Marcus
O celular vibrou duas vezes antes de Emily atender.
— Alô?
— Preciso de você — murmurei, calibrando a voz entre urgência e ternura. — Hoje. Almoçamos no seu apartamento?
Ela hesitou um segundo — só o bastante para massagear meu ego — e aceitou.
O loft dela cheirava a jasmim e mobília recém‑polida. Emily abriu a porta num vestido de algodão claro, sorriso que pedia aprovação. Entreguei um buquê de tulipas — flores caras o bastante para parecerem espontâneas.
— Senti sua falta — disse, roçando os lábios na curva de seu pescoço.
Ela corou, puxou‑me para dentro, e eu deixei a porta fechar atrás de nós.
Fiz amor com Emily sobre o sofá branco, depois contra a bancada da cozinha, como se cada estocada fosse um ponto de ancoragem no plano que se desenhava na minha cabeça. Mantive o
