Capítulo 03

1826 Words
~GUSTAVO~ É engraçado o quanto as pessoas acham que te conhecem só porque trocaram um olá com você. Eu sou o tipo de pessoa que todos gostam de apontar o dedo e dizer com eu sou, mas ninguém me conhece de verdade. Acho que eu nunca dei liberdade para que ninguém conhecesse o homem que eu sou. Gosto de ter a minha vida particular privada. Não sou o tipo que sai esbanjando para todos a minha vida. Sou um advogado e administro uma firma onde há grandes nomes do meio jurídico. Gosto do que faço. Sou apaixonado por direito. Minha firma é muito conhecido e tenho orgulho de dizer que trabalho com os melhores do ramo. Hoje mesmo terei mais daqueles eventos beneficentes que são uma porr*. Eu vou por pertencer a alta sociedade, porém eu preferia doar o dinheiro anonimamente como as vezes faço e simplesmente ficar em minha casa aproveitando a minha solidão. Uma coisa que na verdade eu amo. Adoro quando posso escutar o meu próprio silêncio. Quando não estou a fim, vou até uma boate e fico escutando aquelas músicas extremamente altas e vendo pessoas. Em raríssimas ocasiões eu trago alguém para casa. Afinal de contas eu também tenho minhas necessidades. Gosto de dominar na cama. Gosto de dar prazer até não poder mais. Não sou o tipo egoísta que só penso no meu prazer. Acho que essa é a minha maior fantasia. Gosto de ver as mulheres satisfeitas. Que fiquem loucas em baixo de mim e que peçam sempre mais. Estou em uma ótima fase da minha vida. Acabei de completar 29 anos, tenho minha independência financeira. Eu sonhei tanto com isso. Meu pai sempre quis que eu seguisse seus passos, mas infelizmente eu quis seguir meu próprio caminho. Meu irmão mais novo, Pedro, seguiu os passos de meu pai. Hoje ele é o braço o, mas eu quis seguir à vida de advogado e não me arrependo. No início meu pai não gostou muito da ideia de que seu primogênito não tinha vocação para aquilo, porém depois ele me apoiou e disse que queria que seguisse meu sonho. Sou muito feliz por ter apoio da minha família, contudo costumo deixar minha vida particular apenas pra mim. Minha mãe às vezes me cobra que eu sou muito sozinho e que preciso namorar e casar logo. Ela sempre joga verde para que dê uma oportunidade para Letícia , a filha de sua melhor amiga. Só que nicole é o tipo de pessoa que se eu ficar com ela, no dia seguinte estará programando o casamento e a quantidade de filhos que teremos. Por isso nem deixo ela se aproximar muito. Tenho que confessar que ultimamente tenho me sentido um pouco sozinho. Sentido falta de ter com quem dividir as minhas conquistas. Não é sempre que meu irmão está disponível para sair e beber comigo. Graças aos céus temos um ótimo relacionamento. Foi justamente em um desses dias que eu conheci Cecília. Uma mulher extremamente atraente e bonita. Eu já tinha notado que ela frequentava bastante aquela boate. Estava sempre sorridente e dançando. Em outras ocasiões ficava apenas observando as pessoas, assim como eu. Quando me aproximei e comecei a flertar, me surpreendi ao notar que ela não era uma mulher de joguinhos. Ela sabia o que queria e deixou isso bem claro. Gostei muito disso e por esse motivo naquela mesma noite eu a levei até a minha casa e trans*mos. Foi uma delícia, não posso negar. Ela era quente e desinibida. Não parecia ter vergonha de seu corpo. Tinha total ciência de seu poder de sedução. Eu fiquei fascinado por ela e pra dizer a verdade eu queria poder vê-la de novo. Repetir a dose mais uma vez. O s*x* rolou praticamente a noite inteira e pra ser sincero eu queria mais. Não conversamos muito sobre nossas vidas pessoais. Aquilo era apenas prazer. Os dois queriam e por isso aproveitamos. Mas a verdade é que aquelas olhos azuis me olharam com uma intensidade fora do comum. Talvez eu esteja dimensionando demais aquilo que vi. Depois de um dia atolado de trabalho eu finalmente chego em casa. -Boa noite, senhor. - Rita minha governanta me cumprimenta. -Boa noite, Rita. - Respondo. -Já deixei sua roupa pronta. Está em cima de sua cama. - Obrigado. Pode se retirar mais cedo. Eu devo chegar tarde, então não precisa se preocupar com mais nada. - Ela assente e se retira. Sigo para o meu quarto e noto que minha roupa realmente está em cima da cama. Sigo para o banheiro e tomo um banho demorado. Minhas costas estão repletas de nós de tensão. Preciso urgentemente de uma massagem. Me arrumo o mais rápido que consigo e por fim me olho no espelho analisando meu visual. Minha barba está rala, cabelo penteado para trás com gel. Estou com smookinhg preto. Minha mãe com certeza vai aprovar. Pedi que Max, meu motorista me levasse para o evento, pois tinha certeza que beberia. Então segui para mais uma noite repleta de sorrisos falsos e hipocrisia. Assim que chego cumprimento alguns rostos conhecidos e logo avisto a minha família. Minha mãe abre um largo sorriso quando me vê. -Boa noite, meu bem. -Boa noite, mamãe. - Dou um beijo em seu rosto e um abraço logo em seguida. Meu pai também me cumprimenta com um abraço. -Cadê pedro? -Você sabe como é seu irmão, está atrasado como sempre. - Meu pai responde. Sorrio e aproveito