Capítulo 05
OLÍVIA NARRANDO 🌺
Saio do carro sentindo meu coração em pedaços, cada palavra que ele me disse dentro daquele carro me machucou tanto que a minha única vontade era voltar pra casa e me trancar dentro do quarto até Deus me levar.
Segurando com brutalidade na minha cintura, Matheus me guiou pra dentro do restaurante, era um dos piores beira mar, juro por Deus que estava tentando forçar um sorriso pras pessoas a minha volta não percebessem nada mas estava difícil.
Geralmente não saímos muito, mas da última vez que ele me levou pra jantar nós também acabamos discutindo e quando entramos no local ele começou a me tratar tão mäl que um garçom se aproximou de mim e me perguntou se eu precisava de ajuda.
Sim, eu precisava de ajuda, mas por medo de que chamassem à polícia e fizessem alguma coisa com ele, enquanto ele pouco se föde pra qualquer coisa em relação a mim, eu disse que não, que estava tudo bem e ele estava apenas nervoso com coisas do trabalho.
Lembrar disso me faz perceber como eu sou idiotä em relação a ele, as coisas que ele disse sobre o meu corpo, me menosprezando e tratando feito um resto de lixo qualquer fez eu sentir nojo de mim mesma.
O jeito que ele se refere a mim como um pedaço de carne sempre me machuca, mas pior que isso é precisar ouvir que a minutos atrás tinha outra mulher chupandö ele, e como ele não teve präzer com ela ia descontar tudo em mim.
O tesãö acumulado por outra ele ia usar comigo… tem noção do quanto isso é pesado e nojento? Meu estômago embrulha só de pensar e reproduzir na mente todas essas palavras.
Meu Deus, o que eu fiz pra merecer isso?
Entramos no restaurante com ele pedindo mesa pra dois, o cheiro forte de frutos do mar tava me dando ânsia, eu nunca gostei de peixe ou nada ligado a frutos do mar, mas é óbvio que ele não sabia disso, mas se soubesse também não se importaria, ele não liga pra nada além dele mesmo, desde que ele esteja bem nada mais importa.
Ando até a mesa indicada pelo garçom e puxo a cadeira me sentando de frente pro Matheus que já estava sentado, não fez questão de me esperar, nem na minha mão ele pega, eu às vezes olho pros outros casais e me sinto mäl por viver uma relação de merdä nessa proporção.
Cobra — Vai pedir o que? Pede nada caro não, nem muita comida também, eu tô sem fome e tu tá gorda pra cäralho, esses dias tu sentou pra mim e eu não falei nada pra não te fazer vergonha mais tu machucou minha perna, tá com 50kg já, se passar disso eu te largo, o päu não sobe pra mulher gorda, baranga tu já é.
Engulo em seco sentindo um nó preso na minha garganta, eu estava segurando o choro a muito tempo, meus olhos estavam ardendo muito mas eu não queria chorar na frente dele, eu sei e sinto que ele tem präzer em me ver sofrer, é horrível ter que admitir isso mas é verdade.
Eu já nem sei definir o que eu sinto mais, dói muito, dói tanto que eu às vezes eu penso seriamente em tirar minha vida, o infernö deve ser melhor que tudo isso mas, ele não vale a minha vida, não vale meu sofrimento também mas eu só vou parar de sofrer de verdade quando me livrar dele, coisa que infelizmente não acontece nunca.
Olívia — Por mim eu nem comia nada, perdi a fome.
Cobra — Mas vai comer nem que eu esfregue a tua cara de putä no prato, não sou teu palhaço.
Meu estômago revirava dentro da barriga, o garçom que estava perto não falou nada mas pela cara de pena e ódio que fez, com certeza tinha ouvido tudo.
Sem a mínima vontade eu chamei um outro rapaz e pedi um Fetuccini ao molho branco com camarões, era a única coisa daquele cardápio que eu comeria tranquilamente, sabia que se eu não pegasse nada ele seria capaz de fazer um escândalo e eu não queria ser mais humilhada do que já fui hoje.
A comida chegou e eu precisei empurrar pra dentro mesmo sem vontade, calado na dele trocando mensagens com alguma putä bem aqui na minha frente, ele bebia um vinho, já tinha secado uma garrafa, olhei de relance por cima da mesa e vi ele passando a não por cima do päu, tava duro.
Respirei fundo tentando enrolar o máximo que eu pudesse, eu não queria nem estar aqui mais, ir pro motel com ele ia ser tortura, quase um estuprö, principalmente por eu nem präzer com ele sentir mais.
Cobra — Tá acabando aí? Vai dar 22:00 horas, quero meter o pé, to na intenção de te föder, ficou gostosinha nesse vestido, compra só assim agora por que os outros te deixam velha, mais acabada do que já é.
Eu sinto tanto nojo dele falando assim comigo, minha alma grita socorro e me faz questionar como eu consigo estar com ele ainda.
Olívia — Não posso, tô menstruadä, não vai rolar.
Tento justificar e ele me olha com cara de deboche meio endemoniadö jogando o celular com a tela acesa em cima da mesa exibindo a foto da bucetä gözada de uma mulher, foi automático eu sentir as lágrimas descerem, aquilo pra mim já era demais mesmo eu sabendo das traições.
Cobra — Eu sei que não, mas mesmo se tiver eu to me fodendö, é bom que eu arrombö seu cuu de uma vez, tá me enrolando tem tempo demais, você é minha, Olívia… faço de você o que eu quiser.
Não consegui responder, fiquei sem reação, minha cabeça e o meu peito estavam doendo, provavelmente eu teria uma crise de ansiedade em breve, só questão de tempo até chegar em casa.
Engoli em seco a saliva acumulada na boca e e enxuguei o rosto terminando de comer, eu só queria não precisar transär com ele nunca mais, já sentia nojo mas com certeza agora vai piorar… que Deus me ajude.