Serrinha – Madureira.
Não queria ter feito o que eu fiz não, mais a Pâmella pediu pô, implorou pra ver meu pior lado, sou bom a beça mais n**o quer marolar, achar que eu sou bombom, dei logo uma palinha de como as paradas funciona, rapidinho sossegou.
Cheguei em casa encontrando a outra esparramada no sofá, Danúbia é outra também, gosta de fazer nada, só quer sucesso nas minhas costas, se não fosse pela mulher que vem limpar e cozinhar a casa ficaria igual Cracolândia.
Ela diz que não sabe cozinhar e a unha não permite que ela limpe, vê se pode ? Só aturo mesmo por causa dos meus filhos, primeira transa nossa ela já jogou no meu peito uma cria, engravidou por acidente que ela meteu pra mim, sei bem esse acidente, engraçado é que esse tipo de coisa não acontece com quem é pobre, só com a gente mesmo.
Pior é que na época eu era maior emocionado, taquei na pele mesmo, engravidei de primeira e tive que assumir ela, parada é que a mãe dela surtou legal, colocou ela pra fora de casa e pelo fato de eu já ter uma condição maneira sendo gerente coloquei ela pra morar comigo.
Mina mostrava ser uma parada no começo, mais foi só completar dois meses de relação que tudo mudou, passou a montar em cima de mim, usar nosso filho pra fazer chantagem e quando eu finalmente tomei coragem pra da última forma a filha da p**a tava grávida de novo, aí veio nossa menina, amor do papai todo, os dois com a minha cara, tinha nem como dizer que era golpe.
Desde então tomo maior cuidado com ela, se deixar engravida cinquenta vezes pra me prender ainda mais tá ligado ? Ela mesmo já falou pô, a partir do momento que eu largar ela, contato com as crianças é zero porque segundo ela, ela não vai arriscar ficar trazendo eles aqui, aí é f**a de terminar, meus filhos são minha vida pô, tudo o que eu faço hoje é pra eles e por eles.
Danúbia: Apareceu a margarida. — debochou. — Tava aonde heim ?
Salomão: Tava comendo uma p*****a aí pô. — meti sérinho e ela fechou a cara. — Tava trabalhando Danúbia, dinheiro caí do céu não filhona.
Dei nem confiança pras maluquices dela, subi, tomei banho, me trajei, desci e meti meu pé pra rua, dei àquele rolê de moto, parei com os crias de cantinho, botei um balão pra subir e fiquei só de marola, chefe também tem folga pô, nem tudo é tráfico.
Mandei a outra se arrumar e fui buscar ela em casa, levei pra comer, ela quieta a todo tempo, tô ligado que tá bolada comigo por isso que não insisti, quando ela quiser, ela fala pô, preciso render não.
Geral olhando pra gente e eu nem aí, devo nada a ninguém não, faço as paradas na cara pra depois não ter disse me disse, paguei a conta e deixei ela em casa, passei numa loja aqui no morro mesmo, comprei um agrado pra ela, mandei entregarem, parti pra casa, peguei meus filhos, dei rolê com eles pela favela, levei pra brincar tranquilos, favela em clima de festa, só paz e tranquilidade.
Danúbia me ligando de cinco em cinco minutos, chata pra c*****o p***a, às vezes dá vontade de m***r ela namoral, quer ficar forçando uma parada que não existi, vive de exposição, dizendo que a relação é blindada por Deus, que o que Deus uni homem não separa, n**o que ver acredita né ? Acha que é isso tudo, mais só nós dois sabemos a realidade, por mim ela já tinha metido o pé, só que ela não se manca não, acha que nosso casamento tem solução, parada é que nunca existiu amor, só assumi por causa do meu filho mais velho, se não fosse isso seria ela em um canto e eu no outro.
Nunca quis me prender a mulher nenhuma, sempre deixei claro pra ela isso, aí ela vai lá e pega barriga pra me prender, se fodeu legal, pode até tá comigo mais eu não tô com ela, nem s**o a gente faz mais direito e quando faço é porque ela fica tonteando meu saco.
Quando começou a anoitecer meti meu pé pra casa, botei meus filhos pra tomar banho, dei comida e depois pus eles pra dormir, tomei banho, peguei travesseiro e fui pra sala, deitei pelo sofá mesmo e apaguei.
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