
- Preciso da tinta branca,mas não alcanço. - ele ri e pega o pote. Começo a jogar os respingos do pincel na tela, isso é tão bom para se fazer.
Carter narrando
Minha pequena está tão feliz pintando, sua alegria me contagia. Seu corpo é lindo e ela não o esconde de mim. Acho que passo segurança para ela, quero ter ela como minha.
- Por quê está me olhando? - seu sorriso tímido enche meu coração.
- Só estou admirando sua alegria. - ela vem até mim, em suas mãos está um pincel e um pote de tinta azul.
- Você fica lindo de azul. - não entendo o que ela quis dizer, até sentir meu nariz sendo molhado pela tinta.
- Mais que espertinha me sujou.
- Mais você está lindo com o nariz azul. - seu sorriso travesso me alegra. Coloco dois dedos no pote e sujo suas bochechas. Ela ri e passa mais tinta em mim, começo há tirar meu palito e minha camisa.
Seu olhar sobre meu peito é uma mistura de desejo e paixão, seus olhos me dizem tudo o que quero ouvir.
- Er....hum vou terminar a tela. - ela sai da minha frente, com suas bochechas coradas de vergonha.
- Posso ver a tela? - ela assente e eu fico atrás dela. A tela tem cores vivas, formas geometricas são presentes na pintura. Abraço a cintura de Samira.
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Passamos a tarde abraçados no sofá assistindo o final da última temporada de House, Samira me explicou por que tinha que ver os episódios de novo, então entre trocas de beijos estamos aqui.
Ja são seis horas e daqui a pouco Samira tem que ir. Ela precisa trocar o short e o top antes de ir para casa, pois estão sujos de tinta.
Sam me confessou que eu sou a primeira pessoa "desconhecida" que ela não tem vergonha de mostrar o corpo, isso me deixa muito feliz. Samira pegou o top em sua bolsa e o short. Ela trocou de short e pude ver sua calcinha preta com renda, meu p*u se animou com essa cena,quando ela tirou o top virada de costas para mim, não resisti e coloquei minhas mãos em seus s***s expostos.
- Carter. - apertei levemente seus m*****s e ela gemeu. Peguei Samira em meu colo e abocanhei seu seio direito. Sua pele se arrepiou e só pude ouvir seus gemidos. Chupo forte seu mamilo e ela agarra meus cebelos. Gemo ao sentir seus dedos puxando meus cabelos.
- Ooh Carter. - estou revesando entre seus m*****s. Sinto seu corpo tendo leves tremores e sei que ela irá gozar.
- Carter. - meus cabelos são puxados com mais força quando ela tem o o*****o. Sua cabeça está apoiada em meu ombro.
- Isso foi incrivel. - ela fala com a voz um pouco rouca.
- Sei que foi,mas agora tenho que te levar para casa. - ela sai de meu colo e coloca o top com o moletom.
Fomos o caminho todo conversando e falando sobre nossas escolhas, de profissão, música, filmes, comidas entre outras coisas. Estou quase pulando de tanta felicidade ter esse anjo comigo, que não sei como explicar. Nunca senti nada por ninguém, mas com a Sam estou aprendendo algo além da paixão e atração.
- Chegamos. - ela fala suspirando. Saio do carro e dou a volta abrindo a porta para ela.
- Eu estou aqui com você pequena. - lhe dou um selinho e seguimos para a porta da casa. Sam me beija e entra em casa. Quando vou voltar para meu carro, escuto a voz de Paul.
- Onde estava? -ele grita furioso.
- Eu estava com um amigo já avisei para Cintia. - ela fala baixo, tenho que colocar meu ouvido na porta para ouvir melhor.
- Falei para você que não quero filha v*******a, e se engravidar quero fora da minha casa. - escuto o som de algo caindo no chão.
- Não sou nenhuma v*******a, e se eu engravidar não ficarei aqui, não deixaria meu filho em contato com um homem como você. - escuto um som de t**a.
- Está vendo, como poderia deixar qualquer criança tendo você como exemplo. Um homem covarde que bate em mulheres. - um pequeno silêncio se paira até que.
- ME SOLTE. PAUL ME SOLTE. - Sam grita, tento abrir a porta que está trancada, faço força e tento mais vezes arrombar a porta.
- Está me sufocando. - a voz de Sam sai baixa. Quando consigo arrombar a porta só consigo ver Paul enforcando Sam e ela lhe dando um chute nas bolas,ambos caem no chão. Sam tosse muito e eu vou até ela.
- Sam você está bem? - ela ainda massageia o pescoço, em seus olhos não vejo lágrimas, mas sim ódio.
- Eu ficarei melhor quando sair daqui. - ela se apoia em mim.
- Vou subir e pegar minhas coisas. - suas palavras saem frias. Ela sobe as escadas e eu fico com Paul na sala. Ele ainda geme de dor e segura as bolas.
