CAPÍTULO 7

1298 Words
NARRAÇÃO CLARA - Vamos nos dividir hoje. Teddy diz olhando para o Erick. - Como assim? Fernando pergunta curioso, como eu. - Vocês dois vão a casa da família Silva. Nós dois vamos tentar achar essa Mercedes. - Não quero vocês metidos em confusão. Teddy me olha com uma falsa cara de bravo. - Eu metido em confusão? - Você sabe que quando baixa a bicha investigadora em você, até polícia aparece. - Aquela vez foi um engano. Fernando e Erick nos olham perdidos. - O que ele fez? Erick pergunta e vejo interesse em saber mais sobre o meu amigo. - Clara, não se atreva. Começo a rir e me afasto deles. - Pode contando. Fernando Pede rindo junto. - Se Teddy deixar, eu conto. - Nem pensar. Teddy segue andando para a porta. - Palmitão, volta aqui! Erick diz correndo até ele. - Precisamos achar a tal da Mercedes, Tomatinho. Não temos tempo para histórias velhas. - Pelo amor de Deus, preciso saber. Faço o que você quiser, mas me conte. Teddy para com a mão na maçaneta da porta. - O que eu quiser? Posso ver seu sorriso safado. Fernando e eu estamos com os olhos assustados. - Sim... Erick diz baixinho, com vergonha para não ouvirmos. - Então vamos para o quarto. Teddy abre a porta e sai sendo seguido por Erick, que fecha a porta. Ainda estou chocada com o que ouvi. Agora tenho certeza que os dois estão mais que envolvidos e Erick é do time do Teddy. Olho para o Fernando que esta encarando a porta de boca aberta. - Eu ouvi mesmo isso? Pergunta sem me olhar. - Sim. Agora ele me olha. - Quem diria!? O Tomatinho come palmito. Começo a rir alto. - Você sabia que tomate é fruta? E não estou falando do mundo dos alimentos. Me aproximo dele e beijo sua boca. - Seu humor sempre foi incrível. Quando vou me afastar, Fernando pega a minha mão e me puxa pra ele. Meu corpo bate em seu peito e ele me abraça. - Me conta o que Teddy fez. Pede com os lábios próximos aos meus. - Não. Seu olhar é intenso. - Se me contar, faço o que você quiser. Lá esta o sorriso mais sexy que já vi, que me deixa arrepiada. - O que eu quero, você ainda não pode me dar. Sussurro me aproximando de sua boca. Mordo seu lábio inferior e antes que eu solte seu lábio, sua boca já busca a minha. Começa a me beijar com desejo. Sua boca saboreando a minha com fome. Suas mãos sobem para a minha cabeça e ele segura meu rosto, me mantendo em seu beijo. - Não posso me perder em você ainda. Desce a boca para o meu pescoço, beijando e chupando. - Mas posso fazer você gozar apenas com o toque das minhas mãos. Sobe para o meu ouvido. - Ainda tenho a minha boca, que esta louca para sentir novamente seu gosto. Meu corpo esta totalmente mole. Sabe como me deixar vulnerável. Meu corpo se entrega facilmente a ele. - Me conta o que ele fez. - Ele desconfiava de seu antigo namorado. Suas mãos entram por baixo da minha camiseta. Desliza pela minha barriga em direção ao meu seio. - Ao invés de perguntar se tinha algo ou contratar alguém para investigar, Teddy decidiu seguir o namorado em tudo. Sinto seus dedos puxando meu sutiã e seguindo para meu seio. Minha cabeça tomba para trás ao senti-lo apertar meu mamilo. - Continua. - Já percebeu que Teddy não é nada discreto. O namorado percebeu que tinha alguém perseguindo ele. Imediatamente pensou que era algum grupo contra gays que queria mata-lo. Sua boca vem para a minha e antes de me beijar, espera eu terminar. - Ele correu para uma delegacia. Teddy ao invés de parar de perseguir, imaginou que tinha um caso