CAPÍTULO 1

1625 Words
NARRAÇÃO FERNANDO Teddy esta na cadeira lendo as noticias do mundo em seu celular pra mim. Acho na verdade que esta tentando se distrair até a hora do almoço. Ainda estou chocado pra caramba com a possibilidade do Erick ser gay. - Teddy! Ele para de ler e me olha. - Chega de notícias. Abre um pequeno sorriso e suspira. - O que quer fazer? - Não sei. A porta do quarto se abre. - Sr. Ribeiro. Uma enfermeira entra. Na verdade uma jovem e sorridente enfermeira. - Como se sente? - Bem! - O médico liberou andar pelo quarto e o banho. Um sorriso safado surge em seus lábios. - Vim ajuda-lo. - Não precisa. Teddy diz se levantando. - Eu dou banho no mozão. Pode levar essas mãos atrevidas daqui. Tento não rir da cara dele bravo com ela. - Tem certeza? Olho pra ele e depois pra ela. - Clara vai adorar saber do seu banho dado por essa bela enfermeira. Fala com os braços cruzados, balançando a cabeça. - Tenho! Adoro banho dado por amigo gay da mulher que amo. Feliz da vida ele olha pra enfermeira. - Mais alguma coisa? - Não. Apenas vou ajudar a levanta-lo. Vem para a cama e com a ajuda do Teddy me tira dela, finalmente. - Pequenos passos. Ela diz me soltando e ele acompanha. Respiro fundo e ando um pouco. - Com dor? - Não muita. Apenas me incomoda esses curativos. - Vou arrumar antes do banho. - Obrigado! Em poucos minutos ela troca o curativo em minha barriga por um menor e me deixa sem camisa. Não sei quem suspirou mais em me ver sem ela. - Tente não molhar. - Serei cauteloso. Cuidarei bem do mozão. Olho para Teddy que parece bem animado. - Sem tocar lá. - Posso olhar? - Nem passar os olhos. Vou tomar banho de cueca. - Cueca branca pra ficar transparente? - Teddy quando eu ficar melhor, me vingo de você. - Você me ama, para de se fazer de difícil. Olha esse sorriso. - Vamos logo! Entramos no banheiro e Teddy tranca a porta. Tiro os chinelos e respiro fundo com um pouco de dor. Ele liga o chuveiro. - Vou tirar sua calça. Se aproxima e quando toca a minha calça, começa uma melodia sexy de striptease. - Para! Digo rindo da cena dele fazendo caras e bocas puxando a minha calça. - Vamos tornar esse momento mais engraçado, mozão. Tira uma perna minha da calça e deita a cabeça, vendo meu pacote. - Acho que Clara se apaixonou por isso tudo aqui. - Teddy!!!! - Isso já tem volume assim mortinho, pensa nele criando vida. - Inferno! Digo rindo e me virando. - Agora sim a visão de dois montes carnudos lindos. - Sai do banheiro. - Parei! Tenta parar de rir e vai tirando minha outra perna da calça. - Já guardei a minha bicha no cofre do tio patinhas. Ando até o chuveiro rindo e assim que a água quente bate em meu corpo solto um suspiro de alivio. - Vou esfregar as costas e você se diverte com a frente. Teddy diz já passando a bucha em meu corpo. Apoio as mãos na parede. - Acha que Clara demora pra voltar? - Pra te responder isso vou ter que soltar a bicha do cofre. Ela é a intuitiva. - Não aguento mais essa distância. - Falta um dia no hospital. Provavelmente amanhã você tem alta. - Não vão me liberar para ir a Londres. A mão dele fica tensa nas minhas costas. - Ela não esta em Londres, né? - Esta... Sua voz falha e me viro, encaro seus olhos. - Te conheço pouco, mas da pra perceber que não sabe mentir. Teddy revira os olhos. - Faz o peito e o pacote da felicidade. Me entrega a bucha com mais sabonete.Enquanto me lavo, desvia o olhar. Ele nunca desviaria o olhar. Estaria me irritando e fazendo piadas picantes. Desviar o olhar me diz que esta escondendo algo. Seu celular toca e Teddy vai para o canto. - Sra. Ribeiro! Observo falar com a minha mãe. - Claro que fico de tarde com ele, será um prazer. Esta tomando banho e logo almoça. Fica calado ouvindo-a falar. - Sem problemas. Fico o tempo que precisar.  