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EManuelle Narrando Meu pai continuava dirigindo em silêncio. Minha mãe mexia as mãos, nervosa. Lucas no banco da frente, com aquela cara de quem queria me proteger do mundo inteiro. Mas ali era só eu. Eu e a p***a da minha escolha. A cada metro que o carro avançava, o peito apertava. Era o morro ficando pra trás… era a minha história ficando pra trás. Mas ao mesmo tempo, eu precisava. Precisava me afastar, precisava respirar. Quando a gente entrou na linha pro Galeão, minha mãe já começou. — Ai, meu Deus… tá chegando. Tá chegando mesmo. — Mãe… — respirei fundo. — Não começa, tá? Se você começar, eu desabo. Ela fungou, segurando a minha mão. — Eu só queria que você soubesse que, se você precisar, qualquer coisa… qualquer hora… tua mãe tá aqui, tá? Eu não vou deixar de ser tua

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