Aldeia Dos Marakkas

1387 Words
“CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR” Século XXI, sábado dia 4 de junho de 2022, hemisfério sul Brasil, em algum lugar da Amazônia aldeia dos Marakkas, ás 10:12 da manhã. — Nina: Cacique bom dia, é uma honra te receber na minha tenda, aconteceu alguma coisa? — Cacique: Bom dia Nina, como você sabe? — Nina: Cacique te conheço pelos 21 anos de amizade e quero agradecer por esses anos e também lembro quando te conheci eram tempos de guerra. — Cacique: Nina hoje estamos em tempo de paz e fico feliz por tudo que estamos vivendo. — Nina: Também estou feliz e me lembro quando você estava me apoiando quando estava grávida do Xamã, vencemos expulsando aqueles garimpeiros filhos da mãe, na época éramos unidos junto com o pai do Xamã, ele nos ajudou a vencer aquela batalha contra os forasteiros, foi você que ficou conosco e por isso escolhemos o senhor para ser o nosso Cacique e liderar a nossa aldeia. — Cacique: Sou grato por todos esses anos de amizade e confiança, Nina estou preocupado! — Nina: Tem mais forasteiros cortando árvores? — Cacique: Graças a mãe natureza não, estou aqui por outro motivo! — Nina: Cacique qual motivo é esse? — Cacique: Ando preocupado com você e principalmente com o Xamã! — Nina: Por favor Cacique Prossiga? — Cacique: Nina você já sabe qual universidade Xamã vai estudar? — Nina: Cacique por que a preocupação, até o momento não chegou nenhuma carta sobre esse assunto, diga o que está acontecendo? — Cacique: Umas das preocupações, Xamã não consegue se enturmar com os outros colegas da aldeia e fico mais preocupado com meu sonho. — Nina: Cacique por favor conta o que você viu no seu sonho. — Cacique: No meu sonho eu vi o Xamã indo embora da nossa aldeia. — Nina: Você não pode estar falando sério. — Cacique: Nina entenda, Xamã está no último ano do ensino médio e no meu sonho ele estava indo embora para São Paulo, você vai ter que aceitar é propósito da mãe natureza. — Nina: Eu não posso permitir isso. — Cacique: Xamã não é mais criança Nina. — Nina: Meu filho tem apenas 17 anos. — Cacique: Seu filho vai completar maior de idade e tem tudo pra se tornar um grande homem, Nina vai se acostumando cedo ou tarde Xamã vai partir da nossa aldeia. — Nina: Não vou me acostumar com a ideia do meu menino ir embora para outro estado, tenho medo, algo de r**m aconteça com meu filho. — Cacique: Devemos confiar na mãe natureza. — Nina: A mãe natureza não pode fazer isso comigo, vou clamar aos deuses. — Cacique: Nina não chora vem aqui me dá um abraço. — Nina: Cacique foi por isso que você veio até aqui? — Cacique: Sim Nina, preciso falar com o Xamã sobre tudo que sonhei. — Nina: Cacique Isso é loucura! — Cacique: Convenhamos Nina o Xamã tem muita dificuldade em se relacionar com todas as pessoas da aldeia desde o seu nascimento... — Nina: Foi um erro relacionar com o pai do Xamã, aquele americano vagabundo roubou meu coração e sabendo que tinha um filho foi embora sem dizer para onde ia. — Cacique: Nina já passou, não precisa se culpar. — Nina: Cacique eu sei que não preciso levar essa culpa, o problema ele não aceitou e também disse que não iria compactuar com a nossa loucura, tudo que fizemos foi para o bem da nossa aldeia. — Cacique: Nina nós sabemos disso. — Nina: Cacique a nossa cultura é diferente do povo da cidade, de verdade pensei que poderia confiar nele, mas estava errada, o pai do Xamã não entendeu e foi por isso que ele sumiu da nossa aldeia e também foi um erro se relacionar com o povo da cidade. — Cacique: Nina não pensa dessa forma, olha só a evolução da nossa aldeia. — Nina: Cacique com seu conhecimento você trouxe melhorias, os negócios cresceram nesses últimos anos entre aldeia e o povo da cidade aonde vem a maior parte da nossa renda. — Cacique: