Cap. 02 Fiorella

1372 Words
Fiorella narrando Enfim, 18 anos. Agora começa totalmente a vida real. Começa a transição de comando do morro e das empresas. Esses próximos anos enquanto Héctor e eu estamos na faculdade de administração, vamos entrar de cabeça nos negócios e aprender tudo pro meu pai passar as empresas e o morro para nós quando nos formarmos. E não só nós, mas o João, meu primo também, pois ele vai ser o nosso sub. O meu pai vai ficar só na cúpula da facção, e mesmo isso tem data pra se encerrar. Ele e a minha mãe querem aproveitar ainda mais juntos e estão certos. Até então a gente vem nos últimos três anos aprendendo mais sobre defesa, treino de luta, aprendemos a atirar, sobrevivência em mata, fuga, esconderijos.. esse tipo de coisa, bem tranquilo e calmo kkkk. Sem contar que Héctor e eu já estamos na faculdade. Na verdade, a nossa galera todinha recebeu treinamento. Tanto os meninos, quanto as meninas. Por serem filhos de patentes altas, talvez os próximos 'de frente', já que vamos precisar de um gerente também e o mais cotado tá o nosso primo Bn, Bernardo, filho adotivo do tio Th e da tia Tina, mas quem não sabe desse mero detalhe nem desconfia, se parecem muito tanto fisicamente como de personalidade. E bom, quem não está no crime está envolvido emocionalmente com quem está, pra variar kkkkk, então a regra do Terror é clara, treinamento para todos. Héctor entra no meu quarto e eu já estou pronta com um vestido vermelho sangue de alça fina, decote V profundo, a barra do vestido desce em diagonal e termina de bico, sendo mais comprido num lado e curtinho no outro, todo justo no meu corpo, realçando as minhas curvas, bem como o meu pai e Héctor detestam e eu amo kkkk. Eu sou alta, não tanto quanto o Hector, mas tenho 1 metro e 78 centímetros. S e i o s médios, cintura fina e barriga definida com um piercing no umbigo, a b u n d a grande, desde os 15 anos na academia. Meus olhos são claros, meu cabelo é preto e longo. Engraçado que o Héctor é meu gêmeo e é loiro, mas o cabelo da minha mãe é preto e eu puxei ela. Logo saímos e seguimos para a festa. Minha mãe como sempre arrasou muito na festa e está literalmente todo mundo aqui. Nossos amigos dos outros morros, aliados, até o pessoal da Itália. Temos uma ótima ligação com a máfia italiana, rende muito pelo pouco que o meu pai já contou para nós, sem contar que o Vicenzo, herdeiro do capo da máfia Pierre Leone, é uma delicinha e tanto, mas ele é meio chatinho. Porém confesso que se ele quisesse eu também queria viu. Ao longo dos anos dessa parceria, seu Pierre sempre tá por aqui com o filho. Ôh italiano pra gostar desse Rio de Janeiro e desse morro viu. Prevejo vários casais se formando na nossa festa, crescemos juntos e temos muita amizade uns com os outros, mas os laços começam a se estreitar para alguns. Mas eu meio que to fugindo disso, eu gosto de dar os meus perdidos, gosto de pegar sem me apegar, sem me emocionar, sabe. Tô muito nova e sei bem como funciona b a n d i d o. E pra eu me amarrar precisa ser muito a pessoa certa e eu ainda não achei essa pessoa. Me junto com as meninas de novo. Pessoal no morro chamam elas de tropa da tenebrosa kkkkk. Eu me acabo de rir, mas sim, essa é a minha tropa, a minha gangue, Maria Clara, Laiz, Esteh e Lara. Ah e a Manu também quando tá por aqui. Essa puxou muito o tio Arcanjo, é super na dela, boa no que faz e de poucas palavras, mas quando ela quer, ela é bem da apocalíptica também kkkkkk. Maria Clara: - Ele não para de te olhar. - cochicha no meu ouvido e eu corro os meus olhos pela festa avistando o Vicenzo. Fiorella: - Ele nem veio falar