Digão Narrando
- Fiquei no quarto desde a hora que saí do posto, tá f**a com esse braço todo enfaixado, não consigo fazer muita coisa. A Tia Sônia veio aqui me dar uma assistência, fez uma sopa mas odeio dar trabalho para os outros, gosto de me virar sozinho. Ela teve que até entrar no meu quarto para me dar a bandeja com a sopa, coisa que não gosto. Ela já tem uma certa idade, não gosto de ficar dando trabalho pra ela.
- Tirei um cochilo mas não consegui dormir muito porque não tenho posição e isso me faz lembrar do cuzão do Arafá, mas ele não perde por esperar, o que é dele está guardado.
- Fiquei mexendo no celular, abri o i********: na conta fake que tenho e achei a morena, não tenho o meu próprio até porque não posso, sou bandido e sou procurado ou pelo menos era, se o safado lá fez conforme o combinado.
- Ela é muito linda, esquece. A beleza daquela mina é surreal, toda natural, não precisa nem de maquiagem, o corpo perfeito e a b***a dela é a verdadeira obra de arte. Quando papai do céu fez ela, fez com gosto. Ela não é o tipo de mulher que estou acostumado a pegar, geralmente as do job escolho as cavalona, tudo montada. Mas ela não, ela é baixinha, toda natural. Tenho certeza que mudei meu gosto pra escolher mulher.
- Fui pro banheiro, tomei um banho na força do ódio e cheio de dor. Coloquei uma cueca e fiquei jogado na cama, mas sempre na atividade e contenção do meu morro, meu outro braço tá funcionando normal, consigo trocar tiro do mesmo jeito. Meu celular apitou mas não to afim mais de mexer, liguei a TV e fiquei vendo jogo, meu celular apitou mais uma vez e fui ver quem estava querendo encher meu saco, e era ela, Caroline Matolly, a diaba da morena que veio pra f***r minha vida.
- w******p On..
Caroline: Oi, tá aí?
Caroline: Ei, você ta bem?
Digão: Oi morena, estou bem.
Caroline: Como você sabe que sou eu?
Digão: Porque tá escrito seu nome né hahaha
Caroline: ah é, esqueci haha
Digão: Quem te deu meu número?
Caroline: Isso importa? Se quiser eu apago e não mando mais me mensagens.
Digão: Não precisa disso, só queria saber mesmo.
Caroline: Eu quero e preciso te ver.
Digão: Pô morena, não faz isso. A gente não pode se envolver, você sabe que isso pode trazer problemas futuros tanto pra mim quanto pra você.
Caroline: Sim, eu sei. Mas vai ser a última vez, prometo! Depois vou seguir minha vida!
Digão: Beleza, mas meu braço tá fudido, não posso ir para qualquer lugar.
Caroline: Um hotel pode ser.
Digão: Ta na maldade né diaba hahaha
Caroline: Não hahaha é mais por conta do seu braço.
Digão: Beleza, vou ver um aqui maneiro e te passo o endereço, cuidado e atividade quando sair de casa sozinha.
Caroline: Ta bom, bj.
- Eu falo que ela é a diaba que veio f***r minha vida e vocês não acredita. Levantei, coloquei uma calça de moletom preta, uma blusa branca e o casaco por cima que é conjunto da calça. Coloquei meu relógio, um cordão que não chama muita atenção, passei um perfume e coloquei um tênis, to pronto!
- Fiquei pesquisando um motel maneiro e achei um perto do vidigal, qualquer parada caio lá na favela do Mufasa, ele é parceiro. Aproveitei pra passar um rádio pro VT ficar na atividade.
Rádio on..
Digão: VT na escuta? - Pulei a frequência só pra ele escutar.
VT: Sempre na escuta, fala baleado.
Digão: Vou te dar um tiro na cara pra tu ficar igual a mim seu arrombado.
VT: Não tá mais aqui quem falou chefe.
Digão: Vou sair e não tenho hora pra voltar, o morro ta na tua responsa.
VT: Ta cheio de segredo né, já é. Vou ficar na atividade.
Digão: Vou sem rádio, só celular. Só me liga se for grave, fé.
- Peguei minha glock, desci a escada, tomei mais um remédio pra dor, não sei se vou precisar usar os braços né hahaha nunca se sabe.
- Entrei no carro e os seguranças já iam vir atrás, falei que ia sozinho. Não quero que ninguém saiba, até porque se tiver algum x9 e bater pro pai dela, vai dar merda.