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1472 Words
-- ••• --    Lia  -- ••• -- Chego da escola e jogo minha mochila encima do sofá e vou direto pra cozinha procurar algo pra comer, a casa está silenciosa; provável Laura - Boa tarde Lia, vai almoçar agora? - a empregada pergunta e eu n**o bebendo a água. Marcos - Malia, eu e sua mãe vamos viajar a trabalho, Lívia está vindo pra cá ficar com você até voltarmos. - aparece na cozinha do nada mas não dou muita ideia. Lia - Eu tenho 17 anos, não preciso de babá e se você esqueceu; eu vou pra casa de praia com as meninas esse final de semana; pode mandar a Lívia ficar por onde está. - saio da cozinha não dando tempo dele falar algo. Meu pai não é o tipo de pai "presente" na minha vida, nem ele e nem minha mãe, ele delegado da federal e minha mãe é advogada, eles vivem viajando por ai a trabalho e quase nunca para em casa, tipo nunca mesmo; a ultima vez que lembro deles dois em casa por mais de duas horas foi no meu aniversário de 10 anos a seis anos atrás, essa foi a última vez que vi minha família reunida, eu nem sei oque é ter uma mãe ou um pai ja que quando mais precisei deles eles estavam no trabalho ou estavam ocupados demais pra coisas de adolescente como eles diziam. Depois que Lívia foi embora de casa pra morar sozinha piorou tudo de vez, ela era a minha única amiga e simplesmente se afastou, sumiu e nunca mais teve tempo pra mim igual eles e então hoje somos apenas estranhas que contém o mesmo sangue rodando pelas veias, matheus é a mesma coisa; não somos tão próximos mas sempre que preciso ele está la, mas ultimamente ele não anda com tempo pra nada, muito menos pra mim. E por isso, eu faço de tudo pra nunca ficar em casa por muito tempo, a maioria das vezes eu estou na aula de dança, ou na quadra de skate ou na casa da minha melhor amiga, vulgo Manuela p*****a. Marcos - Filha? - sou afastada dos meus pensamentos intensos ao ouvir a voz dele no quarto. Lia - Oque é? - Falo sem ao menos o olhar, pego o telefone e ligo vendo mil mensagens da manu.  Marcos - Oque esta acontecendo contigo filha, você está bem? Está precisando de algo? - olho pra ele sem acreditar que ele tava falando aquilo. Lia - Não, estou ótima e não preciso de nada, muito menos do seu fingimento que está preocupado comigo. - acabo de colocar o moletom e saio do quarto. Marcos - MALIA, VOLTA AQUI! - Grita mas eu ignoro e desço as escadas correndo e acabo batendo de frente com uma muralha de músculos. Matt - Eita, ta indo aonde pigmeu? Manu - Pra longe daquele homem la encima..- aponto pra cima e vejo ele ri. Matt - Vish, o clima aqui continua o mesmo, vai la; qualquer parada me liga. - assinto dando um beijo em sua bochecha e saio pela porta da frente. Eu moro no centro do rio de janeiro, em um condomínio militar enorme cheio de gente esnobe e m*l encarada que na maioria das vezes eu sinto vontade de rasgar a garganta e beber o sangue até não ter nem mais uma gotinha. Saio do condomínio e a rua está pouco movimentada ja que estamos em tempo de férias e a maioria das pessoas por aqui estão viajando ou algo do tipo com a família, poucos quiosques pela praia estão abertos e alguns pouco movimentado, caminho pela orla da praia e tiro o chinelo e coloco meus pés na areia fofa da praia e caminho até um canto da praia sem movimento algum, perto das pedras que tem; sento em uma delas e fico ali sentada olhando o mar e o céu que não estava muito claro e com estrelas mas estava bonito pela lua que tinha no topo clareando a água do mar. Aqui é um dos meus lugares favoritos des de quando voltei a morar aqui no rio, era aonde não ouvia a falação dos meus pais, nem as discussões e exigências deles, eu ficava livre de todo o caos que tinha dentro daquela casa, e aqui é aonde eu posso ficar sozinha e pensar, em mil tipos de mortes dolorosas e lentas pra cada uma das p**a da minha escola. Sinto algo estranho como se alguem estivesse me observando de longe, olho