Imperatriz Narrando No meio do fogo cruzado, percebi que minha respiração já não tinha o ritmo de antigamente. Ofegante, com o peito ardendo, segurava a arma firme como se fosse uma extensão do meu próprio corpo. Eu não tinha mais idade pra isso, mas quem carrega o trono no morro não pode fraquejar. E, por mais que o tempo tenha passado, o sangue ainda fervia como se eu fosse uma cria recém-chegada no front. O blindado balançava com os tiros que acertavam a lataria. Cada impacto era como um soco direto na alma, me lembrando que o perigo tava ali, tão perto quanto sempre esteve. Olhei pro Imperador ao meu lado, ainda frágil, ligado ao soro, com o olhar distante, mas presente. Ele sempre teve essa calma irritante, mesmo quando o mundo parecia desabar. – Lembra daquela vez que fui te resg

