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MANUELLE NARRANDO Já fazia uma semana desde aquele dia. Sete dias. Cento e sessenta e oito horas. Milhares de minutos que pareceram uma eternidade na minha cabeça. Eu e o Caio nos cruzamos algumas vezes pela rua nesses dias. No mercado, na farmácia, na padaria da esquina. Ele fingia que não me via, e eu fingava ainda melhor. Nenhuma palavra trocada. Nenhum olhar demorado. Só aquele silêncio cortante, cheio de tudo que a gente já disse e de tudo que ainda queria dizer. Mas eu tava firme. Não ia mais abaixar a cabeça pra homem nenhum. Principalmente pra ele. Hoje eu tava em casa sozinha, o Kauan chutando leve dentro da barriga como se estivesse ouvindo meu coração bater mais rápido. Eu já tinha almoçado, tomado banho, ajeitado a casa e tava ali… no sofá, com o notebook no colo e o e-mail

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