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MT Narrando Encostei na grade do camarote, cabeça baixa, baseado aceso entre os dedos, e um vazio no peito que nem o fumo conseguia preencher. Soprei fundo. Bem fundo. Três vezes. Pra ver se o ódio passava, pra ver se a raiva não me engolia, pra ver se o coração voltava pro lugar. Mas não voltava. Ficava ali, apertado, esmagado no meio do peito como se tivesse sido chutado por dentro. O baile tava explodindo embaixo. O povo dançando, os cria girando fuzil, o DJ gritando no microfone. Mas eu não ouvia p***a nenhuma. Só o barulho da minha cabeça. O barulho da Manuelle. Ela lá, no centro do camarote, rindo com a Bruna, fazendo pose com o copo na mão, sentando com leveza na batida, rebolando como se tivesse livre, como se nunca tivesse chorado por mim. E o pior? Ela tava linda. Linda pra

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