Desliga o telefone e volta. - Mais umas horas comigo, mozão. Termino de lavar minha cabeça. - Pronto! Teddy fecha a água do chuveiro e vem com a toalha. Me seca com cuidado na parte de trás e me seco na frente. - Como vamos tirar essa cueca molhada? Pergunta rindo. - Se me contar onde Clara esta, deixo você tirar. - Isso não vale, mozão. - Sabia... ela não esta em Londres. Onde ela esta Teddy? - Odeio minha boca enorme. Esta perto. Enrola a toalha em minha cintura e se abaixa. Enfia a mão por baixo da toalha e rapidamente arranca minha cueca. - Perto onde? Pega a cueca seca e começa a me vestir por baixo da toalha, também. - Vem para o canto seco vestir a calça. Ordena serio e ando até onde ele pediu. Tira minha toalha e coloca minha calça. Coloco o chinelo e me olha. - Consegue colocar a camisa? - Não... Ele com calma coloca a minha camisa. - Teddy... Me olha. - Por favor, onde ela esta? - Amanhã... prometo que amanhã quando tiver alta eu conto. - Conta tudo? - Sim... - Obrigado! Abre a porta do banheiro e nos assustamos ao ver Erick. - Como foi o banho? Pergunta vermelho e acho que isso é ciúmes. - O melhor que já tive. Teddy me olha assustado. - Teddy tem mãos boas para esfregar. A boca dos dois se abrem me encarando e Erick respira fundo. - Vou almoçar. Se vira indo para a porta. - Você não vem Palmitão? Teddy ainda esta me encarando. - O que esta fazendo? Sussurra achando que não chama atenção. - Te ajudando. Olha como ele esta com ciúmes. - Você acha? Confirmo com a cabeça e ele sorri. - Bicha ciumenta?!?!? Adoroooo! Tento não rir. - Teddy! Erick o chama mais uma vez. - Vai ficar bem? - Sim... parece que minha comida já chegou. Digo apontando a sopa horrível perto da cama. - Quer ajuda? - Não. Chega de me ajudar com essas boas mãos. - Já volto! Ele me abraça, tomando cuidado pra não me machucar. - Obrigado! ************** Termino minha sopa sem nada. Sem sabor, sem sal, sem merda nenhuma. A porta do quarto se abre. - Quarto 246? - Sim... Um homem entra segurando um envelope. - Srta. Clara Ribeiro! - Minha irmã. Ele olha em volta. - Alguém que possa receber o exame dela? - Eu...   Digo nervoso. Ela fez um exame antes de ir? O homem me entrega o envelope e me da um papel para assinar. - Obrigado! Sai do quarto e encaro o envelope. Será algo grave? Ela esta doente e se tratando em outro lugar? Inferno!!!!! r***o o envelope desesperado pra saber o que é. Analiso as folhas e vejo meu nome também. As respostas sempre ficam na ultima folha. Sigo para a ultima página e leio a ultima linha. " Compatibilidade sanguínea: Negativa" A porta do quarto se abre. Erick e Teddy entram sorrindo, mas logo os sorrisos somem ao me ver. - O que é isso? Pergunto nervoso. - Ai merda!!!! Erick vem correndo e arranca o exame da minha mão. - Me explica agora isso, Erick. Ele olha para o Teddy. - O que apareceu? - Negativo. - Parem de falar entre vocês. - Temos que contar a ele. - Contar o que? Teddy segura minha mão e calmamente começa a falar. As palavras desaparecem após ele dizer que Clara não é minha irmã. Meu coração só precisa saber disso. - Onde ela esta? Erick senta na cama. - Em Holambra, onde vocês nasceram. Ela queria ver se achava algo, antes do resultado sair. - Me levem pra Holambra. Digo saindo da cama. - Fernando, você ainda não pode sair. - Se não me levarem, vou sozinho. Tiro meus chinelos e começo a procurar meu tênis. - Você ainda esta debilitado. - Que se f**a a p***a dessa cirurgia. Grito nervoso e sinto minha barriga doer. - A mulher que eu amo esta passando pelo pior momento da vida dela. Eu quero estar lá! Quero ser seu apoio nessa hora e quero ouvir da boca dela que nosso amor é mais que permitido. Teddy se abaixa a minha frente e me ajuda com o tênis. - Espere até amanhã. - Não, Erick! Já esperamos tempo demais. Teddy pega minha mala. - O que vai fazer? - Vou levar o Fernando até a mulher dele. Estica a mão para o Erick. - Preciso do seu carro. - O que? - Vamos precisar do seu carro para ir até Holambra. - Vocês são loucos. - Erick, imagine você na situação dele. A pessoa que ama precisando de você e você dela. Os dois ficam se olhando. - Espera aqui. Erick se vira e sai do quarto. Alguns minutos depois, volta com uma sacola e as chaves do carro. - Ele precisa dessa medicação. Daqui 6 horas você começa conforme indiquei no papel dentro da sacola. Se aproxima de mim. - Toma esse. - O que é isso? - Vai te ajudar a suportar a viagem. - O que faremos com meus pais? - Cuido deles. Se vira para o Teddy. - Amanhã cedo estarei lá com vocês. - Não precisa. Teddy fala de forma doce. - Eu cuido dele. - Precisa sim... Erick segura a mão do Teddy. - Alguém precisa cuidar de você, enquanto ele cuida dela.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD