“CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO
ANTERIOR”
Século XXI, sábado dia 4 de junho de 2022,
hemisfério sul Brasil, em algum lugar da
Amazônia aldeia dos Marakkas, ás 10:12 da
manhã.
— Nina: Cacique bom dia, é uma honra te
receber na minha tenda, aconteceu alguma
coisa?
— Cacique: Bom dia Nina, como você sabe?
— Nina: Cacique te conheço pelos 21 anos de
amizade e quero agradecer por esses anos e
também lembro quando te conheci eram
tempos de guerra.
— Cacique: Nina hoje estamos em tempo de
paz e fico feliz por tudo que estamos vivendo.
— Nina: Também estou feliz e me lembro
quando você estava me apoiando quando
estava grávida do Xamã, vencemos
expulsando aqueles garimpeiros filhos da mãe,
na época éramos unidos junto com o pai do
Xamã, ele nos ajudou a vencer aquela batalha
contra os forasteiros, foi você que ficou
conosco e por isso escolhemos o senhor para
ser o nosso Cacique e liderar a nossa aldeia.
— Cacique: Sou grato por todos esses anos
de amizade e confiança, Nina estou
preocupado!
— Nina: Tem mais forasteiros cortando
árvores?
— Cacique: Graças a mãe natureza não, estou
aqui por outro motivo!
— Nina: Cacique qual motivo é esse?
— Cacique: Ando preocupado com você e
principalmente com o Xamã!
— Nina: Por favor Cacique Prossiga?
— Cacique: Nina você já sabe qual
universidade Xamã vai estudar?
— Nina: Cacique por que a preocupação, até o
momento não chegou nenhuma carta sobre
esse assunto, diga o que está acontecendo?
— Cacique: Umas das preocupações, Xamã
não consegue se enturmar com os outros
colegas da aldeia e fico mais preocupado com
meu sonho.
— Nina: Cacique por favor conta o que você
viu no seu sonho.
— Cacique: No meu sonho eu vi o Xamã indo
embora da nossa aldeia.
— Nina: Você não pode estar falando sério.
— Cacique: Nina entenda, Xamã está no
último ano do ensino médio e no meu sonho
ele estava indo embora para São Paulo, você
vai ter que aceitar é propósito da mãe
natureza.
— Nina: Eu não posso permitir isso.
— Cacique: Xamã não é mais criança Nina.
— Nina: Meu filho tem apenas 17 anos.
— Cacique: Seu filho vai completar maior de
idade e tem tudo pra se tornar um grande
homem, Nina vai se acostumando cedo ou
tarde Xamã vai partir da nossa aldeia.
— Nina: Não vou me acostumar com a ideia do
meu menino ir embora para outro estado,
tenho medo, algo de r**m aconteça com meu
filho.
— Cacique: Devemos confiar na mãe natureza.
— Nina: A mãe natureza não pode fazer isso
comigo, vou clamar aos deuses.
— Cacique: Nina não chora vem aqui me dá
um abraço.
— Nina: Cacique foi por isso que você veio
até aqui?
— Cacique: Sim Nina, preciso falar com o
Xamã sobre tudo que sonhei.
— Nina: Cacique Isso é loucura!
— Cacique: Convenhamos Nina o Xamã tem
muita dificuldade em se relacionar com todas
as pessoas da aldeia desde o seu nascimento...
— Nina: Foi um erro relacionar com o pai do
Xamã, aquele americano vagabundo roubou
meu coração e sabendo que tinha um filho foi
embora sem dizer para onde ia.
— Cacique: Nina já passou, não precisa se
culpar.
— Nina: Cacique eu sei que não preciso levar
essa culpa, o problema ele não aceitou e
também disse que não iria compactuar com a
nossa loucura, tudo que fizemos foi para o
bem da nossa aldeia.
— Cacique: Nina nós sabemos disso.
— Nina: Cacique a nossa cultura é diferente do
povo da cidade, de verdade pensei que
poderia confiar nele, mas estava errada, o pai
do Xamã não entendeu e foi por isso que ele
sumiu da nossa aldeia e também foi um erro
se relacionar com o povo da cidade.
— Cacique: Nina não pensa dessa forma, olha
só a evolução da nossa aldeia.
— Nina: Cacique com seu conhecimento você
trouxe melhorias, os negócios cresceram
nesses últimos anos entre aldeia e o povo da
cidade aonde vem a maior parte da nossa
renda.
— Cacique: Nina foi vocês que acreditaram
que poderia dar certo.
