Naquela manhã, acordei com a sensação de que o mundo havia decidido desabar. Eu, que já vivia no limiar entre o sucesso e o desastre, temia nem conseguir adentrar a Müller Holdings. Imaginara uma patrulha de polícia, com fardas e holofotes, me aguardando na porta. Mas, para minha surpresa amarga, quando cheguei à entrada, não havia ninguém. Subi diretamente até a sala de Emily, que estava completamente vazia, e logo em seguida fui para o meu escritório. Liguei para meus clientes com a esperança de renovar os contratos que sustentavam meu império – ou pelo menos a minha parte dele – mas quase todos, se não todos, desligaram o telefone na minha cara. Em questão de minutos, tudo o que construí se desfez. Os clientes que um dia me deram confiança agora me viraram as costas; Meg, com um gesto

