CAPÍTULO 137 THIERRY JANVIER Mansão Angelle A mansão Angelle estava imersa em um silêncio ensurdecedor, afinal depois do que tinha acontecido ali, era um tanto difícil ter algum barulho, que não fosse o dos passos dos empregados, ou dos resmungos de Lorenzo de arrependimento, por ter sido um completo cuzão com a esposa. Caminhei pelos corredores que estavam repletos por aquele ar fúnebre, sentindo o peso do ar da mansão, apenas para escutar bem ao fundo, um som de choro. O choro de Mabel. Consegui reconhecer quase que instantaneamente, muito provavelmente, por tê-la escutado chorar várias vezes, enquanto crescíamos. Então, eu apenas segui o barulho, até encontrar Mabel na sala de estar, encolhida no sofá, os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. A cena me partiu o coração e

