MT narrando A primeira noite com o Cauã foi tipo… sei lá, mano. Um misto de emoção com terror psicológico. Eu já tinha passado por tiroteio, operação, perseguição de polícia, já vi parceiro morrer na minha frente… mas nada me deixou tão pilhado quanto aquela madrugada. Porque ali não dava pra meter o louco, não tinha como fingir que tava no controle. Eu era pai. Era o pai dele. E ele tava ali, do meu lado, miudinho, indefeso, respirando com aquele peitinho subindo e descendo, como se qualquer vento mais forte fosse carregar ele embora. A Manu deitou com ele no meio da gente, e no começo eu fiquei tipo estátua. Nem respirava direito. Só ficava com medo de virar e sem querer esmagar ele. Aí toda vez que eu cochilava e mexia o corpo, acordava no susto, achando que tinha encostado nele. Le