Nina foi vocês que acreditaram que poderia dar certo. — Nina: Cacique eu não acredito totalmente no povo da cidade. — Cacique: Nina concordo plenamente com você, agora mudando de assunto, a cor de pele do Xamã sempre o atrapalhou. — Nina: Cacique só por causa da cor da pele do Xamã e seus cabelos loiros não quer dizer que ele não tenha sangue indígena. — Cacique: Parece que foi ontem o nascimento do Xamã e já vai fazer 18 anos como o tempo passa, incrível o seu filho tem aparência igual do pai. — Nina: Não posso negar, o Xamã é o único branco da aldeia. — Cacique: Eu reparo no Xamã, ele sempre tem que se mostrar forte. — Nina: Meu filho está sempre se superando, está sendo desgastante pra ele, mesmo tendo sangue indígena, não era pra ser assim, os indígenas não podem continuar o rejeitando. — Cacique: A cor de pele o atrapalha, tudo no seu tempo, Xamã vai se tornar um grande líder. — Nina: Meu filho tem mesmo o jeito de liderança, Cacique no seu sonho o Xamã estava indo embora. — Cacique: Nina como eu disse tudo no seu tempo, você não tem que fazer nada, apenas deixar o Xamã seguir seu próprio caminho, quem sabe o destino seja bom com seu filho ou seja encontrar o pai desaparecido. — Nina: Só de pensar o Xamã indo embora dos meus braços isso me apavora. — Cacique: Nina pensa bem, o Xamã pode encontrar o pai! — Nina: Cacique não fala isso, São Paulo é bem diferente de tudo que vivemos. — Cacique: De uma coisa eu sei, os meus sonhos acontecem. — Nina: Cacique, acho que eu não vou suportar. — Cacique: Nina você é uma guerreira forte e uma das melhores que temos aqui em nossa aldeia, tenho certeza de que seu filho puxou seu sangue e a inteligência do pai, pode torná-lo inabalável. — Nina: Cacique não posso negar, o pai do Xamã era um professor de biologia bem inteligente e dominava muito bem a língua portuguesa e também aprendeu aperfeiçoar a nossa língua Marakás. — Xamã: Eu ouvir vocês falarem meu nome? O que tem meu professor de biologia eu não sabia que ele também fala a nossa língua? — Nina: Bom dia meu filho, Cacique veio até aqui pra conversar com você! — Xamã: Bom dia mamãe! Bom dia Cacique, continuo com muito sono em fim, o senhor veio até aqui pra conversar comigo? — Cacique: Xamã Bom dia, eu vim até aqui seu tempo está chegando ao fim aqui na aldeia. — Xamã: Cacique me explica isso! Até o senhor não quer mais a minha presença aqui na aldeia? — Cacique: Estava conversando com sua mãe sobre o meu sonho e você estava nele. — Nina: Meu filho o Cacique teve uma visão de você. — Xamã: Estou meio confuso, senhor Cacique você teve um sonho ou uma visão? — Cacique: Xamã você estava usando uma farda de soldado e depois indo para São Paulo esse foi meu sonho. — Xamã: Eu não contei nada pra ninguém do meu alistamento para o exército. — Nina: Meu filho por que você não me contou nada sobre o seu alistamento? — Xamã: Mamãe no momento certo eu iria te contar. — Cacique: Xamã no meu sonho, eu te vi no estado de São Paulo — Nina: Nossa Xamã, você também não me disse nada sobre ir para São Paulo? — Xamã: Mamãe não tenho planos de sair da Amazônia e muito menos ir para São Paulo, me alistei na Capital de Manaus para proteger a nossa aldeia de qualquer forasteiro querem tomar nossas terras. — Cacique: Xamã admiro sua coragem. — Xamã: Eu quero muito ajudar a nossa aldeia. — Cacique: Xamã sabemos da sua boa intenção, você sabe muito bem meus sonhos nunca falham. — Nina: Meu filho o Cacique tem razão, os sonhos nunca falham. — Xamã: Obrigado Cacique por vim até a nossa tenda e contar sobre o seu sonho acredito no senhor. — Cacique: Xamã fico honrado por acreditar em mim. “CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO” A Cruz Está Vazia Em Breve Jesus Cristo Voltará
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD