Emilly
Precisei de um tempo para mim, para pensar, para recomeçar. Cheguei àquela casa que havia alugado com Marcus e, mesmo sabendo de todas as mudanças, ainda sentia um aperto no peito ao me deparar com as lembranças que cada cantinho carregava. Ao abrir a porta, o silêncio do apartamento vazio me fez hesitar por um instante – caixas empilhadas, rolos de papel-bão lacrados e objetos que, de alguma forma, ainda pulsavam com a energia dos tempos que vivi. Eu sabia que precisava seguir em frente, arrumar tudo e, principalmente, encontrar um novo sentido para os meus dias.
Enquanto me preparava para enfrentar o turbilhão de lembranças, a campainha tocou. Com um misto de surpresa e alívio, fui até a porta para atender. Do lado de fora, lá estava Arturo, com várias sacolas nas mãos e um sor
