✍️ Narrado por Rey O silêncio da casa pesava como concreto. A loira me encarava, firme, mesmo com a barriga marcando na frente dela. Eu andava em volta, cada passo ecoando como tambor de guerra. A corrente batia no meu peito, fria, mas por dentro eu tava fervendo. Ela cuspiu: — “Esse filho é meu. Não é seu.” O sangue subiu na hora. Dei uma risada curta, seca, carregada de veneno. — “Teu? Tá de s*******m, p***a? Tu acha que fez esse filho com o quê? Com dedo enfiado? Não fode comigo, Lívia.” Me aproximei, a fumaça do cigarro escapando pelo canto da boca, o rosto colado no dela. — “Eu meti. Eu comi. Eu marquei. E tu vem me dizer que não é meu? Vai se foder.” Ela respirou fundo, tentando não tremer, e rebateu, dura: — “Não é seu, Rey. Eu tive outro antes.” O mundo escureceu. Bati a

