A Primeira Eterna - Camren

Refletindo sobre ela

Pov Lauren Jauregui

– Eu não acredito no que acabamos de ouvir! – Disse Normani ainda perplexa.

Assim que as duas foram embora, todo mundo aqui em casa começou a falar. Todos estavam surpresos pela descoberta de Camila conhecer Troy mesmo que não tenha sido um encontro pessoalmente. Ela ainda sim sabia muita coisa sobre ele, e Troy nem fazia ideia da existência dela.

– Por que será que ela não tinha reconhecido Troy antes? – Perguntou Clara intrigada.

– Talvez por causa do seu sobrenome. Vocês não viram quando sua expressão se tornou compreensiva assim que ela descobriu o sobrenome de Troy? Pode ser que ela não sabia seu primeiro nome ou só o segundo, ou talvez ela não tenha relacionado o nome Troy Jauregui com Troy Ogletree. – Opinou Michael.

– Tem razão, mas é surpreendente o fato dela conhecer tanta coisa não só referente ao nosso filho, mas também sobre o nosso mundo. – Clara estava impressionada com Camila. Não era para menos, todos estavam.

Sim, sem dúvidas Camila é uma vampira surpreendente.

Nunca imaginei que ela poderia conhecer Troy. Cada vez que eu descubro mais alguma coisa sobre ela fico cada vez com mais vontade de conhecê-la. Não posso negar ela é incrível, tenho certeza que ela sabe muito mais coisa do que eu possa imaginar, mas aos poucos ela vai se abrindo, e vai começar a confiar em nós.

Pelo que eu vi na mente da minha família todos tentavam descobrir quem são as duas, porém por um lado já não havia mais aquele grande ressentimento que tinham com elas no começo.

A minha família toda buscavam suposições sobre a mãe e a filha, mas o único que não pronunciou nenhuma palavra desde que as duas foram embora foi Troy, também não era para menos. Saber que alguém conheceu sobre sua vida passada que ele imaginava ninguém conhecer, foi um choque em tanto. Li a sua mente e vi que ele estava pensando varias coisas ao mesmo tempo, porém uma delas também me intrigou bastante.

Como ela e Sofi conseguiram sozinha enfrentar um exército de recém-criados e saírem ilesas? Ainda mais esse exército sendo de Maria que pelo que o Troy contou é muito inteligente em questão de estratégias de ataque nas guerras?

Troy me observou atento quando percebeu meu olhar em cima dele.

“Você consegue imaginar como é possível?” pensou ele para mim.

– Não faço ideia. – Os outros Jauregui me olharam curiosos sobre o que eu falei. – Troy está impressionado por Camila e Sofi enfrentarem um exército inteiro sozinhas e saírem ilesas, mesmo que fosse todos nós a enfrentar um exército de recém-criados teríamos perda ao nosso lado. – Expliquei a todos.

Eles ponderam esse comentário.

– Realmente elas devem ser muito mais poderosas do que imaginamos. – Comentou meu pai. – O que você acha Troy?

Ele perguntou ao meu irmão, pois Troy era quem mais entendia de lutas do que qualquer um da família.

– Com certeza elas são. – Troy respondeu. – Há uma maneira de descobrir mais ou menos a força e a maneira que elas lutam, talvez não exatamente como Camila luta, mas como Sofi briga, e isso é o suficiente para saber como elas agem.

– E como seria esse jeito de descobrir? – Perguntei.

– Simples. – Troy deu um pequeno sorriso. – Dinah fez uma aposta com Sofi através de uma luta.

– Dinah Jane, você fez isso? – Minha mãe olhou feio para ela.

– É claro que sim. Eu não perderia uma boa briga com ela. – Dj deu um sorrisinho presunçoso. – Mesmo que ela seja mulher pequenina não hesitei, o prêmio é tentador demais para eu ter ignorado.

Clara balançou a cabeça não acreditando na aposta da filha.

– Então Dinah, você pode combinar o dia da aposta com Sofi e assim veremos o quão bom que ela é. – Troy concluiu.

