Morador ou Nômade?

2751 Words
Pov Lauren Jauregui Faltavam exatos dois minutos para acabar a aula, os pensamentos em volta estavam me estressando. Todos só sabiam pensar na única coisa, nas novas moradoras da cidade. Ninguém sabia se eram jovens ou adultas. Apenas sabiam que eram duas garotas, pois compraram uma casa aqui e como a cidade é pequena a notícia se espalhou por toda a cidade em um piscar de olhos. Bandos de fofoqueiros, isso é o que todos eram! Finalmente o sinal bateu, não esperei um segundo a mais e sai da sala. Eu estava caminhando pelo corredor tranquilamente, e os alunos nem ao menos chegavam perto de mim. As meninas ainda me olhavam, mas agora ninguém pegava mais no meu pé depois de verem que ninguém ali fazia o meu tipo uma ou outras ainda insistem mais de nada adianta. Os pensamentos humanos eram muito limitados, então era fácil interpretá-los mesmo sem precisar ler seus pensamentos. Caminhei em direção ao meu carro no estacionamento e esperei minhas irmãs chegarem enquanto permanecia encostado na lateral do carro vi elas ao longe se aproximarem. Troy assim que chegou perto de mim franziu a testa. - Está tudo bem com você ? - Sim, só estou estressada com os pensamentos dos humanos. – Respondi esfregando os olhos. O assunto era sempre o mesmo: Estressante. - E o que eles estão pensando pra deixar você assim? Estou sentindo que estão todos ansiosos. - Ainda estão pensando o tempo todo nas novas moradoras da cidade e estão torcendo para que pelo menos uma delas ainda não tenham se formado no ensino médio. - As moradoras devem ser tão insignificantes como toda a população dessa cidade. – Mani respondeu jogando os cabelos para trás. Ouvi alguns suspiros dos meninos que estavam perto de nós. A beleza de Normani era extremamente linda. Seus cabelos negros comprido desciam até a cintura, ela é alta e tem corpo que deixaria qualquer modelo com inveja imagine as meninas sem graça dessa escola então. Os olhos com tonalidades de marrom quase negros são meio incomuns de se ver, porém deixa sua beleza única. E seu rosto, bem seu rosto é lindo. Ela era o ser mais belo que já vi, mas juntamente com a beleza grande a arrogância a acompanhava. Ela era gentil apenas conosco, sua família ou quase isso. Esse seu gênio afastou muitos garotos que queriam algo com ela e se não foi isso que os afastou foi sua namorada. Também com uma garota grande e extremamente forte como o Dinah, não foi difícil afastar os humanos que tinham alguma esperanças em tentar insistir algo com ela. - Mani não seja tão grossa. Não nos metemos na vida deles, mas também não precisamos falar m*l. – Falou a baixinha. Mani bufou e virou a cara. - E então fadinha, viu quem são as garotas novas? – Dinah se virou encarando Ally, aparentemente ela estava encrencada. - Porque você quer saber Dinah Hansen Kordei Jauregui? – Perguntou Mani furiosa. - Calma ursinha, é que não acontece nada de interessante nessa cidade desde que chegamos. Agora que tem novas moradoras vindo pra cá talvez parem um pouco de falar sobre nossa família. – Se apressou em dizer. Mani estreitou os olhos para ela, mas não disse nada. Traduzindo elas conversariam sério quando chegassem em casa. - Respondendo sua pergunta, não DJ, eu não pensei nelas até agora por isso não... – E sua frase foi cortada por uma de suas visões me assustando com a imagem. O sinal tinha acabado de bater fazia 10 minutos e todos já haviam entrado, um carro Jaguar entrou na escola e parou um pouco afastado de todos os carros do estacionamento. Nenhum aluno se encontrava mais ali quando a pessoa saiu do carro. Me surpreendi com a sua beleza sobrenatural. Foi fácil identificá-la como vampira por causa de sua aparência, sua beleza poderia se comparar quase com a de Mani apesar de serem completamente diferentes, o cabelo cor mogno era brilhoso e ela usava um óculos de sol escondendo a cor de seus olhos, o que foi um problema já que não sabíamos se era uma vampira igual a nós sendo muito improvável. Então esperei a visão continuar para ver o que vai acontecer, mas ela acabou. Eu estava em