com um policial. Seu nariz roça no meu e sua mão envolve meu seio. - Quando entrou na delegacia, a policia estava pronta para atirar nele. Teddy desmaiou de susto e quando acordou estava preso em uma das celas. Fernando sorri. - Bem a cara dele. - Perdeu o namorado, mas ganhou dois paqueras policiais. Ele começa a puxar a minha camiseta e geme um pouco de dor ao erguer os braços para puxar a camiseta pela minha cabeça. - Acho melhor esperar você se recuperar para brincar. Ergue uma sobrancelha. - Brincar?!?!? A coisa aqui é seria. Joga minha camiseta na cama e olha meu sutiã. - Fernando, precisamos nos arrumar para ir com a Lina. Seu corpo vem empurrando o meu para a parede. Sinto a parede em minhas costas. - Vai ser rápido. Me beija com carinho. - Rápido e muito prazeroso. Sinto sua mão entrar em minha calça e fecho meus olhos. Quando seu dedo chega em meu sexo, meu celular começa a tocar. - Preciso atender. - Não precisa. Seu dedo circula em meu sexo e suspiro. - Fernando... Sussurro tentando me concentrar no que quero. Seu dedo ali ou atender o celular. Respiro fundo e o empurro com cuidado. - Preciso atender. É o toque da nossa mãe. Sigo para o celular e antes que pare de tocar, o atendo. - Mãe! Digo quase sem fôlego, vendo Fernando encostar na parede me olhando. - Esta tudo bem querida? - Sim. - Sua voz esta estranha. - Estava indo para o banho. Tive que correr para atender o telefone. Fernando sorri. Sabe que o motivo da minha voz estranha é ele e seus dedos em mim. - Clara, preciso que volte logo. - O que foi? - Teddy sumiu, Erick sumiu e seu irmão foi internado em uma clínica para dependentes. A voz dela é de tristeza. - Não sei o que fazer. Já tinha visto seu irmão bêbado algumas vezes, mas nunca imaginei que era grave assim. - Mãe, fica calma! - Erick disse que ele foi internado, mas não disse onde. Fui no hospital e ninguém sabia de nada. Estou preocupada, filha. Me sento na cama e sinto dó dela, de como esta angustiada. - Vou tentar falar com Erick e saber mais sobre a internação. Fernando vem andando até onde estou. - Clara, volta pra casa! Eu preciso de você, filha. Meu coração aperta. - Vou voltar mãe. Assim que possível. - Obrigada! Quando tiver informações do seu irmão me avise. - Pode deixar. Fica calada, assim como eu. - Eu te amo, meu bem! - Também te amo, mãe! - Volta para o seu banho. Tchau! - Tchau! Desligo o telefone e sinto a mão de Fernando limpar meu rosto. Não percebi que estava chorando. - O que foi? Ergo meus olhos para ele. - Todo mundo sumiu e ela precisa da filha dela. Ergo os ombros. - Ainda sou a filha dela. - Clara... Tenta falar alguma coisa, mas me afasto antes dele falar. - Não posso fazer isso com ela. Não posso dizer que não sou sua filha e fazê-la sofrer assim. Digo quase gritando e minhas lagrimas são intensas. - É melhor voltar e esquecer tudo isso. A família Silva continua com a filha morta e nossa mãe com uma filha viva. Fernando se levanta e vem até onde estou. Me abraça e enfio meu rosto em seu peito. - Ela vai sofrer e não quero ser a culpada. Sua mão alisa minhas costas. - Calma! Sussurra e beija minha cabeça. - Vamos viver um dia de cada vez. Hoje você será uma Silva. Amanhã se quiser voltamos e você será uma Ribeiro. Não precisa acontecer tudo de uma, vamos com calma. Respiro fundo. - Estamos juntos nessa. Aperto ele ainda mais. - Te disse que não me importa o que escolha. Sempre estaremos juntos.
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