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Manu narrando Eu ia embora. Juro. Tava decidida. Mas aí olhei pro Caio ali, grudado no Cauã, ninando ele com um cuidado, com uma paz que eu nunca tinha visto nele. Tipo… parecia até outro homem. O MT durão, frio, boca de fuzil que todo mundo treme quando vê… tava ali, com o filho no colo, balançando ele igual um neném de vidro. Aí me deu um negócio. Um aperto no peito. Pensei: “Como é que eu vou tirar isso dele agora?” Não tive coragem. Não consegui. Fiquei. Subi de novo, peguei uma camiseta dele no armário — uma daquelas largas, com cheiro do perfume dele misturado com maconha, e vesti. Solta no corpo, cobrindo até o meio da coxa. A cueca dele tava dobradinha na gaveta também. Peguei. Me olhei no espelho do closet e soltei um riso baixinho. — Tu parece minha, até vestida de mim — el

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