Eu saí do carro em frente à Mansão Muller e fiquei paralisada por um instante. A construção era imensa, dominando a paisagem com sua imponência, e todos os empregados se alinhavam do lado de fora, em pé, como se estivessem em súplica ou, simplesmente, aguardando o meu ingresso. Quando desci, senti os olhares se curvarem em minha direção, e a formalidade daquele cenário me fez lembrar que minha nova vida começava ali, longe de tudo que eu já conhecera. Ao atravessar o portão, fui recebida por um homem alto e bem-vestido, cuja postura transmitia autoridade sem precisar de muitas palavras. Ao seu lado, uma mulher de olhar sereno e sorriso contido completava o conjunto. — Meg, seja muito bem-vinda –, cumprimentou o homem com uma voz firme e cordial, enquanto estendia a mão em um gesto formal