choque com o que vi, nós estávamos com problemas se por um acaso ela for uma vampira, porém posso também estar enganado. Olhei para Ally e ela também se encontrava com a mesma expressão que eu. - O que foi que viu meu amor? – Perguntou Troy sentindo o nervosismo da baixinha. Abraçou-a com força enquanto tentava acalmá-la com seu dom. - A nova moradora ela... – Não conseguiu terminar a frase com a intromissão de Dinah. - O que têm elas? – Só ouvi o tapa que Mani deu nela. - Ai, ursinha. – Esfregou a mão na nuca. – Você sabe que só tenho olhos pra você, dessa vez eu só perguntei, porque estou vendo a cara de preocupação da anãzinha aqui. Pelo visto a mulher da visão de Ally era mesmo uma vampira. - Temos um problema, a moradora nova vai vir aqui amanhã. – Eles me olharam se perguntando o que havia demais nisso, mas quando terminei de falar seus olhares mudaram. – E ela não é uma pessoa qualquer, ela é uma vampira. O choque e a preocupação eram evidentes em todos. Seus pensamentos bombearam minha cabeça. “O que uma vampira faz aqui?” “Será que está de passagem?” “Temos que conversar com Michael” “Oba, finalmente alguma coisa interessante, será que vai rolar uma briga?”– Nem preciso dizer que esse último pensamento foi de Dinah. - Calma gente, vamos fazer como Mani pensou. Vamos falar com Michael, ele vai saber o que podemos fazer. Todos concordaram e seguimos para casa. Eu me perdi nos pensamentos enquanto dirigia. O que ela estava fazendo aqui? O que ela queria? Se ela nos causar problemas teremos que matá-la, mas se for como nós podemos conversar e chegar a um acordo. Eu não gosto de vampiros que não conheço, a maioria causa má impressão de primeira e geralmente são sádicos. Quando estacionei o carro, todos saíram correndo. Respirei fundo antes de sair e subi a passos humanos para dentro de casa. Assim que entrei na sala todos falavam ao mesmo tempo. Minha mãe assim que me viu correu até mim. - Filha, que história é essa? – Perguntou preocupada. - Pelo visto amanhã aparecerá uma vampira na cidade, ou melhor, ainda na nossa escola. - Minha nossa! Mas ela também pode ser uma nômade e esteja só de passagem? Parei para pensar, isso tinha lógica em nenhum momento isso passou por minha cabeça. - Já liguei para Michael, ele está a caminho. – Respondeu Ally. - Você tem razão mãe, não pensei sobre isso é uma possibilidade. – Troy comentou pensativo e Ally ficou ao seu lado. - Se ela tentar qualquer coisa, nós a matamos. – Dinah estava eufórica para brigar. Troy sorriu para nossa irmã e eu apenas revirei os olhos para esses dois - Não filha, nós não vamos resolver nada enquanto seu pai não chegar. – Clara colocou um ponto final no assunto. — Droga. — Troy disse baixinho. Todos estavam perdidos em seus pensamentos e eu prestava atenção em tudo, muitos tinham lógicas, mas não comentei nada deixei que refletissem sozinhos. Esperaria Michael chegar para decidirmos. Eu acho que ela é realmente a nova moradora, porque ela vai entrar no colégio e ainda usava carros. Vampiros nômades não costumam usar carros e sim seus próprios pés. Pouco tempo depois escutei o carro de Michael entrando na estrada que dava para nossa casa. Todos ficaram em silêncio esperando nosso pai entrar em casa. - Boa tarde! – Todos nós o cumprimentamos de volta. Clara foi até ao seu lado e o beijou rapidamente. – E então o que aconteceu? - Pai, estamos com um problema. – A fadinha respirou fundo, mesmo sendo desnecessário para nós vampiros e continuou. – Tive uma visão de uma vampira na cidade amanhã. Meu pai arregalou os olhos. - Ela estava só de passagem? – Perguntou preocupado. - Nós achamos que pode ser a moradora nova, já que vimos entrando no estacionamento da escola. - Mas também pode ser apenas uma nômade e sentiu nosso cheiro, pode ser que tenha ficado curiosa sobre nós. – Completou Troy. - Talvez, mas não podemos arriscar a vida das pessoas da cidade. Quando ela chega? – Perguntou curioso. - Chegará amanhã depois que bater o sinal para entrada do colégio. Não vai ter ninguém lá. – Ally respondeu. - Ótimo, vamos aproveitar essa