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MT Narrando O cigarro ainda tava pela metade, queimando no canto da boca, quando o celular vibrou no bolso. Tiro ele com a mão suja de pólvora e calo, achando que era algum dos cria me chamando. Mas quando vi o nome na tela, meu coração travou por dois segundos. FLÁVIA. A mãe da Manu. Atendi no automático, com a voz já tensa. — Alô. Do outro lado, a voz dela veio firme, seca, sem firula nenhuma. — Teu filho vai nascer, Caio. Aqui em casa. A Manuelle tá com contração atrás de contração. Vai vir ou vai perder isso também? Eu congelei. Literalmente. O cigarro caiu da minha mão sem eu nem perceber. — O quê…? — Isso mesmo que tu ouviu. O Cauã vai nascer. E ele tá vindo agora. Ou tu vem, ou perde essa p***a também. Decide. O peito afundou. O mundo pareceu que girou num segundo só. Eu

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