03

1268 Words
|Babi| Se passaram alguns dias, e eu estava lutando pra não ver o Gustavo. Aquele dia, pra mim, foi a última vez, não queria papo com ele nunca mais . - Babi, o chefe quer falar com você .- Karina diz, me fazendo a olhar. - Oque foi dessa vez ?.- Falo revirando os olhos e largando o pano que eu estava limpando as mesas. Ando até seu escritório e bato na porta, sendo convidada a entrar. - O senhor quer falar comigo ?.- Digo fechando a porta atrás de mim e o olhando. - Vem até aqui Bárbara .- Diz me fazendo andar até sua mesa.- Você esta chegando muito tarde. - Mas foi só duas vezes, ou três, sei lá... Mas não cheguei mais atrasada.- Falo nervosa. Ele se levanta de sua cadeira e anda até a porta, e me viro pra ele. - Creio que você não quer perder o emprego, não é mesmo? - Claro que não.- Falo rápido. - Então, acho que pode fazer algo pra mudar isso.- Diz calmo, andando até a mim me encarando de cima a baixo. - Você é uma mulher maravilhosa Bárbara. Me afasto dele, encostando na mesa, e cruzo os braços. - Obrigada, mas oque estava falando?. - Falo fingindo não ter notado sua investida. Rapidamente, sinto seu corpo contra o meu, segurando minha cintura forte, e me beijando. Me assustei na mesma hora, o empurrando pra longe, depois de lhe dar um chute nas partes baixas o fazendo gritar de dor . - Você tá louco ? .- Falo nervosa o olhando no chão . - Sua desgraçada... - Diz com dificuldades. - Você só pode estar de s*******m com a minha cara .- Falo irritada.- Nunca mais encoste suas mãos nojentas em mim, seu velho i****a. - Você esta demitida .- Ele grita nervoso, ainda no chão. - Nem precisa falar duas vezes, eu mesma me demito .- Falo no mesmo tom, indo pra porta e saindo. Pego minhas coisas super irritada, não estava acreditando nisso. Ah que nojo. - Tá tudo bem ? .- Karina pergunta preocupada. - Esse velho nojento me agarrou .- Falo e ela me olha de olhos arregalados. - Meu Deus .- Diz pasma .- Ele te machucou ? - Eu que machuquei ele .- Falo sem a olhar. - Oque esta fazendo, ele te demitiu? - Eu mesma não ficaria aqui com esse velho t****o .- Acabo de ajeitar minhas coisas e saio do restaurante e ela vem atrás de mim . - Vou sentir sua falta.- Diz triste. - Eu também vou sentir a sua.- Falo a abraçando forte.- Toma cuidado com ele, ok ? - Sim, pode deixar.- Diz saindo do abraço. Dou tchau a ela, e vou até o ponto de ônibus. Pego o mesmo, minutos depois, e fico feito uma lezada, pensando no que aconteceu hoje. Não estava acreditando que ele queria me fazer ficar lá, só se eu ficasse com ele, só em pensar me dá calafrios. Que velho nojento. Queria m***r ele! Droga, agora eu estava desempregada. - m***a .- Resmungo encarando a rua pela janela do ônibus. *** Chego em casa, sentindo o cheiro de comida, e ouço a Aline cantando um pagode na cozinha . - Cheguei .- Digo largando minha bolsa no sofá. - Chegou cedo porque ? .- Diz alto da cozinha. Ando até a cozinha, abrindo a geladeira pegando a garrafa de água. - Fui demitida .- Falo sem ânimo a fazendo me olhar. - Mas porque ? Oque houve ? .- Diz sem parar de mexer algo na panela. Me sento na mesa tomando um gole da água e respiro fundo . - Meu patrão me agarrou .- Falo e ela me olha assustada. - Oque ? .- Ela grita parando de mexer a panela. - Ele queria que eu ficasse com ele, se eu quisesse continuar lá. - Mas que... Ah eu vou m***r esse cara. - Diz nervosa. - Não vale a pena .- Digo guardando a garrafa novamente na geladeira. - O cara te agarra e você fica tranquila com isso? - Não tô tranquila .- Falo nervosa .- Só estou pensando em como vamos pagar as contas, já que agora nenhuma das duas está trabalhando. - Eu vou dar um jeito .- Diz calma. - Não quero ser bancada por bandidos Aline, não vou aceitar esse dinheiro. - Para de fazer doce, eles ajudam aos que precisam pô, e agora a gente realmente precisa da grana deles .- Diz nervosa. - Não, então usa você, porque eu não quero.- Digo indo pra sala e pegando minha bolsa. - Vai morrer de fome então? - Sim, eu prefiro morrer de fome .- Falo indo pro quarto. Fecho a porta e tiro a roupa, entrando no banheiro. Tomo um banho bem demorado, e saio vestindo uma roupa qualquer. Vou até a sala minutos depois, vendo o Giovanni sentado no sofá com a Aline. - Fala aí Babi .- Ele diz assim que me vê. - Oi Giovanni . - Digo indo até a cozinha. Boto minha comida e me sento na mesa comendo. Assim que acabo, lavo meu prato e volto pra sala. - Qual foi Babi, chega aí .- Giovanni diz me fazendo ir até ele no sofá. Aline encara a tv, e ele me olha. - Fala .- Digo de braços cruzados. - Que papo é esse aí que tu quase foi assediada ? .- Olho pra Aline e ela me dá um sorrisinho. - Não quer contar pro morro todo não Aline ? .- Falo irônica . - Ah, para de drama, oque que tem ele saber ? - Não pô, se quiser nós dá um susto no vacilão tá ligada ? .- Ele diz sério.- Só falar o lugar. - Não, não precisa, não quero ninguém envolvido nisso, esquece isso .- Assim que iria sair, ele me chama novamente. - Gustavo mandou te entregar isso. - Diz me estendendo uma caixa. - Oque é isso?. - Pergunto confusa sem pegar a caixa. - Abre ue .- Diz pegando minha mão e botando a caixa nela. - Abre, tô curiosa.- Aline diz animada. Oque esse i****a tá aprontando agora ? Abro a caixa, e me deparo com um IPhone dourado. - Que lindo.- Aline fala surpresa, de boca aberta. Não estava entendendo nada, estava boiando, Giovanni percebeu isso e riu de mim. Não iria aceitar isso, não iria aceitar nada que viesse dele, e ele sabia disso. O coloquei novamente na caixa, e botei no colo do Giovanni. - Entrega a seu patrão, e diz que eu não quero nada dele. - Ah qual foi, Babi ? .- Ele diz me encarando.- Não vou voltar com o bagulho na mão de novo não. - Então eu quero .- Aline diz brincalhona. - Pronto, dá a ela, problema resolvido. - Falo indo pro quarto novamente. Me jogo na cama, e suspiro fundo. Que i****a, ele acha que eu sou oque? Primeiro grita comigo falando que eu sou como todas as outras vagabundas daqui do morro, e agora quer ficar me dando celulares ? Não pensem que não me doeu ouvir aquelas coisas, pelo contrário, eu queria era sumir naquele dia, estava super chateada por ele achar que sou como as outras. Mesmo depois de tudo que passamos na infância. Mas não ficaria por isso não, mostraria a ele, que não sou! E ele terá que reformular suas palavras. Quero ele comendo na minha mão, ele pode ter mudado, mas não sabe que eu também havia mudado, e eu mostraria isso a ele !
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD