04 – O ESTRANHO TOCA A CAMPAINHA DA CASA DOS PAIS DE BIA

1224 Words
Após sair do beco, Geremy, o estranho homem, segue o seu caminho em busca de encontrar o endereço dos amigos dos seus pais, Giuliano e Marrie DeLucca. Olhando para a casa e para o endereço que possuía, entendeu ter chegado no local. Enquanto aguardavam a chegada do delegado, o estranho homem toca o interfone e questiona se aquele era o endereço do “amigo Mity”. O pai de Bia era conhecido, na cidade, como Sr. Mathias, e apenas os amigos dos tempos de faculdade, o conheciam como o nome de “Mity”, mas tinha perdido o contato com quase todos eles, há alguns anos. Mathias quando informado que lhe procuravam, tentou ver pelas câmeras se reconhecia o visitante, no entanto, as imagens apenas o capturavam de perfil, então permitiu a entrada do estranho homem na sua casa, querendo logo falar e despachar o quanto antes, pois, aguardava a chegada do delegado. Ao adentrar na residência, foi recepcionado inicialmente pela governanta e, em seguida, Mathias foi ao seu encontro, o reconheceu imediatamente e deu-lhe um abraçou, dizendo: - Seja bem-vindo Doutor! Há tempo não tenho notícias suas... que bons ventos o trazem aqui? Você andava sumido. Quanta alegria temos em revê-lo. E completou: - Pena que não chegastes em boa hora, pois, a minha filha, a mais velha, foi atacada por um maníaco em certo beco próximo, e estou aguardando que o delegado chegue para fazer uma busca para encontrar o maníaco. Doutor não se atentou muito para o fato narrado por Mathias, pois, ainda estava um pouco distraído com o que aconteceu, e não percebeu que Mathias lhe falava da mulher que salvara no beco, e que o fazia ficar pensativo, pois, do beco até a casa de Mathias, veio pensando nessa mulher misteriosa de mão suave e de olhar marcante. Dona Berenice, mãe de Bia, ao ouvir o Doutor, logo se lembrou ser o filho dos seus amigos de faculdade, Giuliano e Marrie, e apressou-se para abraçá-lo alegremente dizendo: - Bem-vindo, meu amigo! Quanto tempo não o vejo! Como você está? Assim falou, sem perguntar por seus pais, por saber da morte deles e quanto o fato abalou muito Geremy, que se isolou de amigos e de muitas coisas. O homem, gentilmente, a abraçou e falou: - É com grande contentamento que revejo vocês. Meus pais sempre gostaram muito de vocês e passaram muito tempo na companhia de vocês juntamente comigo, aliás, enquanto eu ainda estava na barriga, revê-los é como reencontrar a minha família. E Mathias, sem muito assunto, repetiu o questionamento: - Ainda bem que bons ventos o trouxeram para cá! Como conseguiu nos encontrar aqui? Viemos para essa cidade para poder fugir do agito da capital, e mesmo assim o amigo nos encontrou. Mathias falava com cautela e não perguntava sobre os seus pais, por saber, assim como Berenice, que que o evento trouxe traumas ao rapaz e, com o fim de não lhe causar abalos emocionais, evitou falar do assunto. E Doutor respondeu: - Estou colocando em ordem os negócios herdados dos meus pais. E como eles tem alguns investimentos nesta cidade, resolvi passar aqui, afinal, era um local onde os meus pais sempre desejaram passar a velhice..., mas renunciaram ao sonho por minha causa, para fazer companhia na capital, achando que me deixariam só. Coisas de pais amorosos e superprotetores. Ai, acabei ficando e criando raízes na capital, contudo, após a morte deles, mudei para uma certa cidade costeira, banhada pelo mar... onde tenho um resort, maravilhoso que quero que conheçam um dia. E continuou... - Certa noite, quando estava na Capital, na casa onde residia com os meus pais, aproximadamente uma semana atrás, quando estava sozinho e pensativo naquela enorme casa, resolvi m***r a saudade deles e acabei entrando no quarto onde conservava algumas anotações deles, como fazia algumas vezes. Ao abrir a caderneta da minha mãe, vi o endereço ao lado do nome de vocês. Pensei em vir aqui, pela primeira vez, mas logo o receio de não os encontrar, bem como os trabalhos, fez-me desistir. Todavia tirei uma foto com o celular. Passados dois dias, ao puxar o celular do bolso, não sei como a foto da folha da caderneta, com o endereço de vocês, apareceu na tela, após avaliar, pensei: impossível encontrá-los, já devem ter mudado de endereço. Daí, ontem, amanheci com a vontade de achá-los e pensei em pedir para um amigo detetive, mas... depois desisti de entrar em contato com ele e preferi fazer isso pessoalmente... sabe fazer algo diferente... sair da minha rotina e saber como estão os negócios. - Não tinha certeza de encontrá-los, visto que apenas tinha um endereço que a minha mãe anotou em velha caderneta, cuja tinta da caneta já estavam quase apagando na folha amarelada. Assim, depois de uma semana pensando, estou aqui, e posso garantir que foi a melhor coisa que me aconteceu... Mathias então questionou: - Gostou da cidade e pretende vir residir aqui, e tomar um pouco do ar puro dos montes? Se ficar te levo na cabana de descanso que tenho nas montanhas. Geremy, tentando ser gentil com Mathias responde: - Sim, posso ficar alguns dias aqui e avaliar umas situações na empresa com você e visitar a sua cabana. Quem sabe nesse tempo que pretendo ficar aqui, não encontre a anjinha que vi hoje de logo pela manhã, de mãos e pele angelical... Doutor falou da anjinha, após narrar tudo, pois, achava que ninguém saberia do que falava... Com o sorriso contido, mas contagiante e um brilho no olhar, Mathias e Dona Berenice, percebeu estar encantado com uma mulher da cidade, porém, não sabiam que ele falava da sua filha Bia, mas sorriram junto. Então Dona Berenice, sempre simpática, respondeu: - Então, o recém-chegado já teve o coração fisgado por uma das nossas moradoras. Se informar o nome, talvez possamos ajudá-lo na empreitada... kkkk Nesse momento todos sorriram, e Geremy, homem de poucas palavras, sorriu bastante, contagiado com a alegria do casal Mathias e Berenice, que fazem gracejos de tudo. E Berenice continua: - Já passaram 23 anos, da última vez que nos vimos, e hoje vejo você, esse homem bonito... sempre responsável e atencioso com os seus pais... Aposto que essa “anjinha” que viu, deve ter simpatizado com você também e é uma sortuda. Espero que você não a leve da cidade, mas que ela o faça vir residir aqui... vai gostar da cidade. Ambos sorriram e Doutor, envergonhado com o elogio e ainda com um discreto sorriso, disse: - Obrigado Dona Berenice..., mas ainda não a conheço, mas quem sabe a Senhora não esteja profetizando. Cheguei, hoje pela manhã, acordei cedo para caminhar e tentar encontrar vocês, e o destino fez-me encontrar uma pessoa... Não acredito em obra do acaso, pois, para tudo há uma explicação. Pensava em não demorar na busca, mas o dever social me deteve e, obrigado, parei para resolver um contratempo dessa linda moça e, acabei atrasando. Dona Berenice questiona: - Mas... você já tomou café da manhã? Você disse que se levantou cedo para caminhar... - Ainda não, respondeu Doutor, expressando certa timidez. Mathias então o convidou para tomarem a refeição do desjejum juntos, pois, o café ainda estava quentinho e servido à mesa, e não haviam ainda sentado para tomá-lo pelo ocorrido com a sua filha Bia.
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