que uma bandeja está passando para pegar uma taça de champanhe. Todos como sempre estão impecavelmente vestidos. Algumas mulheres com colares que devem pesar toneladas, porém estão exibindo seus sorriso extremamente brancos. Fico tão cheio de tédio em eventos assim. Tenho vontade de revirar os olhos, mas me controlo. Os minutos passam e eu converso sobre vários assuntos. Depois de confraternizar com várias pessoas vejo meu irmão vindo em nossa direção. O safado vem sorrindo como se nada tivesse acontecido, mas sei que logo minha mãe começará com seu sermão sobre horários. Ela detesta atrasos. - Boa noite família! - Ele diz animado demais par o meu gosto. - Isso são horas, filho? - Minha mãe pergunta demonstrando sua total indignação. Sinto vontade de rir, pois os anos passam, mas dona Márcia acredita que ainda somos crianças. - Eu perdi a hora. A senhora sabe que eu sou um homem ocupado. - Ele joga charme para a nossa mãe e no fim ela esquece que estava prestes a lhe passar um sermão. Eu rio, porque pedro sempre foi assim. Tem um dom nato para sair das piores situações. - Boa noite! - Uma voz feminina nos cumprimenta. Não preciso me virar para saber de quem se trata. Maria Campos. A melhor amiga da minha mãe. Com certeza sua filha Letícia está ao lado dela. Respiro fundo e me viro para cumprimentá-las. Letícia como sempre está impecável. Ela é linda, não posso negar. Tem cabelos loiros que quase chegam a cintura, lábios grandes que na maioria das vezes está com um batom vermelho, e um corpo escultural, porém não sinto absolutamente nada por ela. Apenas sou educado. Ela por outro lado me olha com seus grandes olhos brilhantes e cheios de luxúria. - Você está tão linda, minha querida. - Minha mãe fala com Letícia que lhe oferece um largo sorriso. - Você também está, Márcia. Elas cumprimentam a todos e quando chega na minha vez, Letícia faz questão de depositar um beijo no canto da minha boca. Me afasto educadamente, mas consigo ver os olhos de minha mãe em cima de nós dois. Ela acha que fazemos o casal perfeito. Eu por outro lado acho que ela não poderia estar mais enganada. Até porque não estou interessado em ter um relacionamento sério com ninguém. Se eu por acaso começar a me relacionar com Letícia, é certo que quando ela perceber que não quero nada sério fique um clima estranho entre as famílias, então eu prefiro me manter distante. -Gustavo, meu filho, Letícia não está linda? - Apenas assinto e minha mãe me olha com uma cara nada boa. - Você também está lindo, como sempre. - Letícia comenta. -Obrigado. - Respondo. Aproveito que mais uma bandeja de champanhe está passando e pego mais uma taça para me distrair. Eu odeio esses eventos com todas as minhas forças. Mas o sorriso falso está grudado em meus lábios. Em poucos minutos é liberada a pista de dança e alguns casais começam a se movimentar ao som da música lenta que toca. Meus pensamentos voam para o corpo de Cecília se movimentando na pista de dança aquela noite. Um sorriso idiota aparece em meus lábios. E uma vontade sem tamanho de vê-la mais uma vez, porém eu não peguei seu número. Contudo pedi que Max, meu motorista, a levasse em casa, então posso perguntar a ele onde a bela morena reside. -Por que você não chama Letícia para dançar? - Minha mãe pergunta. - Por que não pede para Pedro fazer isso? Nas últimas duas festas eu já fiz isso. - Digo de má vontade, pois essa mania de dona Márcia tentar me juntar com a filha de sua melhor amiga já está me irritando. Não sei que loucura é essa de ela querer que Letícia e maria façam parte de nossa família. -Por acaso sua mão vai cair se fizer isso? E outra, seu irmão já tem companhia. - Reviro meus olhos, respiro fundo e encaro a minha mãe com seriedade. -Eu posso até dançar com ela, mas isso não vai me fazer pedi-la em casamento. Espero que a senhora tire essa ideia louca da cabeça, pois no fim vai se decepcionar. Odeio ser pressionado a fazer o que não quero. Isso me deixa puto. Só que minha linda mãe sabe que não sou capaz de lhe negar nada, é por isso que ela continua fazendo. Me aproximo da mesa e com um sorriso no rosto pergunto se Letícia aceita dançar comigo. Ela assente com um sorriso no rosto. Durante toda a dança a única coisa que eu pensava era em estar na minha cama dormindo. A noite como já era esperada foi uma grande tédio. Tive que ouvir piadinhas direcionadas a mim, mas soube disfarçar bem o meu mau estar. Depois que os discursos foram feitos e os dólares contabilizados para a doação, eu simplesmente me despedi e fui embora. Estava com a cabeça cheia depois de tanto forçar um sorriso. Cheguei em casa, tomei um banho demorado e finalmente caí em minha cama, porém o sono não veio. O que achei bem chato, porque estou realmente cansado. Minha mente não desligou em momento algum. O que estou realmente precisando é de uma boa noite de sexo igual a que eu tive com Cecília. Talvez eu devesse procurá-la na boate que nos conhecemos. Tenho quase certeza que fazendo isso irei vê-la de novo. Um sorriso brota em meus lábios ao traçar um plano de encontrá-la.
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