Paul passou o dia inteiro fissurado em entender as plantas e planejar o melhor jeito de entrarmos naquela casa imensa que meu pai chama de lar. O problema em si não é entrar, é sair! E sair com todos os quadros, pior ainda...
Eu dei a ideia de não levarmos os quadros nas molduras e sim enrolados como papiros, e aparentemente essa é realmente a melhor forma. Mas, de qualquer jeito, é algo realmente difícil de se fazer e tanto Paul como eu estamos extremamente ansiosos com a situação. Não faço ideia se vai dar certo ou se vão nos pegar, mas minha vida depende disso... E pela forma como Paul está agindo, é como se a vida dele dependesse disso também.
Lembrei-me de quando era criança. Eu estava obcecada em ganhar uma boneca que falava, comia comidinhas e fazia coisas na fralda, e como eu hav