– Com certeza. – Dinah disse. – E vou mostrar a você que ela e nem Camilinha são lá aquelas coisas, vai ser fácil derrotar aquela magricela da Sofi. – Dinah tencionou os músculos do braço para mostrar sua força.

Ah, se ela lembrasse que em uma luta não se usa apenas a força, mas também a agilidade e a inteligência ela não estaria se vangloriando agora.

Mas estamos falando de Dinah então não adianta ficar lembrando.

– Não tenho certeza, irmã. Nunca conheci vampiros tão poderosos como elas, talvez os Estrabão, porém ainda assim não sei... Se apenas Camila quisesse tenho quase certeza que poderia matar todos nós. – Troy falou, e um calafrio passou por mim quando vi as lembranças que passou pela mente do meu irmão.

– Minha confirmação sobre essa minha teoria se torna concreta pelo fato da Ally contar que teve uma visão de Camila matando a mim e aos meus irmãos sem dificuldade alguma, no dia que nos conhecemos. — Troy lembrou.

– Mas ela não fará m*l a nós, a questão dela ter atacado aquela vez foi porque ela ainda não nos conhecia e o incidente... – Ally não falou para colocar a culpa sobre mim, mas sim para refletir sobre a situação. – Como Lauren, a irritou o bastante ao ponto de querer matá-los. Todos nós percebemos que ela não é muito paciente... Vocês podem ver como, por exemplo, que ela não se importou de matar aquele vampiro da guarda dos Estrabão já que não o conhecia e o mesmo a irritou.

Ally tinha razão.

– Ela talvez não conheça todos nós, mas ela confirmou a você no primeiro dia de aula que vocês duas se conhecem de tempos atrás, por isso ela não tentou matar nenhum de nós. Acho que ela gosta realmente de você Ally, não tem outra explicação. – Falei, sim eu estava prestando atenção na Camila desde o primeiro dia.

– O que mais me intriga é onde ela conhece a Ally, se a baixinha nunca a viu. – Dinah falou confusa.

Essa confusão não estava apenas com meu irmão, mas em todos da família. Isso era um mistério, porém minha irmã tinha o direito de saber. Ally tem que enfrentar Camila para descobrir de onde já se viram.

Pode ser que Camila a conheça do mesmo modo que conhece Troy não pessoalmente, mas isso não explicaria o carinho que ela tem por minha irmã.

– Ally, o amor que percebi vindo da Camila pude sentir que ela está começando a confiar em nós. Essa é uma oportunidade para você descobrir de onde vocês se conheceram. Ela já gosta de você agora está começando a confiar em nós. Você pode aproveitar e tirar informações dela. – Sugeriu Troy.

– Eu não vou tirar aproveito dela. – Ally disse emburrada cruzando os braços.

– E por que não? – Questionou ele.

– Porque eu também confio nela.

– Eu também confio. – Dinah deu de ombros.

– Você viu algo Ally para você confiar nela? – Mani perguntou.

– Eu vi que vamos ser melhores amigas, e isso já é o suficiente para eu acreditar que ela não seja desconfiável.

– Pode até ser, mas enquanto eu não souber tudo sobre ela, não vou botar minha mão no fogo. – Troy contrariou.

– Nós estamos dando a chance delas começarem a confiar em nós, assim como elas estão nos dando a oportunidade de pouco a pouco confiarmos nelas. É uma troca justa. – Ally comentou. – Se elas não quisessem confiar na gente, Camila não sairia por aí contando as coisas que sabe.

– Sem falar que ter ela do nosso lado será muito bom, podemos fazê-la aliar-se a nós. Antes elas do nosso lado do que contra. – Mani comentou.

Normani estava certa, temos que conquistar a confiança delas. Nós poderíamos ganhar muito com elas ao nosso lado. Mas a questão sobre quem são elas e o que elas podem fazer ainda está martelando na minha cabeça.

– Só que as informações que Mila está passando podem ser desnecessárias para ela. Ela deve esconder muito mais do que revelou. – Troy ainda estava desconfiado.

– Talvez, mas o que ela revelou é muito significativo para nós. – Ally disse.

– Mila é muito esperta e se ela estiver nos enganando?

