02 - O AGRESSOR E O ESTRANHO.

1319 Words
Enquanto Bia retornava para a sua casa, o estranho homem, continuou no beco com o agressor e, ao agachar e desarmá-lo, questionou o agressor, com toda serenidade e calma: - Como falei, você não parece ser uma pessoa má..., mas está motivado a fazer isso por algo... qual o motivo de atacar essa jovem? Você a conhece? Qual foi o malfeito que ela fez para você? Não me parece que você iria atentar conta a liberdade s****l da... dessa garota! O agressor, demonstrando que não estaria disposto a colaborar, apenas respondeu: - Pare de me fazer perguntas, não responderei nada! O que você fez com a minha perna? Você quebrou a minha perna com essa bengala! Quem é você que nunca vi nessa cidade? O estranho homem, respondeu: - Não se preocupe, a dor, vai passar! Apenas um nervo foi atingido, e o formigamento e dor intensa são consequências. Trata-se de técnica de imobilização para cessar injusta violência... Você não é muito jovem, mas é muito amador para te considerar uma pessoa perigosa. Fala muito antes de agir, o que demonstra nervosismo... Daí concluí que não seria um matador profissional e nem uma pessoa violenta. E continuou: - Ah! Não me apresentei ainda. Sou conhecido pelos amigos próximos de Doutor! Todavia, o meu nome é Geremy. Agora, diga-me como você é conhecido? O estranho ficou calado! Diante do silêncio do agressor, o estranho Doutor respondeu: - Você não quer falar? Eu entendo! Muitas coisas devem passar pela sua cabeça agora em forma de questionamentos. Saiba que estou de posse do seu documento, que caiu enquanto travava a luta com a jovem... WindClay é o seu nome, estou certo? Não sei os seus pensamentos agora, mas vejo o seu semblante de preocupação, e quer saber quem sou e o que quero conversando com você. Você tem certeza de que posso conduzir-te até uma delegacia de polícia ou chamar policiais para prendê-lo aqui, por agressão física ou tentativa de “e*****o”, isso vai depender da convicção da autoridade policial. Neste momento Clay fica assustado mais ainda, e diz: - Não! Não sou e********r burguês de merda... Não ia fazer isso com ela! Apenas dar um susto nela! Não, sou como vocês pensam, por sermos humildes não prestamos e somos criminosos. Geremy então responde: - Hummm! Sabia que você tem língua e quer falar. Ficar calado não te ajudará nem um pouco... Por mais que esteja pensando em sair correndo, quando a dor passar, saiba que ficarei com os seus documentos. Se eu fosse você, preferiria fazer um acordo… Eu conheço um delegado, um promotor e um juiz... Você sabe que praticou um crime, e você pode ser preso. Você terá muito a perder... não acha? O agressor respondeu: - Você conhece essa megera? Você é do mesmo tipo dela que gosta de humilhar os mais humildes... Então pode entregar-me? - Qual o malefício que ela fez para você para justificar tanta raiva? Eu não conheço essa moça, que parece ser tão doce e inocente, como uma anjinha..., porém, não convém por ela no nosso assunto... Se você colaborar apresento-te ao delegado e você fala tudo sobre o caso e os motivos de tanta ira! Temos um acordo? Retrucou serenamente o Doutor, olhando fixamente nos olhos de Clay. Clay, mais calmo, porém, receoso de falar algo comprometedor, responde: - Quais são os termos desse acordo? Eu conheço os meus direitos. Você é por acaso algum policial ou homem da justiça? Se é, pode condenar-me, jogar numa cela e m***r-me... - Não sou policial, contudo, advirto você que não está em questão quais são os teus direitos, visto que não demonstrou estar preocupado com o direito da jovem indefesa... A questão é a sua liberdade em virtude da gravidade do ato que praticou. Clay continuou: - Se você é detetive particular, já sabe da minha vida... o que está esperando? Ou você é apenas o segurança dela? Geremy, olhando fixamente para