Capítulo 23

1140 Words
Digão Narrando - Os dias tem sido uma correria danada, recebimento de carga de drogas e armamentos, cobrança de noia e aluguel. O crime não para e agradeço por isso. - Depois do sequestro aquela mina não sai da minha mente, toda hora me pego pensando nela e isso esta sendo um fardo. Até porque acredito que nunca mais vou vê-la e até prefiro assim, somos de mundos distintos e diferentes. Sem contar que ela é filha de um inimigo declarado meu e que cedo ou tarde vai morrer na minha mão da pior maneira possível. - Eu e VT agilizarmos tudo na boca cedo e fomos para uma reunião com uns aliados no morro da Rocinha, trocamos ideia, reforçamos alianças e no final da noite VT queria dar um role na orla da praia no Recreio. - E eu tive que ir né, não adianta falar não pra esse cara, ele não entende. - Paramos na Orla da praia, sentamos em uma mesa destacado pra não ficar visado. Estávamos simples mesmo. Blusa, bermuda e Kenner de cria. - Ficamos trocando ideia e tomando uma gelada, nem eu sabia que precisava tanto tomar uma cerveja. VT: Sabe que tem que ficar de olho no AK né? Digão: Já to de olho nele desde o dia que ele aprontou no sequestro, deixa que to dando corda pra ele, na melhor eu puxo e ele se fode. VT: Achei ele meio suspeito depois que saiu do castigo, ta mais na dele, típico de quem ta na mancada. Digão: Vamos ver o que ele vai aprontar, porque eu sei que vai. VT: É isso. - Papo vai e papo vem nós já estava ficando embrasado e decidi meter o pé, queria fumar um baseado e aqui vai chamar atenção, coisa que nós não pode. - Pagamos a conta e seguimos andando pelo calçadão em direção ao carro. Avistamos duas meninas que estavam mais a frente com dois caras aparentemente conversando. - Quando passamos por eles escuto a mina falando pro cara soltar a morena e o cara não soltava não. - VT já chegou mais perto mandando o cara soltar e o filho da p**a peitou o VT, não tem medo do perigo. VT: Solta ela arrombado, não tá escutando não? Cara: Não se mete não c*****o, ela estava me dando mole e agora está fazendo doce. VT: Vou te mostrar o que é doce.- VT foi pra cima do cara já dando um soco que desceu o melado e o cara tonteou caindo no chão e ele continuou batendo. Tirei ele de cima do arrombado. Digão: Mete o pé os dois se não quiser morrer aqui. - Puxei a arma e eles se assustaram e saíram correndo. - Amigo de cu é rola, o outro viu o amigo apanhando e ficou parado. To dizendo hahaha esses playboy é tudo comédia. - Fui até as minas pra ver se estava tudo bem com elas, quando a morena vira de frente pra mim eu quase enfartei meu parceiro. Era ela, a feiticeira que não sai da minha mente. - Fiquei parado igual um otario, perdi até a fala e ela ficou me encarando como se tivesse vendo assombração. VT: Vocês estão bem minas? - VT falou se aproximando. Luana: Estamos sim, se vocês não tivessem aparecido eu nem sei o que seria de nós, muito obrigada! VT: Que nada, só tomem cuidado, é perigoso vocês andando por aqui sozinhas. Vamos ali no quiosque pra vocês tomar uma água, depois pedem o uber e nós espera, ou levamos vocês. - Seguimos e eu permaneci quieto. c*****o, parece que to vendo miragem. To nervoso e minhas mãos estão suando, que doideira é essa. - Chegamos no quiosque, VT foi pegar a água delas e ficamos sentados na mesa e ela continuou me olhando, to dizendo. - VT: Aqui a água de vocês. - Elas agradeceram. - Levantei para pegar um ar que estava passando m*l já, suando frio. Não to me entendendo legal não. - Parei de frente pro mar do calçadão mesmo e fiquei pegando uma brisa na cara, notei ela se aproximando e permaneci quieto. - Não falou nada, parou do meu lado e ficou olhando para o mar também. - Aquele silêncio já estava me deixando maluco e acabei cortando ele. Digão: Tem que tomar cuidado nos lugares que vocês vão. Caroline: Quando tem que acontecer algo, simplesmente acontece. Não viu o que ocorreu comigo? Digão: Mina já te expliquei o porquê eu fiz aquilo, não to te pedindo pra entender nem nada. Só não fica falando de um bagulho que já passou, ninguém te fez m*l e a vida seguiu. - Falei me afastando e voltando pra mesa e ela me puxou, já me deixou de cara quente. - Caroline: Desculpa, só to dizendo que não tem como evitar. Se tiver que acontecer, simplesmente acontece, só se eu ficar presa em casa para sempre. - Digão: Não seria nada m*l hahahah - Ela sorriu e c*****o, que sorriso. Essa mina é uma diaba feiticeira e eu tenho certeza disso. - Caroline: Aonde você mora? Digão: Pra que tu quer saber? Quer ir me visitar? Caroline: Quem sabe, lá tem baile né? Digão: Tem e não é pra você não, nem inventa. Carolina: Nossa, que preconceito. Se não é pra pessoas como eu então é pra quem? Digão: Só acho que não vai ser maneiro você ir lá depois de todo esse desenrolo, pode dar merda. Caroline: Estou entendendo como se você quisesse que eu não fosse, mas beleza. Digão: Tu gosta de correr perigo né mina? Adora uma adrenalina. - Vamos voltar pra lá, vou levar vocês. - Caroline: Acho melhor deixar a gente na casa dela. - Assenti com a cabeça. - Voltamos pra mesa e o VT e a mina na maior ideia, várias risadas e os c*****o. To dizendo, ele não perde uma. - Levantamos e fomos em direção ao carro, VT me abre a porta de trás e entra com a amiga da morena, ela me olha sem graça e falo pra ela entrar no carona. - Elas me passaram o endereço, fui rasgando e não demorou muito pra chegar. VT se despediu da amiga dela com um beijo pra variar, trocaram o número de celular e os c*****o. - A morena ficou parada me olhando um tempo e eu retribui, não falamos nada mas nossos olhares falaram mais que qualquer palavra. Infelizmente nossos mundos são diferentes, mas se não fosse isso ela seria completamente minha, que mulher perfeita meus amigos, o único defeito é ela ser filha de quem é. - Ela passou a mão na minha fazendo um carinho e saiu do carro, a amiga dela saiu também, VT deu um último beijo nela e entrou no banco do carona. - Seguimos em direção ao morro.
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