pra trás vendo uns homens em um quiosque próximo aonde eu tava, paro meu olhar em um deles que me observava descaradamente, ele era moreno, alto, não dava pra ver muito mas tinha um piercing na sombrancelha e o rosto era marcado o deixando mais sexy,era um p**a homem. Desvio meu olhar quando vejo ele se virar por total olhando pra mim, ouço meu telefone tocar e tomo um susto enorme e quase deixo meu telefone cair no mar. Olho vendo que na tela era manu Ligação ✔ - Aonde você ta? - pergunta e noto que está com a respiração ofegante e sua voz tava falha - To aqui na praia, aconteceu algo? - pergunto preocupada vendo sua respiração rápida. - Eu não sei aonde eu to, eu vim com o Maicon pra casa dele e ele queria me forçar a t*****r com ele e eu sai correndo, mas ele mora no meio do nada e eu não sei aonde é, me ajuda! - Que merda Manuela, eu disse que esse garoto não prestava, to indo te buscar, espera ai. - Vem rápido, ele ta atrás de mim. - fala querendo chorar e eu levanto correndo. - Espera, eu sei aonde é que ele mora, eu vou correndo. - desligo a ligação sem deixar ela falar nada. Ligação ✘ Quardo o telefone e saio correndo pela praia passando próximo ao quiosque aonde o deus grego estava bebendo com uns outros caras, ele me olha com um olhar curioso, passo por ele e os amigos correndo sem da muita ideia pra eles, mas sem tirar aquele olhar da mente. Corro feito uma louca até aonde eu lembrava que o tal maicon morava, eu lembro de ter vindo uma vez aqui em uma festa que ele deu, e eu tenho aquela pequena mania de sempre gravar a ida pro local aonde estou indo, caso tenha uma emergência e eu precise fugir de um boy tarado como Manuela, ele mora perto de uma favela, nunca vim aqui depois daquela noite mas lembro dele ter dito que era no complexo da maré, se meu pai descobre ou até mesmo sonha que eu pisei em lugares próximo a uma favela, ele arranca meu coração com a mão e enfia na minha boca pra tentar colocar no lugar. Manu - Me solta! - ouço o grito dela de longe e corro mais rápido. Era uma rua deserta e cheia de mato, tinha poucas casas por aqui e muito mato que parecia que eu estava dentro de um episódio de supernatural Entro em um beco vendo Maicon com a Manuela em seus braços se debatendo e estáva praticamente nua e chorando desesperada, eu sinto medo mas não tinha como sair dali e pedir ajuda, estavamos muito longe da movimentação e nesse canto ninguém ia ajudar Lia - Solta ela agora, hermafrodita monstruoso! - taco minha sapatilha nele com força. Maicon - Olha só, duas putas agora pra mim aproveitar, que bom que veio pra curtição.. - Chega perto de mim e eu me encolho com medo, ele era enorme, eu grito mas ele tapa a minha boca e coloca algo gelado na minha cintura, não conseguia ver oque era, mas tava me furando. Sinto um desespero tomar conta de mim e eu começo a chorar. Sinto que deveria ter ligado pro Matt Lia - Me solta! - tento gritar mas sua mão tampava minha boca com força, ele rasga minha blusa com torça deixando apenas de sutiã e eu tremia desesperada, mordo a mão dele e ele me da um tapa forte no rosto. xxxxx - Ela mandou você soltar, ta ficando surdo p***a?! - uma voz grossa que faz meu corpo arrepiar por complexo soa por aquele beco e maicon me solta e eu caio de joelhos no chão chorando, ouço um disparo de arma e o grito da manu logo depois, vejo o corpo do Maicon cair na minha frente sem vida e vejo o sangue escorrer e tento gritar mas tudo que consigo é chorar. xxxxx - Tu ta bem? - a mesma voz de antes fala e eu não consigo dizer nada, apenas balanço a cabeça negando pos eu não estava nada bem, eu e minha melhor amiga estávamos prestes a ser estuprada. xxxxx - Levanta, vou te tirar daqui. - ele me ajuda a levantar e eu finalmente olho pra ele e seu olhar parecia ter congelado o tempo, era o menino do quiosque, ele era mil vezes mais lindo de perto e esses olhos.. Oque ele tava fazendo aqui?
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