Serpente Narrando Saudade bateu pesado, daquela mërda que não cabe no peito. Não aguentei ficar sabendo daquele rolê sobre a Key misturada com tudo o que eu já sentia, era um nó apertando o peito que me obrigou a largar a boate no meio da noite. Deixei o Caçula no comando, dei um tapa na cara da noite e vim direto pro condomínio dela sem avisar ninguém. A estrada parecia longa, as ruas todas contra mim; cada semáforo era uma eternidade. Cheguei na portaria com o coração batendo no pescoço. O porteiro me olhou com cara de quem me conhece do baralho, tom padrão: “Lá vem problema”. Perguntei direto: — A Key tá em casa? — Eu não vi ela sair, senhor. — O carro dela tá lá? — Tá na garagem. Pedi pra ele dar um toque no interfone. Quando o botão apertou, minha respiração ficou curta: — A