oportunidade e esperaremos por ela. - Michael, eu estive pensando. – Falei antes de alguém comentar qualquer coisa. – Se ela for a suposta moradora nova que todos estão comentando a outra que está com ela provavelmente é uma vampira, não acho que seja uma boa opção em deixar Clara aqui sozinha. Ele ponderou esse meu argumento. - Pode deixa que resolvemos isso, pai. Te manteremos informado de tudo. Sabe que agiremos somente se for necessário. - Troy disse. - Eu sei que vocês podem lidar com a situação, então eu e sua mãe ficaremos esperando por notícias de vocês. Por favor, meus filhos, evitem o máximo de qualquer tipo de confronto. Todos nós assentimos e Dinah bufou ela estava louca para uma briga e resmungou baixinho. Michael não voltou para o trabalho hoje e entraria tarde amanhã, sua preocupação com Clara e conosco era mais importante que qualquer coisa. Depois de horas decidindo os detalhes sobre amanhã, todos foram para seus quartos. Liguei o som no meu quarto e tentei me desligar de seus pensamentos, focando só nos meus pela noite. Era muito r**m morar com três casais de vampiros debaixo do mesmo teto, eu realmente tentei me relacionar com uma vampira ou outra já que sou a única vampira intersexual aqui, mas nunca consegui me apaixonar, eu nunca senti os mesmo sentimentos que meus irmãos ou meus pais sentem um pelo outro, às vezes eu os invejam, pois acho que nunca vou sentir isso. Então o que eu fiz? Desisti! Eu desisti de procurar um amor, eu desisti de tentar amar alguém e eu desisti por desacreditar que nunca vou amar. A noite passou rápida e o dia havia amanhecido, mas estava escuro lá fora por causa das densas camadas de nuvens que sobrevoavam em Forks. Me vesti e desci as escadas. Logo todos desceriam então fui até a sala e liguei a TV, e para meu azar não tinha nada de bom passando. Bufei irritada, o jeito seria esperar os outros descerem. Enquanto mudava de canal enquanto uma baixinha emburrada descia as escadas. - Nem comece tampinha. – Revirei os olhos. - Lauren, porque você não me deixou escolher suas roupas? – Perguntou enquanto cruzava os braços e fechava a cara. - Porque eu levantei mais cedo, já deixo você escolher quase todos os dias as minhas roupas, pois não tenho escolha, mas hoje não. - Tudo bem, mas amanhã você não escapa. – Falou dando pulinhos e batendo palmas. Resmunguei, sempre era assim. Todos já estavam presentes na sala. Hoje resolveríamos tudo, eu esperava que desse tudo certo. - Querida, você viu algo sobre hoje? – Michael perguntou à Ally preocupado. - Eu vi, a partir do momento que decidimos conversar com a vampira, o futuro fica mudando o tempo todo, mas todas as visões basicamente acabam com três finais diferentes. - E quais seriam? – Todos estavam atentos nas suas palavras. - Primeiro pode ser que ela fique com medo de nós e vá embora, segunda ela escuta tudo e ficamos em paz e terceira... – Engoliu seco. – Ela pode tentar nos atacar lá. Todos ficaram tensos com a última opção. Essa era a última opção que desejaríamos ter que enfrentar, não sabíamos se conseguiríamos dar conta rapidamente da vampira sem sermos vistos aos olhos dos humanos que poderiam aparecer no momento da luta. - Temos que tomar cuidado com nossas palavras, para não tomar o rumo errado, mas Ally você não viu nada depois disso? Ela bufou. - Como disse a visão muda o tempo todo, não da para ver o depois sem sua escolha. - Então vocês já sabem liguem para mim assim que resolverem e se tiver algum problema vamos até vocês. – Falou Michael. - Não se preocupe te informaremos de tudo. – Respondi e meus irmãos assentiram concordando comigo. - Boa sorte meus filhos. – Clara veio abraçar cada um de nós. Via em seus sentimentos seu coração apertado com medo por nós e de nos deixar sozinhos. Ela estava muito preocupada assim como Michael, só que ele sabia que daria tudo certo. Quando ela me abraçou sussurrei em seu ouvido que ficaria tudo bem. Um pequeno sorriso surgiu nos seus lábios e seu corpo relaxou, era obra de Troy. Olhei para ela e sorri em agradecimento. Nós amamos nossa mãe. Fomos todos para