capítulo 116

1322 Words

📓 NARRADO POR REY Saí do QG com a cabeça fervendo. Braga era sombra no meu encalço, mas antes de pensar em caçar ele, eu precisava ver a minha loira. A rainha primeiro, a guerra depois. Desci as vielas devagar, corrente batendo no peito, cada passo ecoando respeito. O morro respirava noite: cachorro latindo, rádio chiando nos becos, criança correndo descalça. Mas quando me viam, as bocas calavam. Não era medo, era lei. Cheguei na porta da casa da amiga dela. Dois toques secos, curtos, daqueles que não pedem licença. A porta abriu e foi ela quem apareceu. Cabelo solto, rosto cansado. A barriga já pesava, dava pra ver no jeito que ela se apoiava na madeira da porta. Estendi a mão. — “Vamos.” Ela segurou firme, sem uma palavra, e eu puxei pra fora. Caminhamos lado a lado pelo morro. O

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD