✍️ Narrado por Rey Bati no portão de ferro com força, o barulho ecoando na rua quieta daquele bairro esquecido. O cheiro de vela e arruda vinha pesado, misturado com fumaça de carvão. O silêncio parecia mais estranho do que qualquer barulho de tiro no morro. Dei um passo pro lado, ajeitando o capuz, cigarro pendurado na boca. Pardal já ia se afastando, pronto pra voltar pro carro, quando virei de supetão e segurei ele pelo braço. — “Tá indo pra onde, c*****o?” Ele arregalou os olhos, fingindo riso. — “Ué, patrão… eu só te trouxe. Agora cê resolve aí dentro. Eu fico no carro de olheiro.” Puxei ele de volta, corrente batendo no peito quando rosnei na cara dele: — “Tu vai entrar comigo, desgraça. Acha que eu vou encarar essa velha sozinha? Se for feitiço mesmo e ela me travar na reza, t

