Key Narrando Quando o porteiro me ligou falando que o Leandro estava na portaria, achei que fosse o meu namorado. Só que quando abri a porta e dei de cara com ele, vi que não era o meu lugar, mas sim o Monstro. O apelido dele faz jus, porque a presença dele é pesada, o olhar frio, calculista, como eu sempre imaginei desde pequena, ouvindo meu pai falar dele. Ele entrou no meu apartamento sem pedir licença, como se fosse dono do espaço, e ficou me encarando como quem analisa uma presa. Eu tentei segurar a postura, manter coragem, mas por dentro meu corpo tremia. O ar parecia pesar mais a cada palavra dele, e mesmo assim eu respondi. No fim, depois de toda aquela tensão, ele resolveu ir embora. Quando a porta fechou atrás dele, minhas pernas quase cederam. Me joguei no sofá e soltei em vo