— Nina: Cacique eu não acredito totalmente
no povo da cidade.
— Cacique: Nina concordo plenamente com
você, agora mudando de assunto, a cor de
pele do Xamã sempre o atrapalhou.
— Nina: Cacique só por causa da cor da pele
do Xamã e seus cabelos loiros não quer dizer
que ele não tenha sangue indígena.
— Cacique: Parece que foi ontem o
nascimento do Xamã e já vai fazer 18 anos
como o tempo passa, incrível o seu filho tem
aparência igual do pai.
— Nina: Não posso negar, o Xamã é o único
branco da aldeia.
— Cacique: Eu reparo no Xamã, ele sempre
tem que se mostrar forte.
— Nina: Meu filho está sempre se superando,
está sendo desgastante pra ele, mesmo tendo
sangue indígena, não era pra ser assim, os
indígenas não podem continuar o rejeitando.
— Cacique: A cor de pele o atrapalha, tudo no
seu tempo, Xamã vai se tornar um grande
líder.
— Nina: Meu filho tem mesmo o jeito de
liderança, Cacique no seu sonho o Xamã
estava indo embora.
— Cacique: Nina como eu disse tudo no seu
tempo, você não tem que fazer nada, apenas
deixar o Xamã seguir seu próprio caminho,
quem sabe o destino seja bom com seu filho
ou seja encontrar o pai desaparecido.
— Nina: Só de pensar o Xamã indo embora
dos meus braços isso me apavora.
— Cacique: Nina pensa bem, o Xamã pode
encontrar o pai!
— Nina: Cacique não fala isso, São Paulo é
bem diferente de tudo que vivemos.
— Cacique: De uma coisa eu sei, os meus
sonhos acontecem.
— Nina: Cacique, acho que eu não vou
suportar.
— Cacique: Nina você é uma guerreira forte e
uma das melhores que temos aqui em nossa
aldeia, tenho certeza de que seu filho puxou
seu sangue e a inteligência do pai, pode
torná-lo inabalável.
— Nina: Cacique não posso negar, o pai do
Xamã era um professor de biologia bem
inteligente e dominava muito bem a língua
portuguesa e também aprendeu aperfeiçoar a
nossa língua Marakás.
— Xamã: Eu ouvir vocês falarem meu nome?
O que tem meu professor de biologia eu não
sabia que ele também fala a nossa língua?
— Nina: Bom dia meu filho, Cacique veio até
aqui pra conversar com você!
— Xamã: Bom dia mamãe! Bom dia Cacique,
continuo com muito sono em fim, o senhor
veio até aqui pra conversar comigo?
— Cacique: Xamã Bom dia, eu vim até aqui
seu tempo está chegando ao fim aqui na
aldeia.
— Xamã: Cacique me explica isso! Até o
senhor não quer mais a minha presença aqui
na aldeia?
— Cacique: Estava conversando com sua mãe
sobre o meu sonho e você estava nele.
— Nina: Meu filho o Cacique teve uma visão
de você.
— Xamã: Estou meio confuso, senhor Cacique
você teve um sonho ou uma visão?
— Cacique: Xamã você estava usando uma
farda de soldado e depois indo para São Paulo
esse foi meu sonho.
— Xamã: Eu não contei nada pra ninguém do
meu alistamento para o exército.
— Nina: Meu filho por que você não me
contou nada sobre o seu alistamento?
— Xamã: Mamãe no momento certo eu iria te
contar.
— Cacique: Xamã no meu sonho, eu te vi no
estado de São Paulo
— Nina: Nossa Xamã, você também não me
disse nada sobre ir para São Paulo?
— Xamã: Mamãe não tenho planos de sair da
Amazônia e muito menos ir para São Paulo,
me alistei na Capital de Manaus para proteger
a nossa aldeia de qualquer forasteiro querem
tomar nossas terras.
— Cacique: Xamã admiro sua coragem.
— Xamã: Eu quero muito ajudar a nossa aldeia.
— Cacique: Xamã sabemos da sua boa
intenção, você sabe muito bem meus
sonhos nunca falham.
— Nina: Meu filho o Cacique tem razão, os
sonhos nunca falham.
— Xamã: Obrigado Cacique por vim até a
nossa tenda e contar sobre o seu sonho
acredito no senhor.
— Cacique: Xamã fico honrado por acreditar
em mim.
“CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO”
A Cruz Está Vazia Em Breve Jesus Cristo Voltará