Caio Narrando
A real? Eu sinto falta dela todo santo dia. Mas é aquilo… não tem mais nada que eu possa fazer.
Eu até pensei em ir atrás da Manuelle em São Paulo, bater de frente, olhar no olho dela e dizer tudo o que ficou entalado aqui. Mas como? Eu não sei o hospital, não sei o bairro, nem o nome da rua. A única coisa que eu sei é que ela foi embora… e levou um pedaço de mim junto.
Então decidi respeitar o tempo dela. Deixar a poeira baixar. Esperar umas semanas, deixar ela respirar, ver se ela me dá algum sinal. E se não der, aí eu vejo o que faço. Mas por enquanto, é isso. Esperar. Sofrer calado. E tentar não me perder de vez.
Aqui no morro, eu continuo na ativa, né? Botando ordem nas paradas, resolvendo o que tem que resolver. Eu e o Piloto tamo junto direto. O FP continua na dele