o carro e ninguém comentou nada durante o caminho. Assim que desliguei o carro depois de ter estacionado na escola, tirei o cinto e me virei de lado olhando para todos. - Tudo certo? – Perguntei - Sim, vai dar certo. – Ally falou meio hesitante. - Vamos acabar logo com isso! – Disse Dinah enquanto saia do carro. Ficamos encostados no carro e os alunos iam chegando com o passar do tempo, não demorou muito para o sinal bater. Alguns alunos foram entrando e olhavam para nós curiosos querendo saber por que não entravamos para as aulas, deu para ouvir seus cochichos perguntando se iriamos matar aula. Eles não tinham mais o que fazer não? Só sabiam fofocar, fiquei com raiva, mas uma onda de paz invadiu meu corpo. Olhei para Dinah e sorri para ela, minha irmã apenas assentiu e voltou a encostar o queixo no topo da cabeça de Mani, já Ally estava ansiosa ao lado de Troy que conversava com Mani. Todos os humanos haviam entrado. Passou-se alguns minutos e vimos o Jaguar entrando no estacionamento. A vampira não pensava nada demais, só pensava que tinha de fazer tudo certo. Franzi o cenho, fazer o que certo? Dava para sentir a tensão no ar, tínhamos que tomar muito cuidado, qualquer passo errado e tudo poderia acabar m*l para todos. A porta do carro abriu e antes que a vampira saísse completamente o seu cheiro nos atingiu, era doce cheirava a lavanda um cheiro comum em alguns vampiros, mas sempre com uma essência única. Vi ela cheirando o ar e quando virou o rosto seu olhar caiu em nós. Um rosnado surgiu em seu peito, tinha chegado a hora devíamos agir rápido. - Se acalme, não queremos brigar! – Falei enquanto levantava as mãos para cima como gesto de paz. Seu corpo estava levemente inclinado para frente como se preparasse para atacar. - Nós não somos inimigos, nós moramos nessa cidade. – Seu estado continuava o mesmo “Droga estou na cidade deles, pensa, pensa”. Ouvi seus pensamentos – Estamos aqui em paz, olha vivemos entre os humanos. Nós só ficamos preocupados com a sua presença, não queremos problemas. Troy mandou uma onda de calmaria para a vampira e com isso finalmente começou a pensar nas minhas palavras. “Seus olhos são castanhos dourados e verdes. Eles vivem entre os humanos, que diabos está acontecendo aqui?” se perguntava. - Sim nós somos diferentes, queremos resolver isso com calma. – Conseguia escutar os pensamentos de Ally falando para eu não parar de falar. O futuro já estava certo não aconteceria nada de errado, pelo menos o pior já passou. Suspirei aliviada, mas ainda tinha que tomar cuidado. “Como ela soube o que eu estava pen...”. A vampira não terminou seu pensamento e ficou paralisada. - Desculpe, eu leio pensamentos! – Disse com calma e fingindo constrangimento, não devia ter falado muito. - Vocês são vampiros vegetarianos! – Pelo seu tom de voz ela afirmou ao invés de perguntar. Após seu rosto passar por todos meus irmãos voltou para minha direção - Então estou conversando com uma leitora de mente? Isso é interessante. – Falou com a voz suave. Assim que todos escutaram seu tom de voz relaxaram. O perigo não era mais presentes, porém ninguém realmente havia abaixado à guarda. Ela se aproximou de nós cautelosamente estávamos apenas alguns passos de distância. - Sim. Prazer meu nome é Lauren Jauregui. E estes são meus irmãos Normani Kordei, Allyson Brooke, Dinah Jane Hansen e Troy Jauregui. – Fui apontando para cada um dos meus irmãos e os apresentando. - Família? – Perguntou arqueando uma sobrancelha. Assenti. Os vampiros geralmente se consideravam clãs. Essa palavra não era bem utilizada por muitos vampiros. Quando voltei minha atenção para a vampira, ela tirou seus óculos de sol e todos ficamos tensos novamente. Seus olhos estavam meio violetas. Os humanos não veriam a diferença para eles seriam azuis, mas para nós vampiros víamos que ela usava lentes de contatos e se a lente de contato estava dessa cor era porque seus olhos vermelhos estavam escondidos atrás deles. - Prazer meu nome é Haille Steinfeld. – Respondeu sorrindo sádica.
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