Capítulo 71

1299 Words
Luana Gonzaga Narrando - Cheguei na barreira agitada e nervosa e vi o VT descendo com a moto. Parece até coincidência, ele já chegou vindo em minha direção, possivelmente notou o meu estado. Falei com ele que a Caroline tinha sumido e que precisava da ajuda deles, ele se afastou para falar no rádio, acredito que seja com o Digão. Voltou e me pediu para subir na moto, depois de um longo caminho chegamos a casa do Digão. Não entendi muito bem porque ele me trouxe pra cá, já que eu poderia falar com o Digão em qualquer lugar. - Desci da moto, o VT falou com um dos seguranças que confirmou nossa entrada. Entramos indo em direção a sala e quando vi ela, chorei incontrolávelmente, mas um choro de alívio. Graças a Deus ela está bem. Luana: Amiga, graças a Deus que você está bem. - Falei indo em sua direção abraçando em prantos. Caroline: Estou bem amiga, calma. Você está muito nervosa, aconteceu alguma coisa? - Falou me abraçando apertado. Luana: Sim amiga, não sei por onde começar. Caroline: Vamos sentar ali no sofá e você me conta tudo. Os meninos podem ouvir, não tem problema. Digão está me ajudando em tudo. - Ela falou olhando para o Digão. Luana: Desde o dia que viemos ao baile, aconteceu aquilo tudo. A gente foi pra casa, você pediu pra eu pedir o número do Digão pro VT e tal. Eu vi que você não estava bem e estava precisando de espaço, mas já estávamos a uma semana sem se falar e eu acho que era tempo demais, você não estava me respondendo no w******p também né, enfim. Amiga eu tô muito nervosa, tô dando meia volta ao mundo pra falar as coisas. - Falei colocando as mãos no rosto tentando controlar o nervosismo. Caroline: Respira, fica calma. Tá tudo bem agora, não precisa ficar nervosa e eu to aqui te escutando, fala no seu tempo. Não tem problema. Luana: Hoje decidi ir na sua casa ver o que estava acontecendo e quando cheguei lá, o seu pai foi escroto comigo, falou barbaridades. Disse que você fugiu e que eu sabia aonde você estava, que só fui lá para sondar ele. Me botou de p*****a pra baixo, me enforcou me impressando no portão, disse que quando te achar você vai se arrepender e quem te ajudou também e que você vai pra França custe o que custar. No dia do sequestro, quando fui pra delegacia avisá-lo. Tinha um policial que me levou em casa, e em um domingo fui pra choperia com o pessoal da faculdade e por acaso ele estava lá, ele pediu pra gente dar uma volta, eu aceitei e estávamos ficando. Porém ele é casado e seu pai disse que só não fez nada comigo lá naquele momento, porque o Otávio já tinha pintado e bordado comigo, mas isso não aconteceu. Eu não me entreguei pra ele, e seu pai ainda me disse que ele é casado e me usou. - Falei totalmente envergonhada e chorando. VT: O cara era casado e você não sabia? c*****o deve ser muito trouxa e i****a pra cair em papo de cana. - Falou dando as costas e indo pro lado de fora da casa. Caroline: Amiga, quando você diz que ele disse que não fez nada com você é sobre agressão ou outra coisa? - Me explica melhor. Luana: Amiga sobre outra coisa, ele ainda chegou a passar a mão pelo meu corpo. - Ela engoliu a seco o que disse. Caroline: Você não tem culpa disso, fica calma. Vai ficar tudo bem, ele vai sofrer as consequências dos seus próprios atos. Vou na cozinha pegar uma água pra você, se acalme. - Digão ficou sentado no sofá me encarando e refletindo sobre a situação. Eu não poderia esconder sobre o Otávio, não faz sentido. Afinal não sei o que ele quer com isso. Digão: Você ficou com esse cana antes de conhecer a gente? Luana: Não, depois de tudo. Conheci ele no dia do sequestro mas ele só foi me levar em casa. A primeira vez que sai com ele foi no domingo do final de semana do baile, já tinha ido embora. E eu não estava mais ficando com o VT, ele não me procurou e eu fiz o mesmo. Digão: Ele perguntou coisas sobre a Caroline? Me fala mais da sua aproximação com ele, não dá i********e, mas dá trocação que tiveram. Luana: Sim, ela é minha melhor amiga e referência. Sempre que posso falo sobre ela, disse que iria apresentar os dois, mas ele já sabe quem ela é por conta que ele trabalha com o pai dela. Mas não se conhecem. Ele me perguntava mais sobre a relação dela com o pai dela ou se a Caroline não saia, não namorava. Coisas assim. - Falei pegando o copo de água que a Caroline me deu Digão: Sinto muito mas você foi usada, ele te usou para colher informações a respeito da Caroline, agora só não sei se é por ele esta do lado do delegado ou se ele tá contra e quer f***r o delegado. Luana: Se foi isso ele fingiu muito bem. ou o VT tem razão mesmo, sou muito i****a e manipulável. - Falei com os olhos marejados e cansada de tanto chorar, já não tenho mais lágrimas. Caroline: Ele tem te ligado? Luana: Ficou me ligando no Uber vindo pra cá, mas não sei se ele ja sabe que estou sabendo da verdade. Até porque seu pai não iria contar pra ele, só se omitisse sobre o que fez comigo. Ou falaria também, devem ser tudo da mesma laia. Caroline: Nem sei o que pensar, tá cada vez mais difícil. Minha vida está uma confusão. - Falou se levantando e andando de um lado pro outro. Digão: Cedo ou tarde ele vai descobrir que você está aqui, mas não precisamos facilitar isso. Luana quando você vir pra cá tem que tomar cuidado e ver que não está sendo vigiada. Ou melhor, alguém dos meus soldados te buscar na sua casa ou em algum lugar próximo. Porque ele pode seguir você e é melhor achar que você pode estar ficando com alguém daqui do que a Caroline estar aqui. Luana: Tudo bem, eu vou tomar cuidado. Só não sei como vou fazer pra avisar quando for vir ver ela, pois ela tá sem tá celular. Caroline: E vou continuar, acho arriscado ficar com celular agora. Digão: Você pode, só não precisa registrar chip no seu nome. Pode ser qualquer CPF aleatório, deixa que eu resolvo isso. Quando você quiser vir, fala com o VT, a gente manda te buscar. Luana: ta bom, então vou indo. Minha mãe deve ta preocupada, não dei sinal de vida ainda. Preciso conversar com ela. Caroline: Vai lá amiga, vai com Deus. Te amo muito.- Falou me abraçando e eu retribui. Digão: O Chefin vai te levar. Luana: Obrigada, cuida dela por mim. Digão: Pode deixar. - Fui andando em direção o portão da casa, quando coloquei os pés na calçada dei de cara como VT que passou por mim mas nem olhou na minha cara. Não fiz nada pra ele me tratar assim, só não demos certo e tá tudo bem. O Chefin já estava me esperando no carro, entrei e fiquei em silêncio. Ele deu saida com o carro e eu fiquei pensando em tudo. Estou mais calma e aliviada por ela estar bem, não conversei como gostaria né, mas foi o suficiente pra me acalmar. Mas os detalhes ela vai me contar, vamos ter muito tempo, na próxima vez que eu vier, vou vir pra dormir. Mas hoje preciso ir pra casa conversar com minha mãe, estou me sentindo muito m*l por tudo isso.
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