Buchecha Narrando Tento abrir os olhos, mas é como se estivessem grudados. A cabeça lateja, uma dor aguda que parece me rasgar de dentro para fora. O peitö dolorido como se estivesse sendo esmagado, é como se um caminhão tivesse passado por cima, e cada respiração é uma batalha. Por um instante, quase desisto, mas então ouço vozes. Elas estão longe, abafadas, como se eu estivesse debaixo d’água. Reconheço o tom da minha mãe, aquela mistura de desespero e força que só ela tem. E outro nome aparece no meio da confusão: tia Priscila. Mas onde está ela? Onde está Hanna? Minha mente tenta puxar as memórias, mas elas vêm em flashes desconexos. A praia... o som das ondas... o sorriso dela. Era para ser um dia perfeito, um momento nosso, algo para lembrar com carinho. E então tudo virou de ca

