100

1157 Words

MANUELLE NARRANDO Acordei com a luz da rua invadindo o quarto devagarinho pelas frestas da cortina. O ar tava morno, abafado, o ventilador de teto rodando preguiçoso, quase sem fazer vento. Pisquei os olhos devagar, meio perdida, até entender onde eu tava. O corpo dele tava colado no meu. Literalmente grudado. Braço pesado por cima da minha barriga, uma das pernas dele enroscada na minha, e o rosto… encostado bem no meu pescoço. A respiração dele quente, mansa, como se estivesse num sono profundo e gostoso. Meu coração deu uma apertada ali. Um aperto estranho, sabe? Misturado com um pouco de culpa, um pouco de raiva e até… carinho. Carinho que eu não queria sentir, mas sentia. Eu conhecia aquele cheiro dele, aquele calor, aquela paz de estar nos braços dele depois do caos. Só que eu tam

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD