Antônio Matolly Narrando
Então como vocês já sabem sou Antônio Matolly, delegado da Polícia Civil. Tenho 49 anos e atualmente meu maior foco tem sido pacificar o Complexo do Alemão, a uns anos atrás entrei na tentativa de pacificar mas não consegui porém matei o Coruja que era o antigo dono. Hoje o filho dele que tomou posse do morro mas terá o mesmo fim que o pai. Depois que meu casamento acabou, vivo para o meu trabalho e sei que estou em falta com a minha filha, mas ficar em casa me trás lembranças da mãe dela e eu prefiro evitar. Caroline já tem 20 anos e eu sei que ela sabe se virar sem mim. Óbvio que ela tem seguranças mesmo não gostando da ideia e eu nunca medi esforços para a proteção dela. Depois que eu entrar no Alemão e acabar com o filho daquele desgraçado do Coruja, vou viver mais para a minha filha, viajar o mundo a fora e quem sabe ela não goste de um País e fique por lá, já que eu tenho muitos inimigos seria o melhor mesmo. Nunca permiti ela morar com a mãe por questão de ego, ela me deixou e abandonou a família então não merece que eu abre mão da minha filha para morar com ela. Caroline pode morar em qualquer lugar do mundo, menos com ela. Quando a mãe dela foi para os EUA já tinha deixado claro que se ela levasse minha filha, eu tiraria tudo dela. Foi ai que ela decidiu não tentar levar a Caroline mas também nunca mais falou comigo e eu não ligo. Uma mulher velha querendo se aventurar a essa altura da vida, nunca vou entender. Deve ter arrumado um macho novo para a satisfazer porque ela nunca me enganou. Caroline sempre foi uma filha amável e dedicada, nunca me deu trabalho. Faz a faculdade dela e passa a maior parte do tempo em casa, nunca namorou e as vezes acho estranho, mas que bom que não puxou a safada da mãe dela.
- Cheguei em casa tarde já e fui direto ao quarto da minha filha, ela já estava dormindo. Voltei para a sala, peguei uma dose de whisky tomei a primeira rápido e coloquei a segunda. Sentei no sofá, liguei a TV e fiquei assistindo.