Capítulo 121

1160 Words
Caroline Matolly Narrando - Depois que limpamos tudo, o clima estava meio merda e eu decidi subir para o quarto, não vou ficar forçando uma situação. Sei que errei, mas as coisas não se resolvem desse jeito, quando ele se sentir à vontade em conversar, estarei aqui. Sei que errei feio, mas foi tentando acertar. Mesmo que ele não precise da minha proteção, é o meu instinto ser assim com quem amo. - Quando ele subiu, continuou não me dando confiança. E isso me deu vários gatilhos, sempre fui sozinha na minha vida, tinha meus pais mas ambos viviam suas vidas, nunca tive aquela atenção. E ele foi a primeira pessoa que me deu isso, tirando a Luana, claro. Então isso me doeu, ele não querer falar comigo e me tratar com indiferença. - Ele deitou pra dormir e parece que apagou, não se importou como eu estava me sentindo e eu comecei a chorar, fiquei muito sentida. Até que senti ele me abraçar, aí chorei mais ainda. A gente se entendeu, graças a Deus, o que a gente sente um pelo outro é muito forte, nem que eu quisesse, conseguiria ficar longe dele. Pode até parecer clichê, mas precisamos um do outro para viver. - Transamos, mas essa vez foi diferente de todas as outras, não era sexo, era amor. Cada toque, cada beijo e a forma que encostavamos um no outro, foi mágico. Eu nunca vou esquecer o dia de hoje, apagamos totalmente entregues ao sono. - Acordei me sentindo bem melhor, fui para o banheiro tomar banho e ele já veio atrás de mim, com o mesmo carinho de sempre e aquela demonstração de afeto. Tomamos café e ele foi pra rua resolver as coisas dele e do pagode. - A amizade que ele tem com o VT é coisa de outro mundo, reflete muito a minha com a Luana. Ele está mais animado que o próprio VT hahahahah. Acho muito lindo e fofo, ontem mesmo quando o Digão foi dar parabéns a ele, fiquei emocionada. - Ajeitei algumas coisas da casa e mandei mensagem pra Luana, não tenho roupa para poder ir nesse bendito pagode. - w******p On. Fátima/Caroline: Amada, não tenho roupa para esse evento. O que vou fazer? Sueli/Luana: Vamos atrás de alguma coisa aqui pelo morro mesmo. Fátima/Caroline: Vou arrumar um carro, vem descendo pra cá. Sueli/Luana: Acho melhor a gente ir andando, você não sabe dirigir nem nas ruas largas lá de baixo, imagine nessas duas pequenas aqui. Fátima/Caroline: Me respeita sua safada, vem logo. Bj! - w******p Of. - Luana não me respeita cara, que ridícula. Tenho habilitação A e B mas não praticava muito em motos, afinal eu só tinha carro. Mas nada que um bom rolê por esse morro não resolva hahahahah. Não vou mandar mensagem pedindo para usar um carro dele, acho meio audacioso. Até porque são todos umas máquinas, se eu fizer merda vai ser horrível, mas uma moto o concerto não é tão caro. - Já estava vestida com um short jeans e um cropped faixa preto. Não vou passar maquiagem, está um calor insuportável. Peguei meu dinheiro que ainda tenho, aqui não gasto com nada, ele não me deixa ajudar em nada, as vezes me sinto até m*l por isso. Única vez que usei foi pra comprar aqueles benditos morangos e deu no que deu hahahahah. Desci indo na garagem dele, que parece mais uma concessionária e peguei a moto mais simples e baixa que eu vi. - Abri o portão e os seguranças ficaram olhando, mas não falaram nada, agradeci mentalmente por isso. Até porque não tenho nem o que falar né hahahahah, sai com a moto, toda segura de mim, vai dar certo. Luana já chegou no portão me olhando com aquela cara de medo, vontade de dar na cara dela. Tem que confiar em mim, merda. Caroline: SOBE LUANAAAAA. - Disse já estressada. Luana: Se você me fizer cair no dia do aniversário do meu macho, eu te mato. - Falou subindo na moto. - Acelerei e sai com tudo, deixando só a poeira pra trás. Demos aquele rolê pela comunidade, algumas pessoas olhando com cara de raiva, mas não vou ligar pra isso. Eu sei da minha essência e respondo pelas minhas atitudes, e o Antônio pelas dele. Andamos tudo e esse lugar é lindo e eu me sinto em casa. - Paramos em uma loja e estava até um pouco cheia, acho que o mundo resolveu comprar roupas hoje. Estacionei e descemos da moto indo em direção a loja. - A atendente foi super receptiva com a gente, escolhemos nossos looks. Optei por uma saia de couro preta e um corselete preto, já que é tarde quase noite, vai ficar perfeito. Luana escolheu um short de alfaiataria vermelho e um body preto. Escolhemos uma sandália básica, pagamos, agradecemos e saímos. Subimos na moto indo pra casa, mas resolvi mudar o caminho. Acelerei igual uma doida e parei em um bar de esquina, o bar era tipo dentro de uma árvore, as mesas eram de galão grafitado. Coisa linda, é aqui que a gente vai tomar uma cerveja pra abrir os caminhos hahaha. Luana: Amada, eu acho que você errou o caminho. - Falou descendo da moto. Caroline: Errei mesmo e é aqui que a gente vai tomar uma ou umas hahahahah. - Entramos no bar, sentamos e pedimos uma Heineken. Hoje estou animada, amo quando fico assim. Luana foi colocar uma música na máquina, ficamos tomando uma e escutando um pagodinho. Até que os meninos aparecem e eu fiquei sem graça, peguei a moto sem pedir, que vergonha. Eles desceram da moto e veio até a gente. VT: Nem chamam né. - Falou sentando ao lado da Luana e pedindo um copo e uma cerveja. Luana: Acho que teve uma ventania e a gente parou aqui hahahahah. - Falou rindo. Digão: Desde quando tu sabe pilotar moto? - Disse espantado me perguntando. Luana: Tem muitas coisas que você não sabe sobre ela hahahahah - Ai eu tive que rir. Caroline: Desculpa pegar sua moto sem seu consentimento, é que a gente precisava de uma roupa pra mais tarde. - Disse cheia de vergonha. Digão: O que é meu, é teu. Mas não sabia que aqui no bar vendia roupa, estou desconhecendo meu morro hahahahah. - Falou irônico. Caroline: A Luana já explicou, foi uma ventania forte que arrastou a gente pra cá. - Disse tentando ficar séria. VT: Eu tlg nesse vento, foi o mesmo que arrastou nós pra cá, atrás de vocês hahahaha. - Falou rindo e ficamos nessa resenha. - Tomamos umas cervejas, fui pagar e eles não deixaram. Depois fomos em direção a moto, ele queria ir pilotando mas óbvio que não hahahaha. Cada um vai voltar da mesma forma que veio. - Subi na moto e a Luana na garupa, chamei no acelerador e fui em direção a nossa casa e eles vieram atrás da gente.
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