Anastasia sorriu ao ver as crianças brincando no parque tão entusiasmadas e alheias ao mundo ao redor. Enquanto as assistia, podia esquecer um pouco qualquer problema fugaz que ousara ocupar sua mente, que a engolfava com um sentimento de não pertencimento, de estar deslocada. Todos que seu entorno buscavam aspirações a carreiras, amores verdadeiros, explorar o que o mundo teria a oferecer, contudo, ela não sabia o que queria, não tinha algo que poderia chamar de sonho propriamente dito. Se fosse mais simplista, sua vida se resumia em seu trabalho que pagava o suficiente para pagar suas dúvidas e desfrutar um pouco de pequenos desejos — um tanto mundanos. Sua perspectiva não abrangia muito, de certa forma, era uma pessoa limitada. A única certeza que tinha, apesar de não ser algo tão abso