CAPÍTULO 4

1399 Words
NARRAÇÃO CLARA Fernando toca meu rosto e esse simples toque queima meu corpo todo. Senti falta de senti-lo e agora sem culpa seu toque é como um fósforo no meu corpo que é apenas combustível, pronto para explodir com ele. Fecho meus olhos me entregando ao seu carinho, pela primeira vez como mulher e não irmã. Seu dedo percorre meu lábio e desce pelo meu queixo. Minha respiração esta acelerada querendo mais e mais. Sua mão desce para o meio dos meus s***s e um suspiro sai da minha boca. O quero tanto. Meu corpo esperou 9 anos para senti-lo por completo novamente. Abro meus olhos e vejo os olhos dele mais escuros e intensos do que nunca. Observa meus s***s com desejo puro e sobe os olhos me encarando. Sem aguentar esperar mais, o puxo para a minha boca. Agarro seu cabelo com tanta força que meus dedos doem, mas é uma dor prazerosa. Minha boca devora a dele e seu sabor é ainda melhor sem a culpa. Tudo na minha vida pode estar de cabeça para baixo, menos ele, menos o que sentimos. - Você é a minha única certeza. Sussurro ainda o beijando. - Não importa o que aconteça. Encaro seus olhos. - Eu te amo e nada vai ficar entre nós dois. Nada... Fernando segura meu rosto e sua respiração esta acelerada como a minha. - Não importa pra mim quem você seja ou a qual família você pertence. Roça os lábios nos meus e os sela de forma carinhosa. - Sempre será a minha Clara. A mulher que eu sempre amei e sempre vou amar. Sua boca desce pelo meu pescoço e ele intercala beijos e chupadas. Vou me curvando, dando acesso a ele para os meus s***s. Me apoio na cama e ele vem se inclinando também, descendo para o meu seio. Antes de chegar no bico do meu seio, geme alto de dor. A cirurgia dele. Volto meu corpo o inclinando de volta também e olho seu curativo. - Você esta sangrando de novo. Saio de suas pernas. - Não é nada. Tenta me puxar de volta. - Fernando você foi operado há menos de 4 dias. Como isso não é nada?! - A gente faz de vagar. Eu fico parado, juro. Começo a rir da cara dele desesperado. - Não... deita. Você precisa de repouso. - Eu preciso de você. Olho pra ele e busco todas as forças possíveis para dizer não, quando eu quero dizer sim. - Não... Puxo a coberta sobre seu corpo e pego minha camiseta. - Quando estiver melhor, juro que faremos isso lindamente. Coloco minha camiseta. - Mas até lá vamos ficar nos beijos e carinhos fofos. Ergue uma sobrancelha daquele jeito safado. - Carinhos fofos pelo corpo? Pergunta com a voz sensual. - Vamos ver suas limitações. Ele abre um pouco o cobertor. - Volta pra cama e vem me fazer um carinho fofo. - E eu? Não recebo um carinho fofo? - Vem aqui logo. Quando subo na cama para me unir a ele, batidas desesperadas na porta surgem e Fernando me olha. - Esta esperando alguém? - Não... As batidas são cada vez mais altas. Saio correndo com medo de ser algo grave com Teddy. Abro a porta e vejo a Lina ofegante e com os olhos marejados. - Esta tudo bem? Pergunto preocupada, sem dizer nada ela avança em mim e me abraça. - Lina, estou ficando preocupada. A Puxo para dentro e fecho a porta. Fernando com dificuldade se levanta e vem até nós, enrolado na coberta. Solto ela do meu corpo e ergo sua cabeça. - É o bebê? Você esta sentindo alguma coisa? Nega com a cabeça e sorri. - No via a hora de voltar pra casa e te ver. - Por que? - Você é irmã do Caique, não é? Por isso saiu daquele jeito. Abro um pequeno sorriso e limpo seu rosto molhado pelas lágrimas. - Sim... Pula novamente em mim, mas dessa vez rindo. - Eu tenho uma cunhada. Fernando nos observa com um enorme sorriso. - Sim... Digo com os olhos marejados. - Meu filho tem uma tia. Me solta e me