– Do que adianta, você mesmo disse que se elas quiserem nos matar conseguem facilmente. Não temos muito a perder, mas temos muito a oferecer e tenho que confessar eu não gostava nenhum pouco delas, mas depois de hoje minha opinião mudou. – Mani falou tranquila.

Fiquei surpresa de Normani ter mudado sua opinião. Ela geralmente não gosta de ninguém, mas depois que conheceu um pouco a Mila e Sofi mudou seu conceito, e para Mani gostar de alguém essa pessoa tem que ser legal mesmo.

Me pergunto se Camila pode ser mesmo uma pessoa boa?

Aquela discussão estava me dando dor de cabeça se possível. Nós nunca íamos chegar à conclusão. Sempre teria os prós e contras se referindo a Camila e Sofi.

– Mila mandou muito bem com aquelas garotas. – Dinah passou os braços pelo pescoço de Normani. – Elas defenderam minha ursinha daquelas malucas.

– O que ela fez? – Michael perguntou curioso.

Dinah começou a explicar a ele o ocorrido, enquanto ela contava a história Ally teve uma visão.

Camila e Sofi não iriam para a escola hoje.

Pelo visto não veríamos elas hoje, só amanhã. Eu não iria ver Mila, esse pensamento me deixou desanimada.

Nesses dias o meu passatempo é passar observando-a, não sei por que mais tudo o que ela faz me intriga. Era incrível que eu queria saber tudo sobre ela.

Camila o que você está fazendo comigo?

– Eu acho que temos que pensar com calma tudo sobre hoje e não nos precipitar nas nossas decisões. Reflitam com calma assim como eu e Clara faremos. Tem muita coisa em jogo. – Michael disse tranquilamente. – Agora vão para aula se não chegarão atrasados.

Eu e meus irmãos nos arrumamos rapidamente e fomos para a escola.

Cheguei alguns minutos atrasados sorte que o professor de história não era rigoroso e deixou Ally e eu entrar na sala. Sentei em minha carteira e fingi prestar atenção na aula que estava mais chata do que de costume.

Hoje o dia seria entediante.

Durante as aulas ouvi falar muito sobre o que aconteceu no dia anterior sobre Camila colocar Lucy, e sua turma em seus devidos lugares, e todos estavam satisfeitos por esse fato.

[...]

Finalmente tinha acabado de chegar em casa. Me senti mais aliviada, mas não o suficiente parecia que estava sentindo falta de algo. Espantei esse pensamento da minha cabeça e entrei em casa.

Resolvi ir à minha clareira fazia alguns dias que eu não ia lá. Pelo menos assim eu podia refletir um pouco. Fui o mais rápida que pude até chegar lá. Deitei-me no chão e fiquei olhando para o céu.

As nuvens aqui não cobriam completamente o sol, então alguns raios solares escapavam entre elas e chegava a atingir parte do meu rosto.

A sensação do sol tocar na minha pele era boa e me fazia sentir livre.

Fiquei refletindo sobre o debate da minha família de hoje mais cedo, o fato da Camila ter lutado para dizimar as guerras no sul me intrigou.

Por que ela falou que tinha a obrigação de cuidar desse assunto?

Não faço ideia... Mas pensando bem, os Estrabão fizeram uma limpeza quando essas guerras estavam saindo do controle e quando eles acharam que tinham resolvido o problema viram que não tinham sido o suficiente, e assim que começou a dar problemas novamente mandaram Camila e Sofi para cuidar do assunto para eles não sujarem mais suas mãos.

Será que é isso?

Mais tem aquilo que Dinah observou na primeira vez que a vimos quando Camila não se incluía aos Estrabão talvez ela não tenha reparado no que disse... Não, não é isso! Ela não ia falar sem pensar. Deve ter mais aí, talvez... Ela deve favores a eles, pode até ser poderosa, mas é impossível para um vampiro lidar com a guarda inteira dos Estrabão, mesmo que esse vampiro seja a Camila, ela nunca conseguiria. Isso pode ser uma explicação.

Argh!

Que raiva não poder ler sua mente e a de Sofia, o que eu mais desejo nesse momento era poder pelo menos pegar uma linha dos pensamentos de Camila.