comigo, garoto enjoado, antigamente ele era mais de boa. Conversava na boa, de um tempo pra cá que tá assim. Maria Clara: - Acho que tá chegando a hora pra ele também, em relação a máfia sabe. - eu concordo com a cabeça Fiorella: - Bom, eu bem sei que certas responsabilidades pesam mesmo. Maria Clara: - Eu não quero nem imaginar como deve ser ainda pior a mafia do que como é aqui pra gente. - fico pensativa. Já conversamos algumas vezes, ele sempre foi interessante, mas realmente nunca pareceu se importar muito com a mafia. Mas certas coisas não tem escapatória. Fiorella: - O que tá pegando tu com o Murilo hein? - pergunto à minha prima e ela bufa sem paciência. Maria Clara: - Ficamos umas duas vezes e já quer me colocar no nome dele, eu hein, não é assim não gente. - arregalo os olhos com a novidade. Que eu eles ficaram eu sabia, claro, a gente conta tudo uma pra outra, Laiz e Esteh também. Mas essa parte de por no nome me deixou admirada real. Fiorella: - E tu não quer mesmo não? - pergunto desconfiada Maria Clara: - Eu não Fi, eu hein. Tenho nem idade pra isso e meu pai tem um enfarto, tá doida? Fernanda: - Tio WL é de boa, enfarta nada não. Já conhece os proceder kkkk - dou risada. Maria Clara: - Justamente. Ele sabe como funciona e eu também, eu que não vou entrar nessa de ser fiel de ninguém logo de cara não, vamos com calma. - diz bolada - Ih ta vindo. Vou sair fora. - ela diz e sai antes que eu diga alguma coisa e eu fico sem entender, mas apenas brevemente. Pois quando olho pra frente pra entender, o Vicenzo me alcança. Vicenzo: - Feliz aniversário, bella. - diz atraente com seu sotaque italiano, apesar de falar muito bem o português. Eu bem sei quando ele quer ser sedutor e se eu estivesse usando uma calcinha ela estaria molhada agora mesmo. Fiorella: - Grazie! - respondo em italiano também fazendo ele sorrir s a f a d o. Seu semblante muito diferente do que estava há pouco. Ele segura na minha cintura e dá um beijo no meu rosto, muito perto do canto da minha boca. Vicenzo: - Como está sendo o seu dia? Fiorella: - Muito bom, mas a noite pode ser melhor ainda. - sorrio sedutora, pois eu também sei seduzir meu amor, ele sorri de volta, e ô bicho bonito, credo. Chega a parte da festa que eu mais gosto e me divirto. Já cantamos parabéns, quem tinha que ir embora já foi, ficou só o apocalípticos que gostam de uma boa resenha, e isso inclui meus pais e meus tios e tias viu. Esse povo é só bagaceira, papo reto. Agora é só pancadão, as meninas descendo até o chão, se esfregando nos meninos, bebida que entra e dignidade que sai. Meu pais e meu tios passando raiva, e minha mãe e minhas tias se acabando de rir. Até o Vicenzo já largou mão desse jeitinho certinho de fachada dele e tá bebendo igual um opala, uma mão na minha cintura enquanto eu danço rebolando com a b u n d a bem empinada. O juízo de todo mundo já foi com Deus. O jeito que Héctor e Laiz estão dançando, eles tão a um passo de se explanar completamente, não sei até onde vai essa história de amizade deles. Tio LK vai catar ele e eu vou rir muito kkk. Fiorella: - Ainda bem que estamos numa pousada cheia de quartos. - penso em voz alta analisando o surto completo que tá essa festa kkk. Vicenzo: - Vocês tem acesso aos quartos? - ele ergue uma sobrancelha surpreso Fiorella: - Sim. Cada um tem um. O hotel inteiro está reservado. - digo como se fosse óbvio, porque né, todo mundo mamado, quem vai dirigir pra onde gente? Ele me olha atônito, mas logo se recupera. Vicenzo: - P o r r a Fiorella, não diz isso. - ele me olha bolado e eu fico sem entender.
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