MANUELLE NARRANDO É doido como a vida prega peça na gente. Tantas noites sozinha em São Paulo, a barriga crescendo, o silêncio cortando a alma e eu… me perguntando se ele pensava em mim. Se ele sentia saudade. Se ele lembrava das conversas que a gente tinha no escuro do quarto, das promessas sussurradas depois do sexo, da gente falando que ia ter filho, construir uma casa no morro, criar nossa família do nosso jeito. E agora… ali estava ele. Do meu lado. Me levando de madrugada pra tomar sorvete. Me olhando como se nunca tivesse parado de me amar. Me tratando como se eu ainda fosse tudo pra ele. Eu quase chorei. Quando ele encostou a mão na minha barriga, do nada, lá dentro do carro, o coração apertou de um jeito que eu quase não consegui disfarçar. Ele não sabia, mas eu sonhava co