- Está demitido. - seu olhar espantado não me comove.
- Por quê?
- Você tentou m***r Sam acha pouco, se tentar qualquer desvio em minha empresa, esqueço que é pai de Samira e faço se arrepender de sua nojenta existência. - seus olhos arregalados e sua expressão patetica de espanto me dá ainda mais ódio.
- Você está com ela? Isso tudo é culpa dela,ela que pediu para me despedir! - o ódio em suas palavras me dá nojo.
- Não. Samira mesmo sofrendo não me pediria nada,ela ainda não sabe. - Samira desce com duas malas grandes, e duas mochilas nas costas.
- Depois venho pegar meus livros. - Paul se levanta do chão.
- Você não vai entrar mais aqui na minha casa. - seu grito é estridente.
- A casa é minha e de Cintia, se eu quisesse mandava você embora daqui. Mamãe passou para nós, você não é o dono de m***a nenhuma. - Samira também grita, não sei se me preocupo ou me orgulho.
- A casa sua? Onde ouviu isso?-sua voz sai falha.
- Eu tenho todos os papeis sobre isso, mas não pense que estão aqui. Não sou burra, estão no cofre do banco. Tome seu cartão. - ela entrega o cartão de debito para ele.
- Do que vai viver sem meu dinheiro? -ele ri.
- Eu sou inteligente, recebi propostas de emprego, você só antecipou minha ida. Eu planejava há dois anos atrás. - Samira começa há rir da cara de Paul.
- Do que está rindo? - Paul fala com mais raiva.
- Estou rindo da sua cara i****a, não me queria em casa e agora faz essa cara. Não sei como mamãe te aturou, a mulher mais admiravel do mundo, há unica pessoa que valia alguma coisa nessa casa. Agora veja como estamos, eu saindo da casa que mamãe sonhava em eu me casar, ter filhos e talvez partilhar minha alegria com a família falsa que tinhamos. - lagrimas estão nós olhos de Samira e Paul.
Paul tenta tocar o rosto de Samira.
- NÃO ME TOQUE. EU TENHO NOJO DE VOCÊ, SUA CARA ME ENOJA, SINTO MEU ESTOMAGO SE EMBRULHANDO. VOCÊ FOI O SER QUE MAIS AMEI, AGORA É QUEM MAIS ABOMINO. - Samira grita assustando Paul e eu.
- Samira filha.
- Não me chame de filha, avise a sua filha preferida que não me procure. - Samira puxa suas malas, mas Paul segura seu braço.
- Não toque em mim. Acha que vou ficar aqui vendo sua cara? Você se tornou a pessoa que mais odeio no mundo. Três anos de sofrimento me fizeram ver que você não vale a pena. Fui tratada como um animal sarnento por meu pai e minha irmã. Sabe quantas vezes me cortei para sentir uma dor diferente da que meu psicológico estava sofrendo? - eu e Paul nós espantamos com a revelação de Samira.
- Eu não sábia.
- Você acha que só uso moletom por gostar? Isso era um meio de esconder os arranhões e cortes. Mesmo eu me cortando eu não parava de sentir a dor que você inflingia em mim, a dor não era substituída nem tão pouco me deixava feliz. - lágrimas saem dos belos olhos de Samira.
- Eu não sabia que era tão fraca há esse ponto. - Paul fala ironico.
- Você acha que s*******r é fraqueza? Não é, na época foi o único meio que achei para pensar em outra coisa. Não pensar em estar sozinha,em ser desprezada ou ter perdido aquela que me amava de verdade. Fraqueza séria eu ter tido êxito em minha tentativa para um fim. - Agora as lágrimas de Samira se foram e posso ver raiva em seu olhar.
- Não me arrependo de nada.
- Mesmo se você se arrependesse eu não aceitaria, diga a Cintia para não me procurar. Amanhã volto para pegar meus livros ,se não deixar eu entrar na casa, chamo a polícia e te tiro daqui. - Samira puxa suas malas e sai da casa, ajudo ela com as malas e coloco em meu carro.
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Peguei as malas de Samira e deixei no andar de cima onde fica meu quarto e os de hóspedes. Deixei Samira na sala.
Quando volto pra sala, ela permanece sentada no sofá olhando para a parede.
- Sam. -chamo ela que não me responde.
- Amanhã vou pro apartamento que pedi para Vladimir, assim não te atrapalho. - sua voz sai baixa.
- Você pode ficar aqui se quiser.
- Depois falamos sobre isso então. - fico sentado ao lado de Samira. Ela ainda olha para a parede.
Lágrimas saem de seus olhos e Samira coloca as mãos no rosto,e os cotovelos em suas coxas.
- Eu tenho que ser forte não posso fraquejar. - Samira diz limpando as lágrimas.
Será um grande recomeço para ela.