Vista Alegre -– Rio de Janeiro.
Passagem de tempo / 03 dias.
Pâmella: Tava pensando aqui, acho que a gente já deu o que tinha que dá. — meti sérinha pro bofe que continuava deitado.
Salomão: Tá falando isso por que mano ? Minha mulher tá te incomodando novamente ? — neguei. — Tá faltando alguma coisa pra ti ? — neguei de novo. — Então qual que é ?
Pâmella: Só não me sinto mais a vontade nessa relação, sei lá cara, tu tem mulher, filhos, entrei nessa enganada de começo entendeu ? Sei que aceitei depois que descobri mais agora, depois de tudo o que houve na quinta tô me sentindo péssima. — virei de lado apoiando minha cabeça.
Salomão: Falou certo pô, aceitou quando descobriu e agora quer meter dessa aí ? Qual é Pâmella, tem nenhum palhaço aqui não, entrou nessa sem saber, quando soube aceitou, agora não tem mais jeito não filhona, vai permanecer. — levantou. — E não vem com esse papo de novo se não a gente vai se estranhar legal.
Pâmella: Tu vai me forçar a ficar contigo agora ? — gargalhei até que o bofe me deu um encaradão sinistro, chega tremi na base filhas, até me fechei depois dessa. — Tá falando sério ?
Salomão: Tô, tô falando sérissimo pô, melhor você abraçar o papo se não eu vou te abraçar. — veio até mim e me deu um selinho. — Agora deixa eu ir, tenho que buscar meus filhos.
Tô indignada com isso cara, homem maluco, acordei decidida a dá um ponto final nessa relação e ele mete dessa, querendo me forçar a permanecer, pior é que ele meteu tão sério pra mim que eu fiquei com medo dele real principalmente depois do que ele fez com a mulher.
Liguei pra Xam e pra Suzuki, chamei elas pra cá, tomar uma com as garotas né ? Domingão desses, amanhã não abro então é até tranquilo de beber uma cerveja.
Tomei banho, coloquei um conjuntinho básico, peguei dinheiro e guiei pro Mundial, comprei oito packs de latão, massa de pastel, linguiça e asinha de frango.
As garotas mandaram mensagem dizendo que já estavam chegando, paguei, peguei frete e guiei pra casa, já cheguei colocando as cervejas no congelador, agitei os petiscos, às meninas chegaram, Xam não tava afim de esperar a cerveja gelar, foi na rua, comprou uma caixa de cerveja litrão, ainda arrumou um velho daqui, voltou com ele, coloquei som, sentamos na garagem conversando.
Papo vai, papo vem, o coroa decidiu ir embora mais antes deu uma meta alta pra Xam, pegou número dela e guiou.
Suzuki: Queria ter o dom que a Xam tem pra arrancar malote dos velhos. — assenti gargalhando.
Xam: Vocês só quer quem é do corre, eu não pô, invisto nos velhinhos, só paz e dinheiro no bolso. — meteu sérinha.
Pâmella: Nem fala em paz mona, tentei dá última forma com o Salomão hoje mais ele não aceitou não, me ameaçou e tudo, tô velha com isso. — dei um gole na cerveja.
Suzuki: Tu só pode tá maluca mona, doidinha mesmo. — meteu pra mim negando com a cabeça. — Salomão que dá última forma garota, ele não aceita ser dispensado não, nem sei como que você está viva ainda malucona.
Pâmella: Ih gente, o bofe não pode me forçar a ficar com ele não euoem, não quero mais e pronto, se ele aceitar bom, se não aceitar ele que lute.
Suzuki: Vai nessa mesmo, Salomão é r**m hein garota, tá arrumando idéia. — ri. — Ri não cara, tô falando sério.
Xambella: Pâmella gosta muito de brincar com a vida, deixa ela achando que o Salomão é bonzinho. — revirei os olhos.
Ficamos conversando por maior cota, quando deu dez horas elas inventaram de pegar pagofunk na favela, me arrumei bem menininha e guiei com elas pra Serra.
Quando chegamos tive que esperar elas se arrumarem, Xam foi a que mais demorou cara, parece travesti se montando, se deixar chega só de manhã nos bailes, dá um ranço.
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