✍️ Narrado por Rey O cigarro queimava entre meus dedos, cinza caindo no chão branco do posto como se fosse sujeira proibida. O barulho lá fora era festa rojão estourando, molecada berrando, rajada pro alto mas dentro de mim não tinha nada de comemoração. Só o peso da espera e a lembrança queimando como ferro quente. Fechei os olhos por um instante e a cena veio clara: dois dias atrás, o desgraçado do Pardal com aquele sorrisinho de rato, me zoando na frente da tropa. — “São Rey da Loira Desaparecida…” — ele disse, e o QG inteiro segurou a risada, só esperando eu explodir. Na hora, a Glock quase cantou na cara dele. Ele correu pela escada tropeçando, língua enrolada de medo, e eu fiquei pensando como é que aquele moleque ainda respirava depois de tanta ousadia. Agora, sentado nessa c

