Caroline Matolly Narrando
- Cheguei em casa destruída, fui entrando pra ver se meu pai estava em casa e para minha sorte não. Fui para o meu quarto, tirei a roupa e fui direto para o banheiro. Comecei a chorar descontroladamente, um choro que doía a alma, eu não poderia ter sentimentos por ele, sou filha de um delegado e ele é bandido. Eu juro que não entendo o porque dessas coisas acontecerem comigo. Tanta pessoa pra eu ter sentimentos e foi logo ele? Porque ele? Chorei tudo que estava guardado durante muito tempo. Sai do chuveiro, me sequei, fiquei de roupão mesmo. Sai do banheiro e fui pegar um analgésico, minha cabeça está explodindo. Eu preciso tirar esse homem da cabeça se não vou enlouquecer, meu Deus.
- Tomei o remédio e fiquei deitada na cama, ainda era de manhã. Estava sem fome e sem sono, liguei a TV para me distrair e cadê que eu conseguia?
- O que estou sentindo não desejo para o meu pior inimigo, você querer uma pessoa e não poder te-la porque o mundo de vocês é completamente diferentes. Sinto que é como se tivesse que escolher entre ele ou meu pai, entre a cruz e a espada. E ele também tem consciência disso, não me deixou ficar lá, ele ainda tá sendo mais consciente do que eu.
- Talvez não seja questão de consciência e sim porque ele não sente nada, ou não tem desejo por mim. Porque ele poderia querer ficar comigo e depois dar um pé na minha b***a, mas nem isso ele quis. Não que eu fosse aceitar, mas nem isso ele quis.
- A conversa no hospital parece que foi definitiva e eu tenho que entender isso de uma vez por todas, ele não é homem pra mim e eu não sou mulher pra ele, por mais difícil que seja, é a verdade. Tenho que aceitar e fim.
- Fiquei rolando na cama e consegui dormir por algumas horas, acordei era quase cinco horas da tarde com o coração angustiado, voltei a chorar novamente. Meu Deus, tira essa angústia de mim, a ansiedade tomou conta mais uma vez, sendo que de uma forma muito forte, sentei na cama tentando respirar fundo e falando pra mim mesmo "Calma Caroline, vai ficar tudo bem, respira." Fui me acalmando aos poucos. Peguei o celular e mandei mensagem pra Luana.
WhatsApp On..
Caroline: Pede o VT o número do Digão por favor.
Luana: Vou pedir, não vai fazer merda né?
Caroline: Sem perguntas Luana, só pede.
Ela me enviou, cliquei no número para chamar no w******p, só estava tomando coragem.