olha carinhosamente. - Você vai ter um sobrinho. Pega a minha mão e coloca em sua barriga. - Estamos tão felizes. - Você contou ao Caique e a família dele sobre a troca? Pergunto nervosa. - Não! "Estamos felizes", me referia ao bebê e eu. Seus olhos focam em mim. - Não vai contar a eles a verdade? Sua voz é quase um sussurro. Olho para Fernando que nos observa atento. - Ainda não sei, Lina. - Eles precisam saber. - É complicado. Me afasto andando pelo quarto e vejo Lina ficar sem graça. Pela primeira vez ela percebeu que Fernando esta enrolado na coberta. - Atrapalhei alguma coisa? Olho pra ela sorrindo. - Lina, este é o Fernando Ribeiro. Fernando se aproxima e estica a mão. - Prazer! - Ai meu Deus!!! O irmão que não é irmão da Clara. - Sim... Ele fala sorrindo e solta a mão da Lina. - Você não estava no hospital? Abre um pouco a coberta e aponta para o curativo em sua barriga, ainda sujo de sangue. - Ai caramba, isso não é bom! Imediatamente ordena que ele deite. - Já volto! Sai correndo do quarto desesperada. - Ela é sua cunhada então? Fernando pergunta como se fosse algo normal. - Parece que sim. Ando até a cama e me sento ao lado dele. - Parece que ela gosta de você. - Eu também gosto dela. Muito! A mão dele vem até a minha. - O que te prende a família Ribeiro? - A minha história com nossos pais. Lina entra no quarto correndo novamente. Começa a limpar o Fernando e verificar os pontos. Da um belo sermão nele sobre infecção e problemas posteriores que podem leva-lo a morte. Apenas observo tudo com a minha mente a mil. - Já tomou seus remédios? - Sim senhora! Ele diz rindo e ela o encara brava. - Mesmo humor i****a do Caique. Tem certeza que não é você o bebê trocado? - Eu acho que não. Sou homem e tudo indica que trocaram duas meninas. - Verdade! Graças a Deus! Prefiro a Clara como cunhada. Os dois estão rindo. - Vou deixar vocês dormirem. Fernando, por favor, repouso total. Diz a ele e depois me olha. - Amanhã conversamos mais. - Sim... Ela recolhe suas coisas e segue para a porta. - Boa noite!!! Sai e fecha a porta. Fernando me puxa e caio na cama ao seu lado. - Depois desse sermão nada de carinho fofo. Me acomodo em seu peito. - Só calor do corpo mesmo. - Fico feliz só com isso. No hospital eu tive os roncos do Teddy. Dou um beijo em seu peito rindo. - Você falou que o que te prende é a história que teve com nossos pais. Ergo meus olhos para ele. - Não sai da nossa mãe, não possuo o sangue deles. Respiro fundo. - Mas os tenho como meus pais. Eu tenho amor e gratidão de filha por eles. Criei um vínculo, uma história e agora não consigo simplesmente dizer eu não sou a filha de vocês e deixa-los em um vazio. - Entendo! - Outra coisa que me dói é que não existe uma filha para dizer essa é a filha de vocês, para suprir o buraco que vou causar. - Nossa mãe surtaria. Fecho meus olhos imaginando o tamanho da dor dela. - Vamos pensar em algo. Fernando diz beijando minha cabeça. - Vamos ficar aqui, descobrir o que houve, conhecer sua nova família e você decide o que vai fazer. - Não posso fazer você largar tudo e ficar aqui comigo, Fernando. Você tem sua vida, empresa, suas coisas. - Olha pra mim! Ergo meus olhos encontrando os dele. - Eu não vou sair daqui sem você. Realmente tenho uma vida e ela esta aqui precisando de mim. Você é a minha prioridade. Me acomodo mais em seu corpo. - E agora que eu disse isso. Sua mão desliza em meu decote. - Você podia tirar toda a roupa e dormir com esse corpo perfeito colado ao meu, sem nada. - Esta querendo que eu me deite nua ao seu lado? - Sim... - Sem fazer safadeza? - Isso eu não posso garantir.
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