✍️ Narrado por Rey Levantei do colchão rindo sozinho, mas era riso cheio de veneno. Vesti a calça no tranco, procurei a camisa — nada. A v***a tinha levado. Olhei de novo pro chão: só o vestido vermelho dela, jogado como isca. Peguei o pano na mão, senti o cheiro ainda grudado de perfume barato misturado com suor e g**o. Apertei forte, quase rasguei. — “Desgraçada levou minha p***a da camisa… achou que ganhou no jogo.” Acendi outro cigarro, traguei fundo, e saí do quarto sem olhar pra trás. O motel ainda tava com luz de neon piscando, atendente me encarando de canto como se tivesse medo de perguntar. Entrei no carro, joguei o vestido no banco do carona e liguei o motor. O sol já nascia por trás dos prédios, queimando no retrovisor. E eu subindo pro Cruzeiro sem camisa, corrente no pei