Clay, apoiando-se na sua bengala, que, na verdade, é uma arma de defesa, diz: - Eu não sou detetive e nem segurança! Deixa de querer responder perguntas com outras perguntas... Você não está entendendo o que estou falando, então vamos tentar novamente. Tenho uma tese sobre como essa situação se desenrolou: acredito que alguém te contratou para eliminar a moça ou fazer algo com ela. Contudo, a pessoa não deve ter dinheiro suficiente e contratou um amador atrapalhado como você. Clay, demonstrando estar cada vez mais ansioso por não estar tomando a medicação adequada conforme orientação médica, facilmente se irritou quando Geremy falou da sua irmã, considerando “pessoa sem dinheiro” e ele como “amador atrapalhado”. E, sensibilizado pelo “complexo de inferioridade”, fala asperamente: - Pare de criar teses... ninguém me contratou! E pare de falar de quem você não conhece. Vai dizer que é psicólogo? Aqui virou uma sessão de terapia? Quer ser meu psicólogo? Me leva logo para a cadeia, mas não vem me humilhar por não ser “riquinho esnobe” como você... seu babaca... Geremy, mantendo a serenidade e já se posicionando sutilmente em posição de defesa, responde: - Está irritado Windclay? Pelo visto tem problemas de controle emocional. Então vamos aos negócios... Pago-te o dobro que recebeu, se conseguir uma gravação com a confissão da pessoa que contratou esse “serviço”. Sei que a motivação desse ato sinistro não partiu de você, e pelas conversas você é uma pessoa simples e não o fez com fins sexuais ou homicidas. Clay, esperando a dor passar, e fazendo movimentos com as pontas dos dedos, que movimentavam o tênis que usava, querendo ganhar tempo para sair correndo, responde: - Você é psicólogo para saber algo sobre minha personalidade? Vamos parar esse assunto! Sei que, se falar algo, eu também serei condenado. Não sou burro “Doutor”. Mas estou curioso... O que você ganha, se você disse não conhecer essa mulher? Quer virar super-herói? kkkk - Primeiro, não sou super-herói. Segundo, realmente não conheço a jovem, mas posso conhecê-la se descobrir mais sobre ela na delegacia de polícia... Sei que ela vai registrar a queixa... Ela estava bem abalada... aí eu apresento quem fez tudo... Porém, pense bem... se eu entregar os teus documentos na delegacia de polícia, você já estaria condenado, e não receberia nada, concorda? Pense melhor... você pode receber por esse serviço e ainda ganhar o dobro comigo. Melhor que ser apenas preso e abandonado pelo contratante. Você acha que a pessoa que encomendou o “serviço” vai ajudar você ou assumir a culpa para te livrar disso? Pela aliança no seu dedo, percebo que és casado, então pense na dor que causará a sua esposa. O agressor, vendo uma boa vontade no estranho homem em querer ajudar, após pensar um pouco, já controlando a crise, diz: - Não posso fazer isso com a minha irmã. Ela sempre me ajudou. Prefiro ser preso. Sou conhecido como Clay. Sei que você não está aqui para me acusar, pois, em momento algum tentou me espancar ou me humilhar... Eu não sou um bandido e nem a minha irmã... Não posso te ajudar... E por mais que você fale tudo isso para qualquer autoridade policial, vou negar... - Te entendo Clay... Sei que você ama a sua irmã, mas foi usado e manipulado, e mesmo que não fale nada, as investigações chegarão nela. Vou deixar você pensar, sobre o que é certo e errado, sei que você não fugirá das suas responsabilidades, ainda mais que tenho a tua documentação e sei como te encontrar. E, com a dor passando, Doutor ajudou o agressor a se levantar e ambos saíram do beco caminhando, mas seguiram caminhos opostos; visto que o objetivo de Geremy era encontrar os amigos Mathias e Berenice, que não desconfiava ser os pais da mulher de olhos encantadores e mão macia como de uma anjinha.
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