Soquei o chão frustrada, afundando minha mão na terra. Suspirei fundo tentando manter a calma.

Eu me lembrei de ontem quando ela voltou a falar comigo e começamos direito. Era incrível conversamos sem nenhuma discussão e me senti extremamente bem, eu simplesmente adorei conversar com ela, mesmo que a conversa não tenha sido longa foi boa. Ela era legal, divertida e por trás de toda aquela ironia e sarcasmo ela parecia ser uma pessoa maravilhosa, mas que preferiria dividir seu carinho apenas com aqueles que tenham algum valor para ela. Esse pensamento me deixou angustiada, por que eu não podia receber esse carinho?

Bufei revoltada.

Lembranças de hoje com ela no meu quarto veio em minha mente. O que foi aquilo que aconteceu? Senti-la tocando em meu corpo me trouxe sensações maravilhosas. Eu tremi completamente, nunca senti um desejo tão grande como aquele momento que ela colou seu corpo no meu e sussurrando com aquela voz incrivelmente sexy no meu ouvido.

Aquele momento foi demais para minha sanidade eu estava completamente enfeitiçada por aquela mulher, e a i****a aqui não conseguiu se mover. Minha reação foi completamente diferente da primeira vez que nos conhecemos, naquele dia eu me debatia em seus braços para agarrá-la e hoje quando tive a chance fiquei paralisada admirando-a, nem palavras eu conseguia formar em minha boca. Quando eu recobrei meus sentidos era tarde demais e Camila me ignorou completamente.

Estupida! Isso que eu era.

Eu estava decidida conversar com ela, assim que ela me olhasse, porém ela me ignorou por completo o tempo todo que estive perto dela, senti-me furiosa por isso. Ela parecia nem se importar com o que aconteceu no quarto. Troy até me olhou questionando meu mau humor, mas simplesmente ignorei-o.

Agora pensando no que Camila causou em mim o desejo mais próximo que tive de hoje foi também na primeira vez que a vi. Um anseio inexplicável assim só poderia substituir outro anseio pela mesma pessoa.

Foco, Lauren.

Não posso deixar me afundar apenas nesses pensamentos tenho que refletir sobre as duas serem ou não um perigo para minha família.

Pensa Lauren, como você pode descobrir mais sobre elas? Minha cabeça trabalhava por respostas. Era tantas duvidas sobre Camila que minha cabeça parecia explodir. Então uma ideia iluminou meus pensamentos e talvez tenha alguém que pode nos dar algumas informações sobre elas e esse alguém é Shawn.

Quando pensei nisso, me levantei abruptamente e corri de volta para casa, eu precisava falar com minha família. Quando adentrei na sala não tinha ninguém, mas rapidamente ouvi passos se aproximando. Eu olhei para a escada e Troy juntamente com a baixinha estavam descendo. Clara apareceu pelos fundos da casa limpando as mãos sujas de terra no avental.

– Eu já chamei Norminah. – Ally já tinha previsto minha ideia.

– Minha filha, o que aconteceu? – Clara veio em minha direção e me deu um abraço, mas com o corpo afastado para não me sujar.

– Vamos só esperar os dois chegar que eu falo de uma vez para todos. – Eu disse.

Não daria para esperar Michael mesmo. Ele já estava no hospital.

Não demorou muito tempo e meus irmãos apareceram, Normani estava com os cabelos um pouco bagunçado e os pensamentos da minha irmã estava se lembrando da diversão das duas no meio da floresta. Pigarreei desconfortável colocando a mão em frente a boca e olhei feio na direção dela. Dinah apenas deu de ombros e sorriu maliciosa enquanto Ally e Troy vinham do lado de dentro de casa.

– Então, filha? – Clara voltou a perguntar.

– Vou direto ao assunto, estive pensando e talvez tenha alguém que possa saber algo sobre Camila e Sofi. – Comecei a dizer.

– E quem seria? – Dinah perguntou.

– Shawn.

– Shawn? – Troy me olhou confuso.

