Emilly
O dia estava leve. Pela primeira vez em muito tempo, leve de verdade.
A luz da manhã entrava pelas janelas grandes da casa nova, iluminando cada canto do quartinho da Sarah. Eu estava ali, sentada na poltrona de amamentação, com as pernas um pouco inchadas, mas feliz. Cristian e Arturo estavam agachados no chão, cercados de parafusos, pedaços de madeira e cara de quem não sabia se montava um berço... ou um foguete.
— Isso aqui é a base? — perguntou Cristian, franzindo a testa para uma peça que, sinceramente, mais parecia um encosto de cadeira.
— Não sei, cara — respondeu Arturo, lendo o manual de cabeça pra baixo. — Mas encaixou.
— Isso não significa nada — falei, rindo. — Vocês estão seguindo o manual ou a intuição?
— A intuição dos desesperados — resmungou Cristian.
Eu obse
