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BRUNA NARRANDO Eu tava ali na sala, com a perna esticada em cima da mesinha de centro, mexendo no celular e rindo sozinha das mensagens das minhas alunas novas. Uma tinha mandado: “Bruna, pelo amor de Deus, onde você compra suas calcinhas? Tua marquinha fica perfeitaaa”. Outra: “Se eu ficar com essa marquinha e não arrumar marido, vou cobrar meu dinheiro de volta”. Eu me acabei de rir. Eu amo meu trabalho, de verdade. — Ô pai! — gritei em direção à cozinha. — Vem cá ver o que a mulher me mandou aqui! O Coroa apareceu, com um copo de cerveja na mão e aquela cara de quem já tava se preparando pra reclamar. — Tu não para de rir com esse telefone, menina… Tá fazendo o quê agora? — Dinheiro, né, meu amor — pisquei. — Muito dinheiro. Ele deu uma risada abafada, se jogando na poltrona. — E

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