– Sim, lembra aquele dia que ele chamou as duas para irem a La Push? – Falei me lembrando do dia que ele foi à escola ver as duas.

– Como posso esquecer. – Dinah bufou e cruzou os braços. – Aqueles cachorros que nos conhecem não permitem nossa entrada a La Push. Já elas que viram apenas há poucos dias tiveram a permissão para entrar.

– Exatamente, se Shawn não soubesse algo sobre elas, jamais as permitiria entrar na reserva.

– Isso faz sentido. – Troy me deu um sorriso.

– Você é uma gênia, Lauren. Se elas fossem um perigo para as pessoas de La Push ele não as deixaria entrar lá em hipótese alguma. Com certeza ele sabe alguma coisa. – Dinah reforçou minha linha do pensamento.

– Ótimo! – Mani bateu as mãos e as esfregou uma na outra logo em seguida.

– Quando vamos falar com ele? — Dinah por sua vez.

– Acho melhor esperar nosso pai chegar, para tomarmos alguma decisão. – Sugeri.

– E ver se Camila e Sofia não estarão com Shawn quando formos atrás dele. – Disse a baixinha.

Encarei-a sem entender. Como assim Camila e Sofi perto dele?

Arqueei uma sobrancelha esperando-a por uma explicação.

– Não sei, mais vi o futuro delas sumirem três vezes. Hoje durante a tarde, no sábado e no domingo a noite só consegui ver o futuro de Camila, mas o de Sofi nada. – Ela fez uma careta quando disse sobre sua última visão. Eu tentei ler sua mente para saber o motivo da sua reação, mas ela não me mostrou.

– Não vai me dizer o que ela estava fazendo no domingo? – Perguntei séria.

Ela fez um biquinho.

– Dá pra parar de invadir minha mente, se eu quiser ou não compartilhar algo o problema é meu e não seu. – Ela disse um pouco irritada.

– Mas é algo relacionado à Camila, tudo sobre ela é importante para que todos aqui fiquem sabendo. – Eu estava curiosa.

A tampinha estreitou os olhos na minha direção.

– É importante para que todos fiquem sabendo ou você fique sabendo? – Ela me deu um sorrisinho diabólico.

Mas que droga, quando Ally quer consegue ser um demoniozinho em pessoa.

– É claro que todos. – Tentei soar normal, mas acho que não consegui, pois minha família olhou-me atentamente.

“Talvez eu descreva uma das minhas visões em particular para nossa família, pois sou obrigada a dizer tudo sobre elas.” Ally pensou, e logo em seguida imagens minha e da Camila no meu quarto ontem surgiram em seus pensamentos.

Eu tremi só de relembrar.

– Sobre o que exatamente estão falando? – Dinah fechou os olhos em f***a e encarava de mim para Ally.

– Lauren falou que devíamos falar tudo que soubermos sobre a Camila para a nossa família, então acho nada mais justo do que ela comentar sobre um dos seus momentos com ela. – Ela falou ingenuamente, mas pude contemplar seus olhos brilharem perversamente.

Essa anãzinha de jardim me paga.

– Concordo com Ally. – Mani se meteu e pude ver a troca de olhares cúmplice entre as duas. – Você tem algo à dizer irmã?

– Não, nada. – Falei rapidamente. – Se Ally não quiser compartilhar nada, tudo bem não irei forçar nada. – Tentei desviar o assunto.

– Foi o que eu imaginei maninha. – Ela deu um sorriso matreiro e pegou na mão de Troy. – Vamos amor, não temos nada para tratar agora enquanto Michael não chega.

E os dois sumiram pela porta da frente. Dinah passou por mim e deu um tapa no meu ombro.

– Esse é minha irmãzinha, honrando o sobrenome da família. – Ela riu alto.

Pelo visto a indireta daquela mini furacão não passou despercebida pela minha família, que ótimo agora todos sabem que eu estou interessado na Camila ou que temos algo já que é isso que está na mente deles. Até dona Clara tinha um brilho diferente no olhar, mas nada disse. Simplesmente saiu dizendo que iria cuidar do seu jardim.

Subi rapidamente para meu quarto, evitando mais piadinhas vindas da minha irmã.