✍️ Narrado por Lívia Minha mão tremeu quando peguei o vestido que ele tinha jogado em cima da cama. O pano ainda tinha o cheiro daquela noite, misturado com cigarro barato e suor. Meu peito apertou. — “Você… guardou isso?” soltei, quase num sussurro, mas firme o bastante pra ecoar no silêncio da casa. Rey me encarava como fera encurralada, as veias do pescoço saltando, a corrente batendo contra o peito. — “Quem te procurou não fui eu. Foi o Marcelo.” cuspi, encarando ele de volta. — “Foi ele quem voltou dizendo que tinha falado contigo. Que você mandou dinheiro, que riu da minha cara, que negou meu filho.” O olhar dele virou faca. A boca se contraiu num riso curto, sem humor. — “Marcelo? Ninguém com essa p***a de nome nunca veio me procurar. Ninguém. E se tivesse vindo…” — ele deu

